Roda Viva Cia. de Dança

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A Roda Viva Cia. de Dança é uma companhia de dança que trabalha com bailarinos portadores e não portadores de deficiência, onde seu objetivo é, a partir da arte, inserir as pessoas portadoras de deficiência no mercado como bailarinos profissionais. Desta forma, visa mostrar que diferenças e igualdades podem se completar e caminhar juntas.


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Tabela de conteúdo

Histórico

A Roda Viva Cia. de Dança, iniciou suas atividades em 1995, como parte do “Programa Interdisciplinar de Reabilitação na Lesão Medular”, desenvolvido pelo Departamento de Fisioterapia da UFRN, coordenado pelo Professor Ricardo Lins, onde ainda se intitulava “Roda Viva Dança Sobre Rodas”. A iniciativa do projeto era de cunho terapêutico, a fim de ”reeducar os corpos lesionados para a profilaxia corporal e o retorno ao convívio social” (TEIXEIRA, 2011, p. 26). No mesmo período o “Projeto de Dança para Pessoas Portadoras de Deficiências”, do Departamento de Artes da UFRN, coordenado pelos Professores Henrique Amoedo e Edson Claro também se integraram a pesquisa. A fusão destes dois projetos de extensão universitária, um hospitalar e o outro artístico, tinham como principal objetivo a inserção social de pessoas com deficiência física.

É importante destacar que a Roda Viva Dança Sobre Rodas não tinha interesse imediato em se tornar uma Companhia de Dança, essa vontade surgiu a partir das pesquisas realizadas com corpos deficientes no campo da dança.

Em 1996, a Cia. participou do “Projeto Arte na Escola”, que tinha como parceiros a DEART – UFRN e a COED. O objetivo do projeto era levar aos alunos das escolas estaduais palestras sobre prevenção de deficiências e apresentações artísticas. No mesmo ano, a Cia. realiza a estreia do seu primeiro espetáculo Mapa (1996), em Natal. Os primeiros trabalhos do grupo repercutiram em uma intensa procura da comunidade em geral, que buscavam informações sobre as atividades do projeto de pesquisa. A interação entre os diversos tipos de corpos, com e sem deficiência, que se uniram ao projeto foram se suma importância para o que mais tarde se tornaria uma grande companhia de dança.

Em 1996, o Roda Viva Dança Sobre Rodas realiza a sua primeira turnê nacional com o espetáculo Pernas pra que te quero (1996). Esta turnê fez com que o grupo tivesse reconhecimento artístico nacional e internacionalmente. Desta forma, o grupo Roda Viva Dança Sobre Rodas passa a se chamar Roda Viva Cia. de Dança, e consequentemente houve uma “transição do enfoque experimental para a empreitada no campo artístico” (TEIXEIRA, 2011, p. 29).

Em 1997, A Roda Viva Cia. de Dança foi indicada pelo Programa Very Special Art’s da FUNARTE para representar o Brasil no “I Festival Internacional de Dança Sobre Cadeiras de Rodas”, em Boston, onde apresentaram a coreografia Companheiros de estrada, de Ivonice Satie.

No ano de 1998 participou do “III Festival Nacional de Dança do Recife” e do “XXIII Festival de Inverno de Campina Grande” marcando a primeira participação de uma companhia de dança com portadores de deficiência nesse tipo de evento.

Em 1999, o espetáculo Mão na Roda (1998) é premido com o Troféu Caju, como melhor espetáculo de dança na cidade de Natal no ano de 1998. No mesmo ano foi criado, em Diadema – SP, o “Projeto Mão na Roda”, com o objetivo de formar um projeto que seguisse os passos da Roda Viva Cia. de Dança e participaram do “IV Festival Nacional de Dança do Recife”.

Comemorando cinco anos de existência, a companhia estreia o espetáculo Fragmentos (2000). Em 2000 também participaram de festivais como “V Festival de Dança do Recife”, “XXV Festival de Inverno de Campina Grande” “IX Festival de Dança SESI – Pará” e “X Festival Nacional de Artes sem barreiras”, além de participar do “V Congresso Nacional de Arte-Educação”. No mesmo ano a Roda Viva Cia. de Dança estreia o espetáculo Em tese nada é real... (Espetáculo) (2000), em Natal.

Em 2001, a companhia vai a Portugal para o Festival de Teatro, Música e Dança “Extremus 2001” na cidade do Porto, com a estreia da coreografia Além disso..., do coreógrafo Mário Nascimento. Estrearam o espetáculo Dimensões (2001) que com contou com a participação especial da Gaia Cia. de Dança e o Grupo de Dança da UFRN. Neste mesmo ano também participaram do “I Congresso Nordestino de Artes sem Barreiras”.

Além disso, a companhia passou por vários estados do Brasil em turnê com seus espetáculos, entre eles estão estados como Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás, Paraná, entre outros.

Grandes nomes da dança brasileira criaram em parceiras dentro da Companhia, entre esses nomes estão, por exemplo, Luis Arrieta, Ivonice Satie, Carlinhos de Jesus, Henrique Rodovalho, Mário Nascimento, Domingos Montagner, Fernando Sampaio, entre outros (TEIXEIRA, 2011).

As práticas utilizadas para a preparação e formação dos integrantes do grupo tem como finalidade a qualidade artística em cena, tais práticas foram fundamentadas nas técnicas de contato improvisação Laban/Paxton/Alesi, e no Método Dança-Educação Física (M.D.E.F), desenvolvido pelo professor Edson Claro.


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Equipe

Direção Geral: Edeilson Matias
Coordenação artística: Edson Claro
Design Gráfico: Anderson Leão
WebDesign: Anderson Leão e Fernanda Gurgel
Elenco: Anderson Leão, Carol Gurgel, Rejane de Sousa, Leandro Augusto, Marconi Araújo, Roberto Moraes.


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Principais trabalhos

Espetáculos

Mapa (1995)
Pernas pra que te quero (1996)
Dança das cadeiras (1997)
Mão na Roda (1998)
Mão na Roda – episódio 2 (1999)
Fragmentos (2000)
Em tese nada é real... (Espetáculo) (2000)
Dimensões (2001)
Pra quem nunca viu (2002)
O que são? (2003)
Sobre corpo palavra e despedida (2004 – 2006)
Ao gosto dos Anjos (2008 – 2009)

Coreografias

Além disso – Coreografia de: Mário Nascimento
Companheiros de Estrada – Coreografia de: Ivonice Satie
Curso do Rio – Coreografia de: Henrique Amoedo e Heloísa Costa
Dança do Eu sozinho - Coreografia de: Rubens Barbosa
De nós para vocês - Coreografia de:Edson Claro
Distante de Tudo - Coreografia de: Anderson Leão
Embrulho embolado - Coreografia de: Pedro Costa
Em tese nada é real... - Coreografia de: Domingos Montagner e Fernando Sampaio
Em transe - Coreografia de: Anderson Leão e Roberto Morais
Entre laços e nós faz-se a luz - Coreografia de: Leonardo Gama
Entre si - Coreografia de: Anderson Leão
Geografia do destino - Coreografia de: Edson Claro
Intercâmbio - Coreografia de: Anderson Leão
Marnatal - Coreografia de: Luis Arrieta
Olha-te - Coreografia de: Anderson Leão
O Nada - Coreografia de: Carolina Teixeira
O que! Onde, quando! - Coreografia de: Carlos Cortizo
O que são? - Coreografia de: Mário Nascimento
Por que não? - Coreografia de: Henrique Rodovalho
Prelúdio - Coreografia de: Hebert Menezes
Queremos mais - Coreografia de: Edson Claro, Henrique Amoedo, Ronald Carvalho, Vanessa Macedo.
Sonambulindo - Coreografia de: Samarone Rosendo
Um dia lá em casa... - Coreografia de: Ivonice Satie
Valeu, valeu!!! - Coreografia de: Edoson Claro e Carlinhos de Jesus
Vidas e vidas - Coreografia de: Heloísa Costa
Vixe - Coreografia de: Carolina Teixeira
Watashi – Ivonice Satie


Ligações externas:

Site: Roda Viva Cia. de Dança

Referências

TEIXEIRA, C. Deficiência em cena. 1° edição. João Pessoa: Ideia, 2011.

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