Mary Wigman

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Mary Wigman (Karoline Sophie Marie Wiegmann, Hanover, 13 de novembro 1886 - Berlim, 18 de setembro de 1973), fundadora da escola expressionista alemã, vivenciou os temores das duas Guerras Mundiais, que afetaram profundamente seu trabalho e suas criações.

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Vida

Mary Wigman nasceu em Hanover, Alemanha, em uma família de comerciantes. Aos vinte e quatro anos ingressa na escola de Hellerau, na Escola Rítimica de Dalcroze, aonde se formou mas sem se identificar com o método dalcroziano de contagem do rítimo por crer que este destruía a criatividade dos bailarinos. Acreditava que música e dança deveriam ser compostos em conjunto, rejeitava a interpretação da música e o caráter narrativo. Muitas de suas obras são dançadas sem música, sendo o rítimo marcado apenas com a percussão dos pés descalços dos bailarinos.
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Imagem retirada de : www.christies.com – dia 22/05/2013 às 09:00h

Dança

E foi no seu encontro com o pintor expressionista Emil Nolde, que começou a descobrir seu próprio movimento a partir da utilização de máscaras criadas por ele começa a desenvolver uma dança trágica. Nolde a incentiva a ir à Suiça para conhecer Rudolf Laban, o criador do Labanotation, uma forma de notação do movimento. Ela frequenta o Estúdio Laban, em Ascona, de 1913 a 1919. Onde começa a se inspirar no movimento de expressão da desordem, no estado de caos que tomava conta da humanidade após a Primeira Guerra Mundial. Sua dança é mais intuitiva do que a de seu mestre, Laban tinha um caráter mais elaborado e teórico, pensando o movimento a partir do icosaedro, o que "aprisionava" o bailarino.

Obra

Em 1913 apresenta sua primeira grande coreografia Hexentanz (A Dança da Feiticeira), uma dança que ela usava máscaras e ficou conhecida por seu caráter revolucionário. Em 1917 começa a desenvolver a primeira versão de sua Totentanz (Dança dos Mortos), obras motivadas pelo grotesco e demoníaco. Em 1920 abriu escola em Dresden.
A ascenção do nazismo é outro momento que lhe causa revolta e desespero, esses elementos ficam evidentes em 1928, com o ballet Die Feier, " A Festa", apresentado mais evidentemente em Das Totenmal, Monumento aos Mortos, em 1930, onde apresentava a deformação, rompendo com a harmonia do corpo. Seu método exigia total concentração do bailarino, para que ouvisse seu instinto interior e expressasse através de seu corpo partindo do tronco.
Lecionou no Bennington College, nos Estados Unidos, entre 1931 e 1933. Neste período apresenta Opfer, O Sacrifício, e abre uma escola, dirigida por Hanya Holm.


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Imagem retirada de : emblah13.files.wordpress.com – dia 22/05/2013 às 09:20h
Nolde participava o movimento Die Brücke e do grupo Blaueu Reuter, sendo por isso condenado pelo nazismo. E o mesmo aconteceu com Wigman, que passou toda Segunda Guerra vigiada pelos nazistas e só pode reabrir sua escola em 1945, na Berlim Ocidental. Em 57, apresenta uma nova versão de Sacre du Printemps. Trabalhou com a Ópera de Mannheim e a Ópera de Berlim.

Espetáculos

Hexentanz
Hexentanz II
Die sieben tanze des Leben
Tanzmärchen
Saul
Catulli Carmina
Carmina Burana
Alkestis
Sacre du Printemps
Orpheus und Eurydice

Mary Wigman faleceu em 1973 em Berlim aos 86 anos.

Referências bibliográficas

CAMINADA, Eliana. História da Dança: evolução cultural. Rio de Janeiro, Sprint, 1999.
BOURCIER, Paul. História da Dança. São Paulo, Martins Fontes, 1987.
PORTINARI, Maribel. História da Dança. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1989.
--Monique Anny 23h11min de 31 de maio de 2013 (BRT)

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