Deficiência em Cena (Livro)

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A autora

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Carolina Teixeira é arte-educadora, dançarina, coreógrafa e pesquisadora na área de artes, atuando principalmente nos seguintes eixos de investigação: Estudos da Cena, Corpos Deficientes, Artes da Performance e Estudos sobre Deficiência.

Foi bailarina, coreógrafa e diretora artística da Roda Viva Cia. de Dança.

Graduada em Educação Artística com habilitação em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2004). Mestre em Artes Cênicas pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal da Bahia (2010) e doutoranda pelo mesmo programa (2012).

O Livro

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O livro foi fruto da pesquisa de mestrado da autora a partir de sua experiência com a Roda Viva Cia. de Dança onde a mesma atuou como bailarina, coreógrafa e diretora artística.

Intitulada Deficiência em Cena: Desafios e Resistências da Experiência Corporal para Além das Eficiências Dançantes, a pesquisa procura discutir questões acerca do corpo deficiente na cena artística contemporânea.

Por meio de uma ampla pesquisa histórica e crítica, levanta temas como a problemática dos discursos inclusivos, o papel do bailarino enquanto criador e o acesso ao mercado de trabalho nas artes.

Capítulos

I - A Roda Viva Cia. de Dança

O capítulo inicia abordando os aspectos históricos da Roda Viva Cia. de Dança, que teve início em 1995, da fusão de dois projetos de extensão da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, um hospitalar e o outro artístico, que tinham como principal objetivo a inserção social de pessoas com deficiência física. Um deles era o “Programa Interdisciplinar de Reabilitação na Lesão Medular”, do Departamento de Fisioterapia, coordenado pelo Professor Ricardo Lins. Já o outro era o “Projeto de Dança para Pessoas Portadoras de Deficiências”, do Departamento de Artes, coordenado pelos Professores Henrique Amoedo e Edson Claro.

Em seguida são expostas algumas das metodologias utilizadas pelo grupo no trabalho de preparação corporal. Entre elas o Yoga, o Tai Chi Chuan, a Bioenergética, a Quiropraxia a Eutonia que eram associadas à técnicas de Dança Moderna e ao Ballet Clássico. A junção destas técnicas levou o nome de Método Dança-Educação Física.

No mesmo capítulo é abordada a questão da atuação artística da Cia. e são destacados os principais repertórios.

Para finalizar o capítulo, a autora comenta sobre a estrutura física dos bailarinos da Cia., que era bem variada.

II - Corpo, Dança e Deficiência

Neste segundo capítulo há um estudo sobre o ideário de corpo na sociedade e na dança. Por meio de uma pesquisa histórica a autora localiza em diferentes momentos os fatores que afetaram a formação dos corpos ao longo dos anos. Fatores que muitas vezes contribuíram para uma visão de corpo idealizado e institucionalizado pelo dominante ideal de normalidade.

Em seguida, há uma extensa contextualização do lugar ocupado pela deficiência ao longo dos anos na vida social e na cena artística. Passando pela ideia de corpo monstruoso, corpo doente, corpo deficiente e a visão de insuficiência, etc.

Logo após, esta contextualização é feita com um enfoque: o corpo deficiente na dança. Neste momento do livro, ao analisar a deficiência na cena da dança, aborda-se como referência o trabalho de algumas companhias de dança pelo mundo que realizam trabalhos com pessoas com deficiência. E problematiza-se a questão da Dança Inclusiva e a visão do corpo deficiente, onde por vezes a inclusão é conduzida apenas de forma ilustrativa.


III - Deficiência em Cena

No último capítulo o enfoque investigativo é acerca das questões que envolvem a cena contemporânea e o corpo deficiente, entendendo cena como lócus social e artístico. O papel político e artístico, a formação dos bailarinos e a crítica ao modelo inclusivo, implantado na dança, também serão, aqui, abordadas, bem como a busca pela autonomia criativa do artista. (TEIXEIRA, 2011, p.101)

A autora traz para a análise uma sequência de trabalhos de artistas que criaram e recriaram em cima de suas dores e perdas.

No momento final são discutidas questões referentes à atuação e produção autônoma de bailarinos deficientes. Destacando alguns dos principais artistas independentes da cena da dança e ressaltando a importância.

O cotidiano vivido por quem é deficiente - que a sociedade desconhece - é a matéria prima para as criações cênicas dos artistas. É no território da exclusão, da impossibilidade, da intolerância, da especulação social que esses corpos se ressignificam e devolvem à sociedade uma resposta que não é salvadora, nem redentora; é apenas o direito à criação no campo das artes, a própria liberdade de poder viver a experiência da deficiência, sem pieguismos, sem doutrinas, mas com muita responsabilidade quando se trata de fazer e pensar arte.(TEIXEIRA, apud SENTIDOS, 2011)

Referências

TEIXEIRA, Carolina. Deficiência em Cena. João Pessoa: Ideia, 2011.

Revista Sentidos. Disponível em blogsentidos.blogspot.com.br/2011_12_01_archive.html. Acesso em 21 de junho de 2013.

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