Ciranda do Norte

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Ciranda do Norte

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A Ciranda do Norte é uma dança folclórica paraense que se originou da cultura espanhola e portuguesa. Chegou ao Brasil no final do século XIX e expandiu-se nas regiões Norte e Nordeste. Classifica-se como uma dança simples de roda, acompanhada por versos cantados e movimentos figurados, possui variações no ritmo musical, o que faz variar também os movimentos coreográficos.

No Estado do Pará é muito dançada no mês de Junho, em época de festas juninas, uma vez que a ciranda do norte se relaciona com a manifestação do Cordão do Pássaro Junino que ocorre na região paraense. Os Pássaros Juninos constituem-se em uma manifestação folclórica representada por um teatro popular, no qual artistas e brincantes saem às ruas contando a história de um pássaro que é morto por um caçador. Este é perseguido e levado à presença do dono do pássaro, que promete uma punição caso o caçador não consiga curar ou ressucitar o animal. Para isso é solicitado um médico, ou um pajé, ou um “curandeiro” na tentaiva de salvar a ave. O pássaro consegue ser salvo e dá vida a todos do cordão. Assim, a Ciranda do Norte costuma ser apresentada quando os grupos de brincantes percorrem as ruas afim de manifestar a cultura popular.

Coreografia

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A coreografia é dançada seguindo o enredo dos Pássaros Juninos. É acompanhada de versos cantados e ritmos diferenciados Forma-se uma grande roda onde todos dançam alegremente como numa ciranda infantil. O decorrer segue a história dos pássaros, no qual deve haver a presença de um caçador, brincante e bem vestido, que persegue e fere a ave. Ocorre depois, a cena da morte do animal e aparece a presença do padre, ou um pajé para salvar o pássaro. A dança apresenta certa hora um momento religioso que equivale à missa em oração ao animal, mas depois todos dançam alegremente pela ressurreição da ave.

O ritmo segue a musicalidade da ciranda assemelhando a dança infantil, depois prossegue em xote, valsa e por fim o som de ciranda novamente. Essas marcações e os movimentos que seguem servem para diferenciar cada momento da peça.

Indumentária

As roupas usadas pelos dançantes lembram a moda da época do século XIX. Os homens vestem-se com camisa social estampada com cores que combinam com a roupa das damas, e calça também social da cor preta, branca ou azul. As mulheres por sua vez, se apresentam com blusa geralmente com babados e mangas soltas, saias rodadas estampadas abaixo do joelho e anáguas de renda. Ambos dançam com chapéu de palha, usam sapatilhas ou ficam descalços.

O caçador dança com camisa lisa social podendo ser preta ou azul escuro, calça também de cor lisa, bota, chapéu e espingarda. O dançarino que representa o padre vai caracterizado de seu personage e que representa o pássaro, dança com enfeites de penas coloridas para realçar o figurino que caracteriza a ave.

Personagens

Pássaro: personagem central da dança.

Caçador: que persegue e fere o animal.

Padre: Salve através de orações o pássaro.

Seu Manelinho: Responsável por alegrar o público.

Cupido: Representando o Deus do Amor.

Constância: Jovem francesa reverenciada por todos os rapazes.

Brincantes.

Instrumentos

Para o acompanhamento musical d ciranda do norte são utilizados instrumentos de pau, de corda e de sopro como: Curimbós, maracás, ganzás, banjos, cacetes e flautas. O ritmo é relativamente lento, ao contrário das demais danças folclóricas da região.


REFERÊNCIA

LOUREIRO, João de Jesus Paes, Cultura Amazônica, uma poética do imaginário/ Belém/ Cejup, 1995

OLIVEIRA, Elaine Ferreira. Quadrilhas e Cirandas: Diversidades amazônicas. (UNAMA- Universidade da Amazônia).

http://www.portalamazonia.com.br/secao/amazoniadeaz/interna.php?id=442

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