http://www.wikidanca.net/wiki/index.php?title=Especial:Contribui%C3%A7%C3%B5es/Ana_Claudia_Peres&feed=atom&limit=50&target=Ana_Claudia_Peres&year=&month=Wikidanca - Contribuições do usuário [pt-br]2024-03-28T22:17:05ZDe WikidancaMediaWiki 1.16.1http://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Marcos_AbranchesMarcos Abranches2013-10-19T20:59:53Z<p>Ana Claudia Peres: </p>
<hr />
<div>Professor de dança, dançarino e coreógrafo da Cia. Vidança, de São Paulo, fundada por ele em 2005. Marcos Abranches tem paralisia cerebral por ter nascido prematuro, aos 6 meses e 20 dias.<br />
<br />
[[Arquivo:Marcos_abranches_corpo_sobre_tela.jpg]]<br />
<br />
==Perfil==<br />
Marcos Abranches tem 36 anos e, por conta de problemas decorrentes da paralisia cerebral, só se sentiu seguro para andar na rua sozinho aos 16. Mas sempre teve entre seus passeios favoritos a ida a teatros para assistir a espetáculos de dança.<br />
<br />
Sua estreia aconteceu em 2003, depois de conhecer o coreógrafo Sandro Borelli e fazer um teste para o espetáculo "Senhor dos Anjos". Integrando a CIA FAR 15, atuou ainda nos espetáculos Jardim de Tântalo e Metamorfose de Franz Kafka, todos coreografados e dirigidos por Sandro Borelli e Sônia Soares.<br />
<br />
O bailarino trabalhou também com os coreógrafos Marta Soares, Marcelo Bucoff, Jorge Garcia e com o americano Alito Alessi, um dos fundadores do Dance Ability, escola de movimento que integra, em cena, pessoas com e sem deficiência.<br />
<br />
[[Arquivo:Marcos_abranches_3.jpg]]<br />
<br />
Incentivado por Phillipe Gemet, desenvolveu um trabalho coreográfico com mais duas bailarinas e fundou o Grupo Vidança, apresentando a peça Desequilíbrio, que posteriormente transformou-se em um espetáculo solo, com mais de, até hoje, 150 espetáculos.<br />
Entrevistado pela [http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2013/10/1357480-coreografo-com-paralisia-cerebral-e-destaque-em-mostra.shtml Folha de S. Paulo], Marcos Abranches declarou:<br />
<br />
<big>Nossa sociedade, por falta de conhecimento, trata o deficiente como um coitado. Se eu fosse me basear nesse tipo<br />
de pensamento, não colocaria meus pés para fora de casa. No meu espaço, não há sofrimento. (…) Tenho orgulho <br />
da minha deficiência, mas não uso isso em primeiro lugar na minha dança. Eu me entrego totalmente, mas antes de<br />
qualquer coisa vem meu coração e meu aprendizado.</big><br />
<br />
Marcos participou do Kulturdifferenztans, em Colônia (Alemanha), e Crossings Dance Festival, em Düsseldorf (Alemanha), apresentando "Via sem Regra", sob direção de Gerda König. Atuou na peça “Trem Fantasma”, em uma adaptação, no Brasil, da obra “Navio Fantasma”, de Wagner, dirigido por Christoph Schligensielf, rendendo-lhe o convite para atuar na temporada de 2008, reeditada em outubro de 2010 e em 2012, na ópera teatralizada da Vida e Obra de Joana D’Arc, no Deutsche Open Berlin, dirigida por Christoph Schligensielf (in memoriam), um dos mais respeitados diretores de toda Europa.<br />
<br />
[[Arquivo:Marcos_abranches_corpo.jpg]] <br />
<br />
<small>Corpo sobre Tela. Foto:Eduardo Krapp</small><br />
<br />
Seus mais recentes trabalhos são “Forma de Ver, com a participação da dançarina Ale Bono Vox e sob a direção de Rogério Ortiz, e “Corpo sobre Tela”, criado em parceria com Rogério Ortiz baseada na obra de Francis Bacon e dirigido pelo próprio dançarino. Em “Corpo sobre Tela”, o bailarino combina movimentos voluntários e involuntários ao seu trabalho de intérprete. O corpo do artista vira uma espécie de pincel com o qual ele pinta um quadro durante o espetáculo.<br />
<br />
==Coreografias==<br />
<br />
* '''Corpo sobre tela''' com a Cia. Vida<br />
<br />
* '''D...Equilíbrio''' com a Cia. Vidança<br />
<br />
* '''Formas de Ver''' com a Cia. Viadança<br />
<br />
* '''Via sem Regra''' com a Cia. Vidança<br />
<br />
* '''Senhor dos Anjos''' com a Cia. FAR 15 <br />
<br />
* '''Jardim de Tântalo''' Cia. FAR 15<br />
<br />
* '''Metamorfose de Franz Kafka''' Cia. FAR 15<br />
<br />
==Depoimento==<br />
<br />
Veja o [http://transform.britishcouncil.org.br/pt-br/content/depoimento-do-dancarino-marcos-abranches-no-seminario-arte-sem-limites depoimento] completo do bailarino Marcos Abranches durante o Seminário Unlimited: Arte sem Limites, que aconteceu em São Paulo, em 8 de agosto de 2013. <br />
<br />
[[Arquivo:Marcos_abranches_1.jpg]]<br />
<br />
Quando vou a um restaurante e, despreparado, esqueci minha colher apropriada, tenho que improvisar uma, fazendo com que a inclinação entre a concha e a haste seja maior para que eu possa pegar a comida. Situações hilárias aconteceram e acontecem comigo. Já tomei bronca de garçons e donos de restaurantes, já tive que pagar pela colher quebrada, já tive ajuda de pessoas que, em solidariedade, ajudaram a entortar, a ponto de aplicarem força demasiada e quebrarem a colher. Já saí com meia dúzia de colher quebrada no bolso, sem o garçom entender porque eu pedia tanta colher e eu não podia explicar a ele que a liga de aço da colher era muito fraca. Enfim, se me convidarem para comer em suas casas, cuidado, sou o maior “entortador” de colher do planeta. Espero que os garçons do almoço, que vai acontecer daqui a pouco, não estejam me escutando.<br />
<br />
Mas, momentos da minha vida me chamaram a atenção e me levaram a reflexão.<br />
<br />
Estive por cinco vezes me apresentando na Alemanha como dançarino. Três vezes em Berlim. É certo que ia a restaurantes. Por questões de prática e tempo, costumava, sempre que possível, repetir o mesmo restaurante, próximo ao Deutsche Open Berlin, onde me apresentava. E vejam. Sem nunca solicitar nada, e nem a mando de ninguém, e nem mesmo saberem o que eu fazia naquele País, quando me sentava à mesa de um restaurante, olhava para os talheres e lá estava a minha colher entortada, sobre um guardanapo de pano, reluzente, exatamente igualzinha a que havia deixado no primeiro dia que lá estive. Ah!, o garfo também estava entortado (pois não sabiam se gostaria de usá-lo ou não), o canudinho no copo e a comida servida já cortada, dada minha dificuldade nos movimentos de pinça. Tudo isso agraciado com um: - Guth Nate Tanzer .<br />
<br />
Foram além, já sabiam que eu era um dançarino e, pasmem não se espantaram em nada com isso. No Brasil, ao ser abordado, quase fui preso por um policial achar que estava ironizando quando falei qual era a minha profissão: - Tá me tirando cara, conta outra.<br />
<br />
Reflexões.<br />
<br />
Olhar para a deficiência e olhar para a arte, ou juntas, a arte pelo deficiente, não está no simples olhar de ver. Está na grandeza, sem limites, do respeito e da alma das pessoas.<br />
<br />
Em filosofia discute-se a questão do sistema autopoiético (compreender os sistemas vivos e por decorrência os sistemas de sentido). São os sistemas de sentido que abrangem os sistemas psíquicos, os sistemas comunicativos, enquanto sistemas sociais e suas realidades, cujo centro de interesse é a capacidade interpretativa do ser vivo, que concebe o homem não como um agente que “descobre” o mundo, mas que o constitui.<br />
<br />
[[Arquivo:Marcos_abranches_2.jpg]]<br />
<br />
Entre frustrações e conquistas, nesse sentido, venho, há mais de 10 anos, desde meu primeiro trabalho em Senhor dos Anjos baseado na vida e obra do escritor Augusto dos Anjos, até o meu mais recente trabalho Corpo sobre Tela adaptada das obras do pintor modernista Francis Bacon, procurando fazer da minha dança um chamamento para a reflexão sobre o modo de agir, pensar e opinar das pessoas. Honestidade e integridade não são somente padrões que os outros enxergam em nós. Danço para que as pessoas possam interiorizar os seus verdadeiros valores de equivalência.<br />
<br />
Se estiverem vazias, por Deus, que a Arte e a Cultura as alimentem.<br />
<br />
Algumas pessoas podem pensar: Se somos o sopro de Deus, quem nasce com deformações físicas ou mentais são frutos de um sopro defeituoso?<br />
<br />
A resposta para este tipo de desigualdade é que não há sofrimento ao redor de nossos passos. O mal supostamente forjado não está naqueles que o carregam, mas naqueles que padecem da aflição de sua própria ansiedade, respeitável, mas inútil, projetando e mentalizando ocorrências menos felizes para a vida dos portadores de deficiência, que, em muitos casos, não são vistos como se supõe e, por vezes, nem chegarão a vê-los assim.<br />
<br />
Em meu mais recente trabalho, Corpo sobre Tela, uma das nossas propostas (aqui incluo meu diretor Rogério Ortiz) é imaginar a imagem refletida na alma das pessoas através dos movimentos coréicos voluntários involuntários, implicam o figurativo ilustrativo do objeto. Na narrativa, a crônica informal das formas sensitivas de nos ver e de ver os fatos, denunciando os padrões anestesiados das sensações, vitimados pela pobreza da alma imperfeita que limitam a subjetividade do ver. <br />
Mas esta é a minha missão. Quando Deus colocou a dança em minha vida, não me perguntou se eu a queria ou não. Simplesmente a colocou. Deus não pergunta. Mas de uma coisa estou certo, ele me fez dançarino, para que, entre tantos outros, rogue ao mundo que reflita sobre a ausência do igual.<br />
<br />
Tenham a certeza, para os deficientes, as mostras de arte e cultura são inesgotáveis. Sem limites ou fronteiras. Não se surpreendam do que somos capazes. <br />
<br />
Todos sabem o quanto se produz arte e cultura nos meios deficientes, o que precisamos é extravasar nossa demanda. Para tanto precisamos que o universo sistematizado que nos rodeia as compreendam e criem mecanismos políticos de condução.<br />
Se desejarem ter provas da falta de compreensão do sistema político para com nossas causas, entrem com um projeto de arte de deficientes buscando benefícios em uma Lei Rouanet, Incentivos e Seguridade Social e presenciem a vontade política da inclusão.<br />
Apesar das mudanças em curso, o poder público ainda observa a deficiência como uma característica do indivíduo que possui um corpo com uma disfunção ou imperfeição. Sendo assim, o corpo torna-se o instrumento da inclusão social, agora não pela sua beleza ou pela sua habilidade extraordinária, mas em função do seu defeito e da sua inabilidade.<br />
<br />
Mas não podemos generalizar.<br />
<br />
Iniciativas como a desse Seminário dão prova que existem instituições, governamentais e privadas, com alta compreensão do nosso trabalho, e assim encerro com meus agradecimentos aos realizadores desse evento.<br />
<br />
Agradeço a Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, ao MAM, a SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco, a British Council, ao Sesc, a Associação Paulista dos Amigos da Arte, aos colegas palestrantes e a todas as pessoas que colaboraram para a realização desse importante Seminário, na certeza de que demos mais um passo para o engrandecimento e condução da arte e cultura de todos nós artistas deficientes.<br />
<br />
Parabéns por esse trabalho.<br />
<br />
Meu muito obrigado.<br />
<br />
==Referências==<br />
<br />
Veja depoimento: http://transform.britishcouncil.org.br/pt-br/content/depoimento-do-dancarino-marcos-abranches-no-seminario-arte-sem-limites<br />
<br />
[http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2013/10/1357480-coreografo-com-paralisia-cerebral-e-destaque-em-mostra.shtml Folha de S. Paulo]<br />
<br />
[http://noticias.uol.com.br/album/olho-magico/2013/10/18/olho-magico.htm?fotoNav=1&fb_action_ids=10153399714025038&fb_action_types=og.recommends&fb_source=aggregation&fb_aggregation_id=288381481237582 Notícias Uol]</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Marcos_AbranchesMarcos Abranches2013-10-19T20:53:13Z<p>Ana Claudia Peres: </p>
<hr />
<div>Professor de dança, dançarino e coreógrafo da Cia. Vidança, de São Paulo, fundada por ele em 2005. Marcos Abranches tem paralisia cerebral por ter nascido prematuro, aos 6 meses e 20 dias.<br />
<br />
[[Arquivo:Marcos_abranches_corpo_sobre_tela.jpg]]<br />
<br />
==Perfil==<br />
Marcos Abranches tem 36 anos e, por conta de problemas decorrentes da paralisia cerebral, só se sentiu seguro para andar na rua sozinho aos 16. Mas sempre teve entre seus passeios favoritos a ida a teatros para assistir a espetáculos de dança.<br />
<br />
Sua estreia aconteceu em 2003, depois de conhecer o coreógrafo Sandro Borelli e fazer um teste para o espetáculo "Senhor dos Anjos". Integrando a CIA FAR 15, atuou ainda nos espetáculos Jardim de Tântalo e Metamorfose de Franz Kafka, todos coreografados e dirigidos por Sandro Borelli e Sônia Soares.<br />
<br />
O bailarino trabalhou também com os coreógrafos Marta Soares, Marcelo Bucoff, Jorge Garcia e com o americano Alito Alessi, um dos fundadores do Dance Ability, escola de movimento que integra, em cena, pessoas com e sem deficiência.<br />
<br />
[[Arquivo:Marcos_abranches_3.jpg]]<br />
<br />
Incentivado por Phillipe Gemet, desenvolveu um trabalho coreográfico com mais duas bailarinas e fundou o Grupo Vidança, apresentando a peça Desequilíbrio, que posteriormente transformou-se em um espetáculo solo, com mais de, até hoje, 150 espetáculos.<br />
Entrevistado pela [http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2013/10/1357480-coreografo-com-paralisia-cerebral-e-destaque-em-mostra.shtml Folha de S. Paulo], Marcos Abranches declarou:<br />
<br />
<big>Nossa sociedade, por falta de conhecimento, trata o deficiente como um coitado. Se eu fosse me basear nesse tipo<br />
de pensamento, não colocaria meus pés para fora de casa. No meu espaço, não há sofrimento. (…) Tenho orgulho <br />
da minha deficiência, mas não uso isso em primeiro lugar na minha dança. Eu me entrego totalmente, mas antes de<br />
qualquer coisa vem meu coração e meu aprendizado.</big><br />
<br />
Marcos participou do Kulturdifferenztans, em Colônia (Alemanha), e Crossings Dance Festival, em Düsseldorf (Alemanha), apresentando "Via sem Regra", sob direção de Gerda König. Atuou na peça “Trem Fantasma”, em uma adaptação, no Brasil, da obra “Navio Fantasma”, de Wagner, dirigido por Christoph Schligensielf, rendendo-lhe o convite para atuar na temporada de 2008, reeditada em outubro de 2010 e em 2012, na ópera teatralizada da Vida e Obra de Joana D’Arc, no Deutsche Open Berlin, dirigida por Christoph Schligensielf (in memoriam), um dos mais respeitados diretores de toda Europa.<br />
<br />
[[Arquivo:Marcos_abranches_corpo.jpg]] <br />
<br />
<small>Corpo sobre Tela. Foto:Eduardo Krapp</small><br />
<br />
Seus mais recentes trabalhos são “Forma de Ver, com a participação da dançarina Ale Bono Vox e sob a direção de Rogério Ortiz, e “Corpo sobre Tela”, criado em parceria com Rogério Ortiz baseada na obra de Francis Bacon e dirigido pelo próprio dançarino. Em “Corpo sobre Tela”, o bailarino combina movimentos voluntários e involuntários ao seu trabalho de intérprete. O corpo do artista vira uma espécie de pincel com o qual ele pinta um quadro durante o espetáculo.<br />
<br />
==Coreografias==<br />
<br />
* '''Corpo sobre tela''' com a Cia. Vida<br />
<br />
* '''D...Equilíbrio''' com a Cia. Vidança<br />
<br />
* '''Formas de Ver''' com a Cia. Viadança<br />
<br />
* '''Via sem Regra''' com a Cia. Vidança<br />
<br />
* '''Senhor dos Anjos''' com a Cia. FAR 15 <br />
<br />
* '''Jardim de Tântalo''' Cia. FAR 15<br />
<br />
* '''Metamorfose de Franz Kafka''' Cia. FAR 15<br />
<br />
==Depoimento==<br />
<br />
Veja o [http://transform.britishcouncil.org.br/pt-br/content/depoimento-do-dancarino-marcos-abranches-no-seminario-arte-sem-limites depoimento] completo do bailarino Marcos Abranches durante o Seminário Unlimited: Arte sem Limites, que aconteceu em São Paulo, em 8 de agosto de 2013. <br />
<br />
[[Arquivo:Marcos_abranches_1.jpg]]<br />
<br />
Quando vou a um restaurante e, despreparado, esqueci minha colher apropriada, tenho que improvisar uma, fazendo com que a inclinação entre a concha e a haste seja maior para que eu possa pegar a comida. Situações hilárias aconteceram e acontecem comigo. Já tomei bronca de garçons e donos de restaurantes, já tive que pagar pela colher quebrada, já tive ajuda de pessoas que, em solidariedade, ajudaram a entortar, a ponto de aplicarem força demasiada e quebrarem a colher. Já saí com meia dúzia de colher quebrada no bolso, sem o garçom entender porque eu pedia tanta colher e eu não podia explicar a ele que a liga de aço da colher era muito fraca. Enfim, se me convidarem para comer em suas casas, cuidado, sou o maior “entortador” de colher do planeta. Espero que os garçons do almoço, que vai acontecer daqui a pouco, não estejam me escutando.<br />
<br />
Mas, momentos da minha vida me chamaram a atenção e me levaram a reflexão.<br />
<br />
Estive por cinco vezes me apresentando na Alemanha como dançarino. Três vezes em Berlim. É certo que ia a restaurantes. Por questões de prática e tempo, costumava, sempre que possível, repetir o mesmo restaurante, próximo ao Deutsche Open Berlin, onde me apresentava. E vejam. Sem nunca solicitar nada, e nem a mando de ninguém, e nem mesmo saberem o que eu fazia naquele País, quando me sentava à mesa de um restaurante, olhava para os talheres e lá estava a minha colher entortada, sobre um guardanapo de pano, reluzente, exatamente igualzinha a que havia deixado no primeiro dia que lá estive. Ah!, o garfo também estava entortado (pois não sabiam se gostaria de usá-lo ou não), o canudinho no copo e a comida servida já cortada, dada minha dificuldade nos movimentos de pinça. Tudo isso agraciado com um: - Guth Nate Tanzer .<br />
<br />
Foram além, já sabiam que eu era um dançarino e, pasmem não se espantaram em nada com isso. No Brasil, ao ser abordado, quase fui preso por um policial achar que estava ironizando quando falei qual era a minha profissão: - Tá me tirando cara, conta outra.<br />
<br />
Reflexões.<br />
<br />
Olhar para a deficiência e olhar para a arte, ou juntas, a arte pelo deficiente, não está no simples olhar de ver. Está na grandeza, sem limites, do respeito e da alma das pessoas.<br />
<br />
[[Arquivo:Marcos_abranches_2.jpg]]<br />
<br />
Em filosofia discute-se a questão do sistema autopoiético (compreender os sistemas vivos e por decorrência os sistemas de sentido). São os sistemas de sentido que abrangem os sistemas psíquicos, os sistemas comunicativos, enquanto sistemas sociais e suas realidades, cujo centro de interesse é a capacidade interpretativa do ser vivo, que concebe o homem não como um agente que “descobre” o mundo, mas que o constitui.<br />
<br />
Entre frustrações e conquistas, nesse sentido, venho, há mais de 10 anos, desde meu primeiro trabalho em Senhor dos Anjos baseado na vida e obra do escritor Augusto dos Anjos, até o meu mais recente trabalho Corpo sobre Tela adaptada das obras do pintor modernista Francis Bacon, procurando fazer da minha dança um chamamento para a reflexão sobre o modo de agir, pensar e opinar das pessoas. Honestidade e integridade não são somente padrões que os outros enxergam em nós. Danço para que as pessoas possam interiorizar os seus verdadeiros valores de equivalência.<br />
<br />
Se estiverem vazias, por Deus, que a Arte e a Cultura as alimentem.<br />
<br />
Algumas pessoas podem pensar: Se somos o sopro de Deus, quem nasce com deformações físicas ou mentais são frutos de um sopro defeituoso?<br />
<br />
A resposta para este tipo de desigualdade é que não há sofrimento ao redor de nossos passos. O mal supostamente forjado não está naqueles que o carregam, mas naqueles que padecem da aflição de sua própria ansiedade, respeitável, mas inútil, projetando e mentalizando ocorrências menos felizes para a vida dos portadores de deficiência, que, em muitos casos, não são vistos como se supõe e, por vezes, nem chegarão a vê-los assim.<br />
<br />
Em meu mais recente trabalho, Corpo sobre Tela, uma das nossas propostas (aqui incluo meu diretor Rogério Ortiz) é imaginar a imagem refletida na alma das pessoas através dos movimentos coréicos voluntários involuntários, implicam o figurativo ilustrativo do objeto. Na narrativa, a crônica informal das formas sensitivas de nos ver e de ver os fatos, denunciando os padrões anestesiados das sensações, vitimados pela pobreza da alma imperfeita que limitam a subjetividade do ver. <br />
Mas esta é a minha missão. Quando Deus colocou a dança em minha vida, não me perguntou se eu a queria ou não. Simplesmente a colocou. Deus não pergunta. Mas de uma coisa estou certo, ele me fez dançarino, para que, entre tantos outros, rogue ao mundo que reflita sobre a ausência do igual.<br />
<br />
Tenham a certeza, para os deficientes, as mostras de arte e cultura são inesgotáveis. Sem limites ou fronteiras. Não se surpreendam do que somos capazes. <br />
<br />
Todos sabem o quanto se produz arte e cultura nos meios deficientes, o que precisamos é extravasar nossa demanda. Para tanto precisamos que o universo sistematizado que nos rodeia as compreendam e criem mecanismos políticos de condução.<br />
Se desejarem ter provas da falta de compreensão do sistema político para com nossas causas, entrem com um projeto de arte de deficientes buscando benefícios em uma Lei Rouanet, Incentivos e Seguridade Social e presenciem a vontade política da inclusão.<br />
Apesar das mudanças em curso, o poder público ainda observa a deficiência como uma característica do indivíduo que possui um corpo com uma disfunção ou imperfeição. Sendo assim, o corpo torna-se o instrumento da inclusão social, agora não pela sua beleza ou pela sua habilidade extraordinária, mas em função do seu defeito e da sua inabilidade.<br />
<br />
Mas não podemos generalizar.<br />
<br />
Iniciativas como a desse Seminário dão prova que existem instituições, governamentais e privadas, com alta compreensão do nosso trabalho, e assim encerro com meus agradecimentos aos realizadores desse evento.<br />
<br />
Agradeço a Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, ao MAM, a SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco, a British Council, ao Sesc, a Associação Paulista dos Amigos da Arte, aos colegas palestrantes e a todas as pessoas que colaboraram para a realização desse importante Seminário, na certeza de que demos mais um passo para o engrandecimento e condução da arte e cultura de todos nós artistas deficientes.<br />
<br />
Parabéns por esse trabalho.<br />
<br />
Meu muito obrigado.<br />
<br />
==Referências==<br />
<br />
Veja depoimento: http://transform.britishcouncil.org.br/pt-br/content/depoimento-do-dancarino-marcos-abranches-no-seminario-arte-sem-limites<br />
<br />
[http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2013/10/1357480-coreografo-com-paralisia-cerebral-e-destaque-em-mostra.shtml Folha de S. Paulo]<br />
<br />
[http://noticias.uol.com.br/album/olho-magico/2013/10/18/olho-magico.htm?fotoNav=1&fb_action_ids=10153399714025038&fb_action_types=og.recommends&fb_source=aggregation&fb_aggregation_id=288381481237582 Notícias Uol]</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Arquivo:Marcos_abranches_1.jpgArquivo:Marcos abranches 1.jpg2013-10-19T20:52:43Z<p>Ana Claudia Peres: foi enviada uma nova versão de &quot;Arquivo:Marcos abranches 1.jpg&quot;</p>
<hr />
<div>Bailarino Marcos Abranches</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Arquivo:Marcos_abranches_3.jpgArquivo:Marcos abranches 3.jpg2013-10-19T20:47:56Z<p>Ana Claudia Peres: foi enviada uma nova versão de &quot;Arquivo:Marcos abranches 3.jpg&quot;</p>
<hr />
<div>coreógrafo e bailarino Marcos Abranches</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Marcos_AbranchesMarcos Abranches2013-10-19T20:44:33Z<p>Ana Claudia Peres: </p>
<hr />
<div>Professor de dança, dançarino e coreógrafo da Cia. Vidança, de São Paulo, fundada por ele em 2005. Marcos Abranches tem paralisia cerebral por ter nascido prematuro, aos 6 meses e 20 dias.<br />
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[[Arquivo:Marcos_abranches_corpo_sobre_tela.jpg]]<br />
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==Perfil==<br />
Marcos Abranches tem 36 anos e, por conta de problemas decorrentes da paralisia cerebral, só se sentiu seguro para andar na rua sozinho aos 16. Mas sempre teve entre seus passeios favoritos a ida a teatros para assistir a espetáculos de dança.<br />
<br />
Sua estreia aconteceu em 2003, depois de conhecer o coreógrafo Sandro Borelli e fazer um teste para o espetáculo "Senhor dos Anjos". Integrando a CIA FAR 15, atuou ainda nos espetáculos Jardim de Tântalo e Metamorfose de Franz Kafka, todos coreografados e dirigidos por Sandro Borelli e Sônia Soares.<br />
<br />
O bailarino trabalhou também com os coreógrafos Marta Soares, Marcelo Bucoff, Jorge Garcia e com o americano Alito Alessi, um dos fundadores do Dance Ability, escola de movimento que integra, em cena, pessoas com e sem deficiência.<br />
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[[Arquivo:Marcos_abranches_3.jpg]]<br />
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Incentivado por Phillipe Gemet, desenvolveu um trabalho coreográfico com mais duas bailarinas e fundou o Grupo Vidança, apresentando a peça Desequilíbrio, que posteriormente transformou-se em um espetáculo solo, com mais de, até hoje, 150 espetáculos.<br />
Entrevistado pela [http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2013/10/1357480-coreografo-com-paralisia-cerebral-e-destaque-em-mostra.shtml Folha de S. Paulo], Marcos Abranches declarou:<br />
<br />
<big>Nossa sociedade, por falta de conhecimento, trata o deficiente como um coitado. Se eu fosse me basear nesse tipo<br />
de pensamento, não colocaria meus pés para fora de casa. No meu espaço, não há sofrimento. (…) Tenho orgulho <br />
da minha deficiência, mas não uso isso em primeiro lugar na minha dança. Eu me entrego totalmente, mas antes de<br />
qualquer coisa vem meu coração e meu aprendizado.</big><br />
<br />
Marcos participou do Kulturdifferenztans, em Colônia (Alemanha), e Crossings Dance Festival, em Düsseldorf (Alemanha), apresentando "Via sem Regra", sob direção de Gerda König. Atuou na peça “Trem Fantasma”, em uma adaptação, no Brasil, da obra “Navio Fantasma”, de Wagner, dirigido por Christoph Schligensielf, rendendo-lhe o convite para atuar na temporada de 2008, reeditada em outubro de 2010 e em 2012, na ópera teatralizada da Vida e Obra de Joana D’Arc, no Deutsche Open Berlin, dirigida por Christoph Schligensielf (in memoriam), um dos mais respeitados diretores de toda Europa.<br />
<br />
[[Arquivo:Marcos_abranches_corpo.jpg]] <br />
<small>Corpo sobre Tela. Foto:Eduardo Krapp</small><br />
<br />
Seus mais recentes trabalhos são “Forma de Ver, com a participação da dançarina Ale Bono Vox e sob a direção de Rogério Ortiz, e “Corpo sobre Tela”, criado em parceria com Rogério Ortiz baseada na obra de Francis Bacon e dirigido pelo próprio dançarino. Em “Corpo sobre Tela”, o bailarino combina movimentos voluntários e involuntários ao seu trabalho de intérprete. O corpo do artista vira uma espécie de pincel com o qual ele pinta um quadro durante o espetáculo.<br />
<br />
==Coreografias==<br />
<br />
* '''Corpo sobre tela''' com a Cia. Vida<br />
<br />
* '''D...Equilíbrio''' com a Cia. Vidança<br />
<br />
* '''Formas de Ver''' com a Cia. Viadança<br />
<br />
* '''Via sem Regra''' com a Cia. Vidança<br />
<br />
* '''Senhor dos Anjos''' com a Cia. FAR 15 <br />
<br />
* '''Jardim de Tântalo''' Cia. FAR 15<br />
<br />
* '''Metamorfose de Franz Kafka''' Cia. FAR 15<br />
<br />
==Depoimento==<br />
<br />
Veja o [http://transform.britishcouncil.org.br/pt-br/content/depoimento-do-dancarino-marcos-abranches-no-seminario-arte-sem-limites depoimento] completo do bailarino Marcos Abranches durante o Seminário Unlimited: Arte sem Limites, que aconteceu em São Paulo, em 8 de agosto de 2013. <br />
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[[Aquivo:Marcos_abranches_1.jpg]]<br />
<br />
Quando vou a um restaurante e, despreparado, esqueci minha colher apropriada, tenho que improvisar uma, fazendo com que a inclinação entre a concha e a haste seja maior para que eu possa pegar a comida. Situações hilárias aconteceram e acontecem comigo. Já tomei bronca de garçons e donos de restaurantes, já tive que pagar pela colher quebrada, já tive ajuda de pessoas que, em solidariedade, ajudaram a entortar, a ponto de aplicarem força demasiada e quebrarem a colher. Já saí com meia dúzia de colher quebrada no bolso, sem o garçom entender porque eu pedia tanta colher e eu não podia explicar a ele que a liga de aço da colher era muito fraca. Enfim, se me convidarem para comer em suas casas, cuidado, sou o maior “entortador” de colher do planeta. Espero que os garçons do almoço, que vai acontecer daqui a pouco, não estejam me escutando.<br />
<br />
Mas, momentos da minha vida me chamaram a atenção e me levaram a reflexão.<br />
<br />
Estive por cinco vezes me apresentando na Alemanha como dançarino. Três vezes em Berlim. É certo que ia a restaurantes. Por questões de prática e tempo, costumava, sempre que possível, repetir o mesmo restaurante, próximo ao Deutsche Open Berlin, onde me apresentava. E vejam. Sem nunca solicitar nada, e nem a mando de ninguém, e nem mesmo saberem o que eu fazia naquele País, quando me sentava à mesa de um restaurante, olhava para os talheres e lá estava a minha colher entortada, sobre um guardanapo de pano, reluzente, exatamente igualzinha a que havia deixado no primeiro dia que lá estive. Ah!, o garfo também estava entortado (pois não sabiam se gostaria de usá-lo ou não), o canudinho no copo e a comida servida já cortada, dada minha dificuldade nos movimentos de pinça. Tudo isso agraciado com um: - Guth Nate Tanzer .<br />
<br />
Foram além, já sabiam que eu era um dançarino e, pasmem não se espantaram em nada com isso. No Brasil, ao ser abordado, quase fui preso por um policial achar que estava ironizando quando falei qual era a minha profissão: - Tá me tirando cara, conta outra.<br />
<br />
Reflexões.<br />
<br />
Olhar para a deficiência e olhar para a arte, ou juntas, a arte pelo deficiente, não está no simples olhar de ver. Está na grandeza, sem limites, do respeito e da alma das pessoas.<br />
<br />
[[Arquivo:Marcos_abranches_2.jpg]]<br />
<br />
Em filosofia discute-se a questão do sistema autopoiético (compreender os sistemas vivos e por decorrência os sistemas de sentido). São os sistemas de sentido que abrangem os sistemas psíquicos, os sistemas comunicativos, enquanto sistemas sociais e suas realidades, cujo centro de interesse é a capacidade interpretativa do ser vivo, que concebe o homem não como um agente que “descobre” o mundo, mas que o constitui.<br />
<br />
Entre frustrações e conquistas, nesse sentido, venho, há mais de 10 anos, desde meu primeiro trabalho em Senhor dos Anjos baseado na vida e obra do escritor Augusto dos Anjos, até o meu mais recente trabalho Corpo sobre Tela adaptada das obras do pintor modernista Francis Bacon, procurando fazer da minha dança um chamamento para a reflexão sobre o modo de agir, pensar e opinar das pessoas. Honestidade e integridade não são somente padrões que os outros enxergam em nós. Danço para que as pessoas possam interiorizar os seus verdadeiros valores de equivalência.<br />
<br />
Se estiverem vazias, por Deus, que a Arte e a Cultura as alimentem.<br />
<br />
Algumas pessoas podem pensar: Se somos o sopro de Deus, quem nasce com deformações físicas ou mentais são frutos de um sopro defeituoso?<br />
<br />
A resposta para este tipo de desigualdade é que não há sofrimento ao redor de nossos passos. O mal supostamente forjado não está naqueles que o carregam, mas naqueles que padecem da aflição de sua própria ansiedade, respeitável, mas inútil, projetando e mentalizando ocorrências menos felizes para a vida dos portadores de deficiência, que, em muitos casos, não são vistos como se supõe e, por vezes, nem chegarão a vê-los assim.<br />
<br />
Em meu mais recente trabalho, Corpo sobre Tela, uma das nossas propostas (aqui incluo meu diretor Rogério Ortiz) é imaginar a imagem refletida na alma das pessoas através dos movimentos coréicos voluntários involuntários, implicam o figurativo ilustrativo do objeto. Na narrativa, a crônica informal das formas sensitivas de nos ver e de ver os fatos, denunciando os padrões anestesiados das sensações, vitimados pela pobreza da alma imperfeita que limitam a subjetividade do ver. <br />
Mas esta é a minha missão. Quando Deus colocou a dança em minha vida, não me perguntou se eu a queria ou não. Simplesmente a colocou. Deus não pergunta. Mas de uma coisa estou certo, ele me fez dançarino, para que, entre tantos outros, rogue ao mundo que reflita sobre a ausência do igual.<br />
<br />
Tenham a certeza, para os deficientes, as mostras de arte e cultura são inesgotáveis. Sem limites ou fronteiras. Não se surpreendam do que somos capazes. <br />
<br />
Todos sabem o quanto se produz arte e cultura nos meios deficientes, o que precisamos é extravasar nossa demanda. Para tanto precisamos que o universo sistematizado que nos rodeia as compreendam e criem mecanismos políticos de condução.<br />
Se desejarem ter provas da falta de compreensão do sistema político para com nossas causas, entrem com um projeto de arte de deficientes buscando benefícios em uma Lei Rouanet, Incentivos e Seguridade Social e presenciem a vontade política da inclusão.<br />
Apesar das mudanças em curso, o poder público ainda observa a deficiência como uma característica do indivíduo que possui um corpo com uma disfunção ou imperfeição. Sendo assim, o corpo torna-se o instrumento da inclusão social, agora não pela sua beleza ou pela sua habilidade extraordinária, mas em função do seu defeito e da sua inabilidade.<br />
<br />
Mas não podemos generalizar.<br />
<br />
Iniciativas como a desse Seminário dão prova que existem instituições, governamentais e privadas, com alta compreensão do nosso trabalho, e assim encerro com meus agradecimentos aos realizadores desse evento.<br />
<br />
Agradeço a Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, ao MAM, a SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco, a British Council, ao Sesc, a Associação Paulista dos Amigos da Arte, aos colegas palestrantes e a todas as pessoas que colaboraram para a realização desse importante Seminário, na certeza de que demos mais um passo para o engrandecimento e condução da arte e cultura de todos nós artistas deficientes.<br />
<br />
Parabéns por esse trabalho.<br />
<br />
Meu muito obrigado.<br />
<br />
==Referências==<br />
<br />
Veja depoimento: http://transform.britishcouncil.org.br/pt-br/content/depoimento-do-dancarino-marcos-abranches-no-seminario-arte-sem-limites<br />
<br />
[http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2013/10/1357480-coreografo-com-paralisia-cerebral-e-destaque-em-mostra.shtml Folha de S. Paulo]<br />
<br />
[http://noticias.uol.com.br/album/olho-magico/2013/10/18/olho-magico.htm?fotoNav=1&fb_action_ids=10153399714025038&fb_action_types=og.recommends&fb_source=aggregation&fb_aggregation_id=288381481237582 Notícias Uol]</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Arquivo:Marcos_abranches_corpo.jpgArquivo:Marcos abranches corpo.jpg2013-10-19T20:38:09Z<p>Ana Claudia Peres: Corpo sobre Tela. Foto:Eduardo Krapp</p>
<hr />
<div>Corpo sobre Tela. Foto:Eduardo Krapp</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Arquivo:Marcos_abranches_corpo_sobre_tela.jpgArquivo:Marcos abranches corpo sobre tela.jpg2013-10-19T20:36:00Z<p>Ana Claudia Peres: Marcos Abranches em Corpo sobre Tela</p>
<hr />
<div>Marcos Abranches em Corpo sobre Tela</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Arquivo:Marcos_abranches_corpo_sob_tela.jpgArquivo:Marcos abranches corpo sob tela.jpg2013-10-19T20:32:09Z<p>Ana Claudia Peres: Corpo sobre Tela, espetáculo de Marcos Abranches</p>
<hr />
<div>Corpo sobre Tela, espetáculo de Marcos Abranches</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Arquivo:Marcos_abranches_3.jpgArquivo:Marcos abranches 3.jpg2013-10-19T20:27:24Z<p>Ana Claudia Peres: coreógrafo e bailarino Marcos Abranches</p>
<hr />
<div>coreógrafo e bailarino Marcos Abranches</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Arquivo:Marcos_abranches_2.jpgArquivo:Marcos abranches 2.jpg2013-10-19T20:25:33Z<p>Ana Claudia Peres: foi enviada uma nova versão de &quot;Arquivo:Marcos abranches 2.jpg&quot;</p>
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<div>Marcos Abranches, bailarino</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Arquivo:Marcos_abranches_2.jpgArquivo:Marcos abranches 2.jpg2013-10-19T20:23:42Z<p>Ana Claudia Peres: Marcos Abranches, bailarino</p>
<hr />
<div>Marcos Abranches, bailarino</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Marcos_AbranchesMarcos Abranches2013-10-19T20:22:31Z<p>Ana Claudia Peres: Criou página com 'Professor de dança, dançarino e coreógrafo da Cia. Vidança, de São Paulo, fundada por ele em 2005. Marcos Abranches tem paralisia cerebral por ter nascido prematuro, aos 6 m...'</p>
<hr />
<div>Professor de dança, dançarino e coreógrafo da Cia. Vidança, de São Paulo, fundada por ele em 2005. Marcos Abranches tem paralisia cerebral por ter nascido prematuro, aos 6 meses e 20 dias.<br />
<br />
[[ARQUIVO:<br />
<br />
==Perfil==<br />
Marcos Abranches tem 36 anos e, por conta de problemas decorrentes da paralisia cerebral, só se sentiu seguro para andar na rua sozinho aos 16. Mas sempre teve entre seus passeios favoritos a ida a teatros para assistir a espetáculos de dança.<br />
<br />
Sua estreia aconteceu em 2003, depois de conhecer o coreógrafo Sandro Borelli e fazer um teste para o espetáculo "Senhor dos Anjos". Integrando a CIA FAR 15, atuou ainda nos espetáculos Jardim de Tântalo e Metamorfose de Franz Kafka, todos coreografados e dirigidos por Sandro Borelli e Sônia Soares<br />
<br />
O bailarino trabalhou também com os coreógrafos Marta Soares, Marcelo Bucoff, Jorge Garcia e com o americano Alito Alessi, um dos fundadores do Dance Ability, escola de movimento que integra, em cena, pessoas com e sem deficiência.<br />
<br />
Incentivado por Phillipe Gemet, desenvolveu um trabalho coreográfico com mais duas bailarinas e fundou o Grupo Vidança, apresentando a peça Desequilíbrio, que posteriormente transformou-se em um espetáculo solo, com mais de, até hoje, 150 espetáculos.<br />
Entrevistado pela [http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2013/10/1357480-coreografo-com-paralisia-cerebral-e-destaque-em-mostra.shtml Folha de S. Paulo], Marcos Abranches declarou:<br />
<br />
<big>Nossa sociedade, por falta de conhecimento, trata o deficiente como um coitado. Se eu fosse me basear nesse tipo<br />
de pensamento, não colocaria meus pés para fora de casa. No meu espaço, não há sofrimento. (…) Tenho orgulho <br />
da minha deficiência, mas não uso isso em primeiro lugar na minha dança. Eu me entrego totalmente, mas antes de<br />
qualquer coisa vem meu coração e meu aprendizado.</big><br />
<br />
Marcos participou do Kulturdifferenztans, em Colônia (Alemanha), e Crossings Dance Festival, em Düsseldorf (Alemanha), apresentando "Via sem Regra", sob direção de Gerda König. Atuou na peça “Trem Fantasma”, em uma adaptação, no Brasil, da obra “Navio Fantasma”, de Wagner, dirigido por Christoph Schligensielf, rendendo-lhe o convite para atuar na temporada de 2008, reeditada em outubro de 2010 e em 2012, na ópera teatralizada da Vida e Obra de Joana D’Arc, no Deutsche Open Berlin, dirigida por Christoph Schligensielf (in memoriam), um dos mais respeitados diretores de toda Europa. <br />
<br />
Seus mais recentes trabalhos são “Forma de Ver, com a participação da dançarina Ale Bono Vox e sob a direção de Rogério Ortiz, e “Corpo sobre Tela”, criado em parceria com Rogério Ortiz baseada na obra de Francis Bacon e dirigido pelo próprio dançarino. Em “Corpo sobre Tela”, o bailarino combina movimentos voluntários e involuntários ao seu trabalho de intérprete. O corpo do artista vira uma espécie de pincel com o qual ele pinta um quadro durante o espetáculo.<br />
<br />
==Coreografias==<br />
<br />
* '''Corpo sobre tela''' com a Cia. Vida<br />
<br />
* '''D...Equilíbrio''' com a Cia. Vidança<br />
<br />
* '''Formas de Ver''' com a Cia. Viadança<br />
<br />
* '''Via sem Regra''' com a Cia. Vidança<br />
<br />
* '''Senhor dos Anjos''' com a Cia. FAR 15 <br />
<br />
* '''Jardim de Tântalo''' Cia. FAR 15<br />
<br />
* '''Metamorfose de Franz Kafka''' Cia. FAR 15<br />
<br />
<br />
==Depoimento==<br />
<br />
Veja o [http://transform.britishcouncil.org.br/pt-br/content/depoimento-do-dancarino-marcos-abranches-no-seminario-arte-sem-limites depoimento] completo do bailarino Marcos Abranches durante o Seminário Unlimited: Arte sem Limites, que aconteceu em São Paulo, em 8 de agosto de 2013. <br />
<br />
Quando vou a um restaurante e, despreparado, esqueci minha colher apropriada, tenho que improvisar uma, fazendo com que a inclinação entre a concha e a haste seja maior para que eu possa pegar a comida. Situações hilárias aconteceram e acontecem comigo. Já tomei bronca de garçons e donos de restaurantes, já tive que pagar pela colher quebrada, já tive ajuda de pessoas que, em solidariedade, ajudaram a entortar, a ponto de aplicarem força demasiada e quebrarem a colher. Já saí com meia dúzia de colher quebrada no bolso, sem o garçom entender porque eu pedia tanta colher e eu não podia explicar a ele que a liga de aço da colher era muito fraca. Enfim, se me convidarem para comer em suas casas, cuidado, sou o maior “entortador” de colher do planeta. Espero que os garçons do almoço, que vai acontecer daqui a pouco, não estejam me escutando.<br />
<br />
Mas, momentos da minha vida me chamaram a atenção e me levaram a reflexão.<br />
<br />
Estive por cinco vezes me apresentando na Alemanha como dançarino. Três vezes em Berlim. É certo que ia a restaurantes. Por questões de prática e tempo, costumava, sempre que possível, repetir o mesmo restaurante, próximo ao Deutsche Open Berlin, onde me apresentava. E vejam. Sem nunca solicitar nada, e nem a mando de ninguém, e nem mesmo saberem o que eu fazia naquele País, quando me sentava à mesa de um restaurante, olhava para os talheres e lá estava a minha colher entortada, sobre um guardanapo de pano, reluzente, exatamente igualzinha a que havia deixado no primeiro dia que lá estive. Ah!, o garfo também estava entortado (pois não sabiam se gostaria de usá-lo ou não), o canudinho no copo e a comida servida já cortada, dada minha dificuldade nos movimentos de pinça. Tudo isso agraciado com um: - Guth Nate Tanzer .<br />
<br />
Foram além, já sabiam que eu era um dançarino e, pasmem não se espantaram em nada com isso. No Brasil, ao ser abordado, quase fui preso por um policial achar que estava ironizando quando falei qual era a minha profissão: - Tá me tirando cara, conta outra.<br />
<br />
Reflexões.<br />
<br />
Olhar para a deficiência e olhar para a arte, ou juntas, a arte pelo deficiente, não está no simples olhar de ver. Está na grandeza, sem limites, do respeito e da alma das pessoas.<br />
<br />
Em filosofia discute-se a questão do sistema autopoiético (compreender os sistemas vivos e por decorrência os sistemas de sentido). São os sistemas de sentido que abrangem os sistemas psíquicos, os sistemas comunicativos, enquanto sistemas sociais e suas realidades, cujo centro de interesse é a capacidade interpretativa do ser vivo, que concebe o homem não como um agente que “descobre” o mundo, mas que o constitui.<br />
<br />
Entre frustrações e conquistas, nesse sentido, venho, há mais de 10 anos, desde meu primeiro trabalho em Senhor dos Anjos baseado na vida e obra do escritor Augusto dos Anjos, até o meu mais recente trabalho Corpo sobre Tela adaptada das obras do pintor modernista Francis Bacon, procurando fazer da minha dança um chamamento para a reflexão sobre o modo de agir, pensar e opinar das pessoas. Honestidade e integridade não são somente padrões que os outros enxergam em nós. Danço para que as pessoas possam interiorizar os seus verdadeiros valores de equivalência.<br />
<br />
Se estiverem vazias, por Deus, que a Arte e a Cultura as alimentem.<br />
<br />
Algumas pessoas podem pensar: Se somos o sopro de Deus, quem nasce com deformações físicas ou mentais são frutos de um sopro defeituoso?<br />
<br />
A resposta para este tipo de desigualdade é que não há sofrimento ao redor de nossos passos. O mal supostamente forjado não está naqueles que o carregam, mas naqueles que padecem da aflição de sua própria ansiedade, respeitável, mas inútil, projetando e mentalizando ocorrências menos felizes para a vida dos portadores de deficiência, que, em muitos casos, não são vistos como se supõe e, por vezes, nem chegarão a vê-los assim.<br />
<br />
Em meu mais recente trabalho, Corpo sobre Tela, uma das nossas propostas (aqui incluo meu diretor Rogério Ortiz) é imaginar a imagem refletida na alma das pessoas através dos movimentos coréicos voluntários involuntários, implicam o figurativo ilustrativo do objeto. Na narrativa, a crônica informal das formas sensitivas de nos ver e de ver os fatos, denunciando os padrões anestesiados das sensações, vitimados pela pobreza da alma imperfeita que limitam a subjetividade do ver. <br />
Mas esta é a minha missão. Quando Deus colocou a dança em minha vida, não me perguntou se eu a queria ou não. Simplesmente a colocou. Deus não pergunta. Mas de uma coisa estou certo, ele me fez dançarino, para que, entre tantos outros, rogue ao mundo que reflita sobre a ausência do igual.<br />
<br />
Tenham a certeza, para os deficientes, as mostras de arte e cultura são inesgotáveis. Sem limites ou fronteiras. Não se surpreendam do que somos capazes. <br />
<br />
Todos sabem o quanto se produz arte e cultura nos meios deficientes, o que precisamos é extravasar nossa demanda. Para tanto precisamos que o universo sistematizado que nos rodeia as compreendam e criem mecanismos políticos de condução.<br />
Se desejarem ter provas da falta de compreensão do sistema político para com nossas causas, entrem com um projeto de arte de deficientes buscando benefícios em uma Lei Rouanet, Incentivos e Seguridade Social e presenciem a vontade política da inclusão.<br />
Apesar das mudanças em curso, o poder público ainda observa a deficiência como uma característica do indivíduo que possui um corpo com uma disfunção ou imperfeição. Sendo assim, o corpo torna-se o instrumento da inclusão social, agora não pela sua beleza ou pela sua habilidade extraordinária, mas em função do seu defeito e da sua inabilidade.<br />
<br />
Mas não podemos genelarizar.<br />
<br />
Iniciativas como a desse Seminário dão prova que existem instituições, governamentais e privadas, com alta compreensão do nosso trabalho, e assim encerro com meus agradecimentos aos realizadores desse evento.<br />
<br />
Agradeço a Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, ao MAM, a SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco, a British Council, ao Sesc, a Associação Paulista dos Amigos da Arte, aos colegas palestrantes e a todas as pessoas que colaboraram para a realização desse importante Seminário, na certeza de que demos mais um passo para o engrandecimento e condução da arte e cultura de todos nós artistas deficientes.<br />
<br />
Parabéns por esse trabalho.<br />
<br />
Meu muito obrigado.<br />
<br />
==Referências==<br />
<br />
[http://transform.britishcouncil.org.br/pt-br/content/depoimento-do-dancarino-marcos-abranches-no-seminario-arte-sem-limites]<br />
<br />
[http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2013/10/1357480-coreografo-com-paralisia-cerebral-e-destaque-em-mostra.shtml Folha de S. Paulo]<br />
<br />
[http://noticias.uol.com.br/album/olho-magico/2013/10/18/olho-magico.htm?fotoNav=1&fb_action_ids=10153399714025038&fb_action_types=og.recommends&fb_source=aggregation&fb_aggregation_id=288381481237582 Notícias Uol]</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Arquivo:Marcos_abranches_1.jpgArquivo:Marcos abranches 1.jpg2013-10-19T20:20:32Z<p>Ana Claudia Peres: Bailarino Marcos Abranches</p>
<hr />
<div>Bailarino Marcos Abranches</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/O_Tempo_da_Paix%C3%A3o_ou_O_Desejo_%C3%89_um_Lago_AzulO Tempo da Paixão ou O Desejo É um Lago Azul2013-10-14T23:26:44Z<p>Ana Claudia Peres: </p>
<hr />
<div>Espetáculo encenado pela Cia. de Arte Andanças sob a direção da coreógrafa cearense Andréa Bardawil, inspirado na obra do artista plástico Leonilson.<br />
<br />
[[ARQUIVO:O_TEMPO_DA_PAIXAO_11.jpg]]<br />
<br />
<small> DIVULGAÇÃO:Paulo Amoreira</small><br />
<br />
==O espetáculo==<br />
<br />
Em 2004, a coreógrafa cearense [[Andréa Bardawil]] ganhou o Edital de Incentivo às Artes no Ceará para realizar o espetáculo “O Tempo da Paixão ou O Desejo é um Lago Azul”, inspirado livremente na obra do artista plástico [http://pt.wikipedia.org/wiki/Leonilson Leonilson] e encenado pela Cia. da Arte Andança. O espetáculo centra foco no desejo e na afirmação de vida, em contraponto à doença e à morte, duas referências comuns sobre Leonilson, vitimado pela aids em 1993. Andréa já declarou em entrevistas que o estigma criado pela doença parece se impor a uma trajetória de vida intensa, como se a morte fosse um castigo para quem viveu a vida com tal intensidade, e a culpa fosse algo da qual não pudéssemos escapar.<br />
<br />
Ao [http://diariodonordeste.globo.com/m/materia.asp?codigo=613260 Diário do Nordeste], a coreógrafa afirmou:<br />
<br />
<big>“É impressionante como o Leonilson faz gritar algo completamente silencioso. Do mínimo, do absolutamente <br />
cotidiano, ele é capaz de surpreender a gente com uma potência extraordinária. Foi imediato: vi o Leonilson<br />
e fiquei decidida que iria ressignificar aquilo tudo através do movimento, através da minha dança”".</big><br />
<br />
[[ARQUIVO:O_TEMPO_DA_PAIXAO_10.jpg]]<br />
<br />
No espetáculo, que usa e abusa das cores, os bailarinos e também intérpretes-criadores Possidônio Montenegro, Sâmia Bittencourt, Tiago Ribeiro e Carlos Antônio dos Santos, dançam todo o tempo sobre pedrinhas e cristais espalhados pelo chão. A intenção, segundo a diretora, não era apresentar o artista plástico mas de alguma maneira induzir o público a querer conhecê-lo. Para tanto, a coreografia lança mão de vários elementos emblemáticos da obra de Leonilson: além das pedras e dos cristais, os tecidos, um travesseiro, uma calça jeans.<br />
<br />
“O Tempo da Paixão ou O Desejo é um lago Azul” foi encenado em museus, galerias e espaços alternativos, uma vez que não foi concebido para palcos italianos.<br />
<br />
Montagem das mais aplaudidas no cenário da dança contemporânea cearense desde o ano de sua criação, 2005, o espetáculo foi exibido pela última vez em fevereiro de 2009. Mas foi remontado em 2011, a convite do Itaú Cultural, para integrar a exposição “Sob o peso dos meus amores”, retrospectiva da obra de Leonilson no Brasil. Ainda em 2011, “O Tempo da Paixão ou O Desejo É um Lago Azul” apresentou-se também durante a 8ª Bienal Internacional de Dança do Ceará.<br />
<br />
==Ficha Técnica==<br />
<br />
* Concepção, Direção e Composição Coreográfica: Andréa Bardawil<br />
* Intérpretes-criadores: Possidônio Montenegro, Sâmia Bittencourt, Tiago Ribeiro e Carlos Antônio dos Santos<br />
* Figurino: Ruth Aragão<br />
* Iluminação: Walter Façanha<br />
* Concepção Visual: Enrico Rocha e Andréa Bardawil<br />
* Fotos: Paulo Amoreira e Bia Pontes<br />
* Projeto gráfico: Galciani Neves<br />
<br />
==A companhia==<br />
<br />
[[ARQUIVO:TEMPO_DA_PAIXAO_2.JPG]]<br />
<br />
A Companhia da Arte Andanças surgiu em 1991 e investiu na sua pesquisa de linguagem. Em 1999, passou a sediar-se no Alpendre – Casa de Arte, Pesquisa e Produção, dividindo espaço, tempo e inquietações com outros artistas interessados na arte contemporânea, constituindo um novo espaço de encontro. Além das informações técnicas, iniciou-se um processo intenso de troca e produção com as Artes Plásticas, o Vídeo, a Literatura e a Fotografia.<br />
<br />
Sempre sob a direção de Andréa Bardawil, a Cia. da Arte Andanças vem desenvolvendo uma incessante pesquisa sobre o corpo. Entre os espetáculos da companhia, destacam-se, além de “O Tempo da Paixão ou O Desejo é um Lago Azul”, “A Dança de Clarice”, “O Tempo da Delicadeza”, “Os Tempos”, “Vagarezas e Súbitos Chegares” e “Graça”.<br />
<br />
==Referências==<br />
<br />
[http://diariodonordeste.globo.com/m/materia.asp?codigo=613260 Diário do Nordeste]<br />
<br />
[http://diariodonordeste.globo.com/m/materia.asp?codigo=964736 DN]<br />
<br />
[http://www.bienaldedanca.com/atividades-bienal-2011/cia-da-arte-andancas-ce site oficial Bienal de Dança]<br />
<br />
[http://www.opovo.com.br/app/opovo/vidaearte/2011/04/09/noticiasjornalvidaearte,2123900/o-caminho-se-faz-andando.shtml Jornal O POVO]<br />
<br />
==Ligações externas==<br />
<br />
[http://ciadaarteandancas.wordpress.com/ Site oficial]</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/O_Tempo_da_Paix%C3%A3o_ou_O_Desejo_%C3%89_um_Lago_AzulO Tempo da Paixão ou O Desejo É um Lago Azul2013-10-14T23:22:15Z<p>Ana Claudia Peres: </p>
<hr />
<div>Espetáculo encenado pela Cia. de Arte Andanças sob a direção da coreógrafa cearense Andréa Bardawil, inspirado na obra do artista plástico Leonilson.<br />
<br />
[[ARQUIVO:O_TEMPO_DA_PAIXAO_11.jpg]]<br />
<br />
<small> DIVULGAÇÃO:Paulo Amoreira</small><br />
<br />
==O espetáculo==<br />
<br />
Em 2004, a coreógrafa cearense [[Andréa Bardawil]] ganhou o Edital de Incentivo às Artes no Ceará para realizar o espetáculo “O Tempo da Paixão ou O Desejo é um Lago Azul”, inspirado livremente na obra do artista plástico [http://pt.wikipedia.org/wiki/Leonilson Leonilson] e encenado pela [[Cia. da Arte Andança]]. O espetáculo centra foco no desejo e na afirmação de vida, em contraponto à doença e à morte, duas referências comuns sobre Leonilson, vitimado pela aids em 1993. Andréa já declarou em entrevistas que o estigma criado pela doença parece se impor a uma trajetória de vida intensa, como se a morte fosse um castigo para quem viveu a vida com tal intensidade, e a culpa fosse algo da qual não pudéssemos escapar.<br />
<br />
Ao [http://diariodonordeste.globo.com/m/materia.asp?codigo=613260 Diário do Nordeste], a coreógrafa afirmou:<br />
<br />
<big>“É impressionante como o Leonilson faz gritar algo completamente silencioso. Do mínimo, do absolutamente <br />
cotidiano, ele é capaz de surpreender a gente com uma potência extraordinária. Foi imediato: vi o Leonilson<br />
e fiquei decidida que iria ressignificar aquilo tudo através do movimento, através da minha dança”".</big><br />
<br />
[[ARQUIVO:O_TEMPO_DA_PAIXAO_10.jpg]]<br />
<br />
No espetáculo, que usa e abusa das cores, os bailarinos e também intérpretes-criadores Possidônio Montenegro, Sâmia Bittencourt, Tiago Ribeiro e Carlos Antônio dos Santos, dançam todo o tempo sobre pedrinhas e cristais espalhados pelo chão. A intenção, segundo a diretora, não era apresentar o artista plástico mas de alguma maneira induzir o público a querer conhecê-lo. Para tanto, a coreografia lança mão de vários elementos emblemáticos da obra de Leonilson: além das pedras e dos cristais, os tecidos, um travesseiro, uma calça jeans.<br />
<br />
“O Tempo da Paixão ou O Desejo é um lago Azul” foi encenado em museus, galerias e espaços alternativos, uma vez que não foi concebido para palcos italianos.<br />
<br />
Montagem das mais aplaudidas no cenário da dança contemporânea cearense desde o ano de sua criação, 2005, o espetáculo foi exibido pela última vez em fevereiro de 2009. Mas foi remontado em 2011, a convite do Itaú Cultural, para integrar a exposição “Sob o peso dos meus amores”, retrospectiva da obra de Leonilson no Brasil. Ainda em 2011, “O Tempo da Paixão ou O Desejo É um Lago Azul” apresentou-se também durante a 8ª Bienal Internacional de Dança do Ceará.<br />
<br />
==Ficha Técnica==<br />
<br />
* Concepção, Direção e Composição Coreográfica: Andréa Bardawil<br />
* Intérpretes-criadores: Possidônio Montenegro, Sâmia Bittencourt, Tiago Ribeiro e Carlos Antônio dos Santos<br />
* Figurino: Ruth Aragão<br />
* Iluminação: Walter Façanha<br />
* Concepção Visual: Enrico Rocha e Andréa Bardawil<br />
* Fotos: Paulo Amoreira e Bia Pontes<br />
* Projeto gráfico: Galciani Neves<br />
<br />
==A companhia==<br />
<br />
[[ARQUIVO:TEMPO_DA_PAIXAO_2.JPG]]<br />
<br />
A Companhia da Arte Andanças surgiu em 1991 e investiu na sua pesquisa de linguagem. Em 1999, passou a sediar-se no Alpendre – Casa de Arte, Pesquisa e Produção, dividindo espaço, tempo e inquietações com outros artistas interessados na arte contemporânea, constituindo um novo espaço de encontro. Além das informações técnicas, iniciou-se um processo intenso de troca e produção com as Artes Plásticas, o Vídeo, a Literatura e a Fotografia.<br />
<br />
Sempre sob a direção de Andréa Bardawil, a Cia. da Arte Andanças vem desenvolvendo uma incessante pesquisa sobre o corpo. Entre os espetáculos da companhia, destacam-se, além de “O Tempo da Paixão ou O Desejo é um Lago Azul”, “A Dança de Clarice”, “O Tempo da Delicadeza”, “Os Tempos”, “Vagarezas e Súbitos Chegares” e “Graça”.<br />
<br />
==Referências==<br />
<br />
[http://diariodonordeste.globo.com/m/materia.asp?codigo=613260 Diário do Nordeste]<br />
<br />
[http://diariodonordeste.globo.com/m/materia.asp?codigo=964736 DN]<br />
<br />
[http://www.bienaldedanca.com/atividades-bienal-2011/cia-da-arte-andancas-ce site oficial Bienal de Dança]<br />
<br />
[http://www.opovo.com.br/app/opovo/vidaearte/2011/04/09/noticiasjornalvidaearte,2123900/o-caminho-se-faz-andando.shtml Jornal O POVO]<br />
<br />
==Ligações externas==<br />
<br />
[http://ciadaarteandancas.wordpress.com/ Site oficial]</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Arquivo:O_TEMPO_DA_PAIXAO_10.jpgArquivo:O TEMPO DA PAIXAO 10.jpg2013-10-14T23:11:42Z<p>Ana Claudia Peres: foi enviada uma nova versão de &quot;Arquivo:O TEMPO DA PAIXAO 10.jpg&quot;</p>
<hr />
<div>Espetáculo da Cia. da Arte Andanças</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/O_Tempo_da_Paix%C3%A3o_ou_O_Desejo_%C3%89_um_Lago_AzulO Tempo da Paixão ou O Desejo É um Lago Azul2013-10-14T23:08:53Z<p>Ana Claudia Peres: Criou página com 'Espetáculo encenado pela Cia. de Arte Andanças sob a direção da coreógrafa cearense Andréa Bardawil, inspirado na obra do artista plástico Leonilson. [[ARQUIVO:O_TEMPO_DA...'</p>
<hr />
<div>Espetáculo encenado pela Cia. de Arte Andanças sob a direção da coreógrafa cearense Andréa Bardawil, inspirado na obra do artista plástico Leonilson.<br />
<br />
[[ARQUIVO:O_TEMPO_DA_PAIXAO_11.jpg]]<br />
<br />
<small> DIVULGAÇÃO:Paulo Amoreira</small><br />
<br />
==O espetáculo==<br />
<br />
Em 2004, a coreógrafa cearense Andréa Bardawil ganhou o Edital de Incentivo às Artes no Ceará para realizar o espetáculo “O Tempo da Paixão ou O Desejo é um Lago Azul”, inspirado livremente na obra do artista plástico Leonilson e encenado pela Cia. da Arte Andança. O espetáculo centra foco no desejo e na afirmação de vida, em contraponto à doença e à morte, duas referências comuns sobre Leonilson, vitimado pela aids em 1993. Andréa já declarou em entrevistas que o estigma criado pela doença parece se impor a uma trajetória de vida intensa, como se a morte fosse um castigo para quem viveu a vida com tal intensidade, e a culpa fosse algo da qual não pudéssemos escapar.<br />
<br />
Ao [http://diariodonordeste.globo.com/m/materia.asp?codigo=613260 Diário do Nordeste], a coreógrafa afirmou:<br />
<br />
<big>“É impressionante como o Leonilson faz gritar algo completamente silencioso. Do mínimo, do absolutamente <br />
cotidiano, ele é capaz de surpreender a gente com uma potência extraordinária. Foi imediato: vi o Leonilson<br />
e fiquei decidida que iria ressignificar aquilo tudo através do movimento, através da minha dança”".</big><br />
<br />
[[ARQUIVO:O_TEMPO_DA_PAIXAO_10.jpg]]<br />
<br />
No espetáculo, que usa e abusa das cores, os bailarinos e também intérpretes-criadores Possidônio Montenegro, Sâmia Bittencourt, Tiago Ribeiro e Carlos Antônio dos Santos, dançam todo o tempo sobre pedrinhas e cristais espalhados pelo chão. A intenção, segundo a diretora, não era apresentar o artista plástico mas de alguma maneira induzir o público a querer conhecê-lo. Para tanto, a coreografia lança mão de vários elementos emblemáticos da obra de Leonilson: além das pedras e dos cristais, os tecidos, um travesseiro, uma calça jeans.<br />
<br />
“O Tempo da Paixão ou O Desejo é um lago Azul” foi encenado em museus, galerias e espaços alternativos, uma vez que não foi concebido para palcos italianos.<br />
<br />
Montagem das mais aplaudidas no cenário da dança contemporânea cearense desde o ano de sua criação, 2005, o espetáculo foi exibido pela última vez em fevereiro de 2009. Mas foi remontado em 2011, a convite do Itaú Cultural, para integrar a exposição “Sob o peso dos meus amores”, retrospectiva da obra de Leonilson no Brasil. Ainda em 2011, “O Tempo da Paixão ou O Desejo É um Lago Azul” apresentou-se também durante a 8ª Bienal Internacional de Dança do Ceará.<br />
<br />
==Ficha Técnica==<br />
<br />
* Concepção, Direção e Composição Coreográfica: Andréa Bardawil<br />
* Intérpretes-criadores: Possidônio Montenegro, Sâmia Bittencourt, Tiago Ribeiro e Carlos Antônio dos Santos<br />
* Figurino: Ruth Aragão<br />
* Iluminação: Walter Façanha<br />
* Concepção Visual: Enrico Rocha e Andréa Bardawil<br />
* Fotos: Paulo Amoreira e Bia Pontes<br />
* Projeto gráfico: Galciani Neves<br />
<br />
==A companhia==<br />
<br />
[[ARQUIVO:TEMPO_DA_PAIXAO_2.jpg]]<br />
<br />
A Companhia da Arte Andanças surgiu em 1991 e investiu na sua pesquisa de linguagem. Em 1999, passou a sediar-se no Alpendre – Casa de Arte, Pesquisa e Produção, dividindo espaço, tempo e inquietações com outros artistas interessados na arte contemporânea, constituindo um novo espaço de encontro. Além das informações técnicas, iniciou-se um processo intenso de troca e produção com as Artes Plásticas, o Vídeo, a Literatura e a Fotografia.<br />
<br />
Sempre sob a direção de Andréa Bardawil, a Cia. da Arte Andanças vem desenvolvendo uma incessante pesquisa sobre o corpo. Entre os espetáculos da companhia, destacam-se, além de “O Tempo da Paixão ou O Desejo é um Lago Azul”, “A Dança de Clarice”, “O Tempo da Delicadeza”, “Os Tempos”, “Vagarezas e Súbitos Chegares” e “Graça”.<br />
<br />
==Referências==<br />
<br />
[http://diariodonordeste.globo.com/m/materia.asp?codigo=613260 Diário do Nordeste]<br />
<br />
[http://diariodonordeste.globo.com/m/materia.asp?codigo=964736 DN]<br />
<br />
[http://www.bienaldedanca.com/atividades-bienal-2011/cia-da-arte-andancas-ce site oficial Bienal de Dança]<br />
<br />
[http://www.opovo.com.br/app/opovo/vidaearte/2011/04/09/noticiasjornalvidaearte,2123900/o-caminho-se-faz-andando.shtml Jornal O POVO]<br />
<br />
==Ligações externas==<br />
<br />
[http://ciadaarteandancas.wordpress.com/ Site oficial]</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Arquivo:O_TEMPO_DA_PAIXAO_11.jpgArquivo:O TEMPO DA PAIXAO 11.jpg2013-10-14T23:08:42Z<p>Ana Claudia Peres: foi enviada uma nova versão de &quot;Arquivo:O TEMPO DA PAIXAO 11.jpg&quot;</p>
<hr />
<div>"O Tempo da Paixão ou O Desejo É um Lago Azul", da Cia. da Arte Andanças</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Arquivo:TEMPO_DA_PAIXAO_2.JPGArquivo:TEMPO DA PAIXAO 2.JPG2013-10-14T23:05:17Z<p>Ana Claudia Peres: Cia. da Arte Andanças</p>
<hr />
<div>Cia. da Arte Andanças</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Arquivo:O_TEMPO_DA_PAIXAO_10.jpgArquivo:O TEMPO DA PAIXAO 10.jpg2013-10-14T22:59:33Z<p>Ana Claudia Peres: Espetáculo da Cia. da Arte Andanças</p>
<hr />
<div>Espetáculo da Cia. da Arte Andanças</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Arquivo:O_TEMPO_DA_PAIXAO_11.jpgArquivo:O TEMPO DA PAIXAO 11.jpg2013-10-14T22:51:46Z<p>Ana Claudia Peres: "O Tempo da Paixão ou O Desejo É um Lago Azul", da Cia. da Arte Andanças</p>
<hr />
<div>"O Tempo da Paixão ou O Desejo É um Lago Azul", da Cia. da Arte Andanças</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Cia._Corpos_N%C3%B4madesCia. Corpos Nômades2013-10-14T22:45:39Z<p>Ana Claudia Peres: </p>
<hr />
<div>Companhia de dança contemporânea da cidade de São Paulo que se propõe a atuar na formação, criação e difusão das artes cênicas contemporâneas. Com 17 espetáculos no repertório, estreou em 2013 a produção “Uma Sinfonia entre a Medula Óssea e o Piscar dos Olhos”, inspirada em Heiner Müller, Gustav Mahler e Luchino Viscontti.<br />
<br />
[[Arquivo:CORPOS_NOMADES_solidao.jpg]]<br />
<br />
<small>Espetáculo "Na infinita solidão dessa hora e desse lugar" (2012)</small><br />
<br />
==Histórico==<br />
<br />
A Cia. Corpos Nômades existe desde 1995, quando era conhecida como Cia. de João Andreazzi, o bailarino, coreógrafo, diretor e criador do grupo. Somente no ano 2000, a companhia foi rebatizada passando a se chamar Corpos Nômades.<br />
<br />
Todos os trabalhos da companhia buscam experimentar as amplas possibilidades de atuação cênica corporal, envolvendo múltiplas linguagens. Além da própria dança contemporânea, os espetáculos lançam mão de referências do teatro, literatura, vídeo-arte, música e instalações performáticas.<br />
<br />
Sobre os trabalhos da Cia. Corpos Nômades e seu diretor, João Andreazzi, assim falou a professora e crítica de dança [Helena Katz]:<br />
<br />
<big>“Nas artes cênicas, os últimos anos têm sido marcados por um trânsito entre os saberes. Um fluxo de apropriações <br />
que gera novos domínios. João Andreazzi cria com este recorte. Seu percurso indica um desejo de amalgamar dança, <br />
teatro, música e artes plásticas. O cenário básico das suas experimentações é o corpo. Um corpo que aspira a completude<br />
do gesto com o movimento, com a fala, com o espaço, com a sonoridade plástica e/ou plasticidade sonora”</big><br />
<br />
[[Arquivo:CORPOS_NOMADES_sinfonia.jpeg]]<br />
<br />
<small> Uma Sinfonia entre a Medula Óssea e o Piscar dos Olhos (2013)</small><br />
<br />
Em 2007, a Companhia inaugurou a sua sede que funciona também como centro cultural, na rua Augusta, 325, em São Paulo. Intitulado de O Lugar – Cia. Corpos Nômades, o espaço funciona como campo de reflexão, formação e criação em dança contemporânea.<br />
<br />
Pensado para abrigar aulas e apresentações das artes cênicas contemporâneas, com amplas salas e muito espaço para experimentos, O Lugar passou a funcionar a um só tempo como espaço alternativo, voltado à prática e ao aprendizado da dança e de outras vertentes das artes visuais e cênicas, como ainda local de ensaio e apresentação das criações da Companhia, possibilitando sua interação com outros grupos e artistas da dança, por meio da realização de mostras.<br />
<br />
Na estreia, O Lugar acolheu o espetáculo da Cia. Corpos Nômades intitulado “Gramática Expositiva do Chão”, inspirado na obra do poeta mato-grossense Manoel de Barros, apresentado às 24h00 desse dia, como parte do evento Virada Cultural da Cidade de São Paulo. Constantemente, são oferecidos workshops, oficinas e cursos regulares de dança contemporânea.<br />
<br />
<br />
==Espetáculos==<br />
<br />
* '''Uma Sinfonia entre a Medula Óssea e o Piscar dos Olhos''' '''(2013)'''<br />
<br />
Montagem é inspirada nos textos do dramaturgo [http://pt.wikipedia.org/wiki/Heiner_M%C3%BCller Heiner Müller] (“Descrição de Imagem”, alguns pensamentos e o poema “Odor de Sabão”), nas sinfonias de [http://pt.wikipedia.org/wiki/Gustav_Mahler Gustav Mahler] (essencialmente os adagietos, “A Canção da Terra” e o “Quarteto de Cordas e Piano”) e na obra do cineasta [http://pt.wikipedia.org/wiki/Luchino_Visconti Luchino Visconti] (o clássico “Morte em Veneza”). O espetáculo estreou em São Paulo em setembro de 2013.<br />
<br />
* '''Na infinita solidão dessa hora e desse lugar''' '''(2012)'''<br />
<br />
o espetáculo se inspira no ambiente da Rua Augusta, em São Paulo, e em seus personagens típicos, para criar movimentos que compõem as coreografias. Para a expressão vocal, a inspiração vem dos textos de Bernard-Marie Koltès e Madalena Bernardes.<br />
<br />
* '''Espectros de Shakespeare – Do Outro Lado do Vento''' '''(2010)'''<br />
<br />
[[ARQUIVO:CORPOS_NOMADES.jpg]]<br />
<br />
“Ofélia”, “Macbeth”, “Lady Macbeth”, “As Três Bruxas”, “Hamlet”, o “Espectro de Hamlet” e muitos outros personagens do bardo inglês [http://pt.wikipedia.org/wiki/William_Shakespeare William Shakespeare] são dissecados e fundidos à coreodramaturgrafia buscando, mais do que o sofrimento trágico apresentado de forma literal, uma substância trágica capaz de unir as cenas transformando-as em referências da existência humana.<br />
<br />
* '''Édipus Rex – A máquina desejante (2009)'''<br />
<br />
[[ARQUIVO:CORPOS_NOMADES_edipos.JPG]]<br />
<br />
Inspirado na famosa trilogia de Sófocles sobre a lenda/mito de Édipo, considerada a tragédia das tragédias ao colocar em foco questões como o parricídio e o incesto; mas também é motor do pensamento e da pesquisa de questões como as das oposições e interações entre o público e o privado, a norma e a transgressão, o destino e a invenção. No espetáculo, entram como elemento ainda as provocações de “O anit-édipo”, de [http://pt.wikipedia.org/wiki/Gilles_Deleuze Gilles Deleuze] e [http://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%A9lix_Guattari Fêlix Guattari], em sua análise desconcertante e complexa sobre o mundo capitalista e esquizofrênico em que vivemos.<br />
<br />
* '''Hotel Lautréamont – Os Bruscos Buracos do Silêncio (2009)''' <br />
<br />
[[ARQUIVO:CORPOS_NOMADES_hotel.jpg]]<br />
<br />
Montagem de fragmentos, detalhes sugestivos, impressões provocadas por passagens do texto de Isidore Ducasse, que adotou o pseudônimo de [http://pt.wikipedia.org/wiki/Conde_de_Lautr%C3%A9amont Conde de Lautréamont], e por sua gama de sugestões visuais e sonoras e, especialmente, corporais.<br />
<br />
* '''O Barulho Indiscreto da Chuva (2008)'''<br />
<br />
O espetáculo se baseia nas lembranças indiscretas dos intérpretes, as que brotaram da história do casarão construído na década de 30 – e hoje sede da Companhia – e de seus arredores, e os relatos das pessoas que acessaram a sala de ensaio virtual criada com esse propósito. Autores como [http://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_Pessoa Fernando Pessoa], Beckett, Berard-Marie Koltès e [http://pt.wikipedia.org/wiki/Oswald_de_Andrade Oswald de Andrade], são tomados como referência para a construção coreográfica e dramatúrgica de “O Barulho Indiscreto da Chuva”.<br />
<br />
* '''Fuga Fora do Tempo (2007)'''<br />
<br />
“Fuga Fora do Tempo” remete à idéia de eternidade, de continuidade das coisas, do vão que se cria entre o passado e o futuro. O espetáculo inspira-se nas idéias críticas do artista plástico francês [http://pt.wikipedia.org/wiki/Marcel_Duchamp Marcel Duchamp]<br />
<br />
* '''Gramática Expositiva do Chão (2007)'''<br />
<br />
Toma como fonte de inspiração o livro homônimo de [http://pt.wikipedia.org/wiki/Manoel_de_Barros Manoel de Barros] e as obras “Livro Sobre Nada” e o “ O Guardador de Águas”<br />
<br />
* '''Algum Lugar Fora do Mundo (2005)'''<br />
<br />
O espetáculo marca os cinco anos de existência da Companhia e faz uma viagem na companhia de referências a personagens como Rimbaud, Artaud, [http://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_Baudelaire Baudelaire], Cocteau, Mallarmé, Domenico de Masi, [http://pt.wikipedia.org/wiki/Umberto_Eco Umberto Eco], Buñuel e Fernando Pessoa, entre outros. O público participa ativamente do desenvolvimento do enredo, instalando-se em barracas que funcionam como relicários. “Algum Lugar Fora do Mundo” propõe uma discussão sobre dois pilares da cultura: a tradição e a comunicação.<br />
<br />
* '''Nocaute (2004)'''<br />
<br />
* '''Hyperbolikós (2004)'''<br />
<br />
Em Hyperbolikós, a obra do poeta curitibano [http://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_Leminski Paulo Leminski] é a referência essencial para a criação cênica, em que os elementos da dança, do teatro, da música (pré-gravada e ao vivo) e de projeções servem para retratar a temática existencial que ele aborda.<br />
<br />
* '''Remix Pôs-Ter (2003)'''<br />
<br />
Um espetáculo que integra dança contemporânea, vídeo arte, grafite, rap e música eletrônica, onde a velocidade dos fatos desencadeia uma mudança na forma de perceber o mundo e de assistir à contemporaneidade.<br />
<br />
* '''Não Fosse Isso Era Menos Não Fosse Tanto era Quase (2003)'''<br />
<br />
* '''Cenas Corpos Nômades (2003)'''<br />
<br />
Envolve bailarinos, DJ, música eletrônica, grafiteiro, rapper, vídeo arte e o público, integrando ao roteiro cenas do repertorio da Cia e o sampleamento de imagens, movimentos e sons.<br />
<br />
* '''Pôs-ter (2002)'''<br />
<br />
* '''Treme-Terra (work-in-progress) (2001)'''<br />
<br />
* '''OOZE/EZOO (2000)'''<br />
<br />
Trabalha com as referências surgidas no trânsito entre realidade e virtualidade, entre o estável e não estável. O texto “Pioravante Marche”, de [http://pt.wikipedia.org/wiki/Samuel_Beckett Samuel Beckett], é uma das inspirações para a coreografia e do rap (ritmo e poesia). Elementos da cultura Hip-Hop (dj, b.boy, rapper e o grafiteiro) são incorporados de forma a contextualizar as situações.<br />
<br />
* '''Aos Olhos de Alguém (solo) (1999)'''<br />
<br />
[[Arquivo:CORPOS_NOMADES_olhos.jpg]]<br />
<br />
"Aos Olhos de Alguém", refere-se ao transitório, ao instável e à sensação de perda, de busca e de apego/desapego. As sensações de perda, de busca e de apego/desapego foram as fontes de inspiração desse trabalho. Com um slide antigo remetendo à infância (foto de família de 1968) reelabora-se a noção de presente, passado e futuro. Esses conceitos se condensam ainda por outras projeções de vídeos, slides e figuras num retroprojetor. O espetáculo ganhou o Prêmio APCA(Associação Paulista de Críticos de Arte) 1999<br />
<br />
==Crítica==<br />
<br />
“Um após outro, os espetáculos da Cia. Corpos Nômades vão deixando cada vez mais clara a construção da sua coreodramaturgrafia. O conceito, proposto por seu diretor, João Andreazzi, pode assustar quando lido pela primeira vez, mas diz exatamente do que trata: reúne coreografia e dramaturgia em uma escrita única”. (Helena Katz. Veja crítica completa em [http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,o-corpo-que-fala-em-tonalidades-dramaticas,374900,0.htm O Estado de São Paulo])<br />
<br />
“O diretor e o grupo (formado por oito dançarinos) buscam uma investigação cênica, culminando no que João chama de coreodramaturgrafia. Dança, dramaturgia, vídeo mesclados na criação de um espetáculo que nega a mera contemplação, buscando a interação com os elementos circundantes como a rua, a casa e o público, que pode participar do desenvolvimento do work in progress, através de um blog. Baseado nas lembranças dos elementos participantes, o espetáculo é uma mistura de vídeo, teatro e dança, estimulando pensamentos indiscretos do público, que acompanha o desenrolar do enredo em de todos os espaços do casarão e sai do local com a sensação de ter visto algo realmente novo”. (Nina Liesenberg, no site da [http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI8848-15223,00-ESPETACULO+EM+SAO+PAULO+MISTURA+VIDEO+TEATRO+E+DANCA.html Época])<br />
<br />
==Prêmios==<br />
<br />
* Prêmio Estímulo da Secretaria do Estado da Cultura (1994)<br />
<br />
* Prêmio APCA 2010 (Associação Paulista de Críticos de Arte) por Modelo de Espaço de Difusão em Dança <br />
<br />
* Bolsa da CAPES – APARTES para estudar na SNDD – Holanda (1996)<br />
<br />
==Eventos==<br />
<br />
* Programa Municipal de Fomento à Dança de São Paulo (2006, 2008, 2009 e 2011)<br />
<br />
* Funarte Klauss Vianna (2007)<br />
<br />
* Dança em Pauta – CCBB/SP (2007)<br />
<br />
* Caixa Cultural (2007)<br />
<br />
* Panorama SESI de Dança (2005)<br />
<br />
* Mostra Internacional SESC de Artes – Mediterrâneo (2005)<br />
<br />
* Prêmio Estímulo à Dança SMCSP (2004)<br />
<br />
* Rumos Itaú cultural Dança (2003)<br />
<br />
* Funarte – EnCena Brasil (2002)<br />
<br />
* Mostra Oficial do festival de teatro de Curitiba (2001)<br />
<br />
* Bienal de Dança do SESC/SP (2000)<br />
<br />
* Nederland Dans Dag (1998)<br />
<br />
* Porto Alegre em Cena (1995)<br />
<br />
* Movimentos de Dança – SESC/SP (1989, 1991 e 1993)<br />
<br />
==Referências==<br />
<br />
[http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,o-corpo-que-fala-em-tonalidades-dramaticas,374900,0.htm O Estado de São Paulo]<br />
<br />
[http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI8848-15223,00-ESPETACULO+EM+SAO+PAULO+MISTURA+VIDEO+TEATRO+E+DANCA.html Site época]<br />
<br />
==Ligações externas==<br />
<br />
Veja [http://www.ciacorposnomades.art.br/wordpress/?page_id=240 vídeos] de espetáculos da Cia. Corpos Nômades<br />
<br />
[http://www.ciacorposnomades.art.br/ Site oficial]</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Cia._Corpos_N%C3%B4madesCia. Corpos Nômades2013-10-14T22:42:24Z<p>Ana Claudia Peres: </p>
<hr />
<div>Companhia de dança contemporânea da cidade de São Paulo que se propõe a atuar na formação, criação e difusão das artes cênicas contemporâneas. Com 17 espetáculos no repertório, estreou em 2013 a produção “Uma Sinfonia entre a Medula Óssea e o Piscar dos Olhos”, inspirada em Heiner Müller, Gustav Mahler e Luchino Viscontti.<br />
<br />
[[Arquivo:CORPOS_NOMADES_solidao.jpg]]<br />
<br />
<small>Espetáculo "Na infinita solidão dessa hora e desse lugar" (2012)</small><br />
<br />
==Histórico==<br />
<br />
A Cia. Corpos Nômades existe desde 1995, quando era conhecida como Cia. de João Andreazzi, o bailarino, coreógrafo, diretor e criador do grupo. Somente no ano 2000, a companhia foi rebatizada passando a se chamar Corpos Nômades.<br />
<br />
Todos os trabalhos da companhia buscam experimentar as amplas possibilidades de atuação cênica corporal, envolvendo múltiplas linguagens. Além da própria dança contemporânea, os espetáculos lançam mão de referências do teatro, literatura, vídeo-arte, música e instalações performáticas.<br />
<br />
Sobre os trabalhos da Cia. Corpos Nômades e seu diretor, João Andreazzi, assim falou a professora e crítica de dança [Helena Katz]:<br />
<br />
<big>“Nas artes cênicas, os últimos anos têm sido marcados por um trânsito entre os saberes. Um fluxo de apropriações <br />
que gera novos domínios. João Andreazzi cria com este recorte. Seu percurso indica um desejo de amalgamar dança, <br />
teatro, música e artes plásticas. O cenário básico das suas experimentações é o corpo. Um corpo que aspira a completude<br />
do gesto com o movimento, com a fala, com o espaço, com a sonoridade plástica e/ou plasticidade sonora”</big><br />
<br />
[[Arquivo:CORPOS_NOMADES_sinfonia.jpeg]]<br />
<br />
<small> Uma Sinfonia entre a Medula Óssea e o Piscar dos Olhos (2013)</small><br />
<br />
Em 2007, a Companhia inaugurou a sua sede que funciona também como centro cultural, na rua Augusta, 325, em São Paulo. Intitulado de O Lugar – Cia. Corpos Nômades, o espaço funciona como campo de reflexão, formação e criação em dança contemporânea.<br />
<br />
Pensado para abrigar aulas e apresentações das artes cênicas contemporâneas, com amplas salas e muito espaço para experimentos, O Lugar passou a funcionar a um só tempo como espaço alternativo, voltado à prática e ao aprendizado da dança e de outras vertentes das artes visuais e cênicas, como ainda local de ensaio e apresentação das criações da Companhia, possibilitando sua interação com outros grupos e artistas da dança, por meio da realização de mostras.<br />
<br />
Na estreia, O Lugar acolheu o espetáculo da Cia. Corpos Nômades intitulado “Gramática Expositiva do Chão”, inspirado na obra do poeta mato-grossense Manoel de Barros, apresentado às 24h00 desse dia, como parte do evento Virada Cultural da Cidade de São Paulo. Constantemente, são oferecidos workshops, oficinas e cursos regulares de dança contemporânea.<br />
<br />
<br />
==Espetáculos==<br />
<br />
* '''Uma Sinfonia entre a Medula Óssea e o Piscar dos Olhos''' '''(2013)'''<br />
<br />
Montagem é inspirada nos textos do dramaturgo [http://pt.wikipedia.org/wiki/Heiner_M%C3%BCller Heiner Müller] (“Descrição de Imagem”, alguns pensamentos e o poema “Odor de Sabão”), nas sinfonias de [http://pt.wikipedia.org/wiki/Gustav_Mahler Gustav Mahler] (essencialmente os adagietos, “A Canção da Terra” e o “Quarteto de Cordas e Piano”) e na obra do cineasta [http://pt.wikipedia.org/wiki/Luchino_Visconti Luchino Visconti] (o clássico “Morte em Veneza”). O espetáculo estreou em São Paulo em setembro de 2013.<br />
<br />
* '''Na infinita solidão dessa hora e desse lugar''' '''(2012)'''<br />
<br />
o espetáculo se inspira no ambiente da Rua Augusta, em São Paulo, e em seus personagens típicos, para criar movimentos que compõem as coreografias. Para a expressão vocal, a inspiração vem dos textos de Bernard-Marie Koltès e Madalena Bernardes.<br />
<br />
* '''Espectros de Shakespeare – Do Outro Lado do Vento''' '''(2010)'''<br />
<br />
[[ARQUIVO:CORPOS_NOMADES.jpg]]<br />
<br />
“Ofélia”, “Macbeth”, “Lady Macbeth”, “As Três Bruxas”, “Hamlet”, o “Espectro de Hamlet” e muitos outros personagens do bardo inglês [http://pt.wikipedia.org/wiki/William_Shakespeare William Shakespeare] são dissecados e fundidos à coreodramaturgrafia buscando, mais do que o sofrimento trágico apresentado de forma literal, uma substância trágica capaz de unir as cenas transformando-as em referências da existência humana.<br />
<br />
* '''Édipus Rex – A máquina desejante (2009)'''<br />
<br />
[[ARQUIVO:CORPOS_NOMADES_edipos.JPG]]<br />
<br />
Inspirado na famosa trilogia de Sófocles sobre a lenda/mito de Édipo, considerada a tragédia das tragédias ao colocar em foco questões como o parricídio e o incesto; mas também é motor do pensamento e da pesquisa de questões como as das oposições e interações entre o público e o privado, a norma e a transgressão, o destino e a invenção. No espetáculo, entram como elemento ainda as provocações de “O anit-édipo”, de [http://pt.wikipedia.org/wiki/Gilles_Deleuze Gilles Deleuze] e [http://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%A9lix_Guattari Fêlix Guattari], em sua análise desconcertante e complexa sobre o mundo capitalista e esquizofrênico em que vivemos.<br />
<br />
* '''Hotel Lautréamont – Os Bruscos Buracos do Silêncio (2009)''' <br />
<br />
[[ARQUIVO:CORPOS_NOMADES_hotel.jpg]]<br />
<br />
Montagem de fragmentos, detalhes sugestivos, impressões provocadas por passagens do texto de Isidore Ducasse, que adotou o pseudônimo de [http://pt.wikipedia.org/wiki/Conde_de_Lautr%C3%A9amont Conde de Lautréamont], e por sua gama de sugestões visuais e sonoras e, especialmente, corporais.<br />
<br />
* '''O Barulho Indiscreto da Chuva (2008)'''<br />
<br />
O espetáculo se baseia nas lembranças indiscretas dos intérpretes, as que brotaram da história do casarão construído na década de 30 – e hoje sede da Companhia – e de seus arredores, e os relatos das pessoas que acessaram a sala de ensaio virtual criada com esse propósito. Autores como [http://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_Pessoa Fernando Pessoa], Beckett, Berard-Marie Koltès e [http://pt.wikipedia.org/wiki/Oswald_de_Andrade Oswald de Andrade], são tomados como referência para a construção coreográfica e dramatúrgica de “O Barulho Indiscreto da Chuva”.<br />
<br />
* '''Fuga Fora do Tempo (2007)'''<br />
<br />
“Fuga Fora do Tempo” remete à idéia de eternidade, de continuidade das coisas, do vão que se cria entre o passado e o futuro. O espetáculo inspira-se nas idéias críticas do artista plástico francês [http://pt.wikipedia.org/wiki/Marcel_Duchamp Marcel Duchamp]<br />
<br />
* '''Gramática Expositiva do Chão (2007)'''<br />
<br />
Toma como fonte de inspiração o livro homônimo de [http://pt.wikipedia.org/wiki/Manoel_de_Barros Manoel de Barros] e as obras “Livro Sobre Nada” e o “ O Guardador de Águas”<br />
<br />
* '''Algum Lugar Fora do Mundo (2005)'''<br />
<br />
O espetáculo marca os cinco anos de existência da Companhia e faz uma viagem na companhia de referências a personagens como Rimbaud, Artaud, [http://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_Baudelaire Baudelaire], Cocteau, Mallarmé, Domenico de Masi, [http://pt.wikipedia.org/wiki/Umberto_Eco Umberto Eco], Buñuel e Fernando Pessoa, entre outros. O público participa ativamente do desenvolvimento do enredo, instalando-se em barracas que funcionam como relicários. “Algum Lugar Fora do Mundo” propõe uma discussão sobre dois pilares da cultura: a tradição e a comunicação.<br />
<br />
* '''Nocaute (2004)'''<br />
<br />
* '''Hyperbolikós (2004)'''<br />
<br />
Em Hyperbolikós, a obra do poeta curitibano [http://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_Leminski Paulo Leminski] é a referência essencial para a criação cênica, em que os elementos da dança, do teatro, da música (pré-gravada e ao vivo) e de projeções servem para retratar a temática existencial que ele aborda.<br />
<br />
* '''Remix Pôs-Ter (2003)'''<br />
<br />
Um espetáculo que integra dança contemporânea, vídeo arte, grafite, rap e música eletrônica, onde a velocidade dos fatos desencadeia uma mudança na forma de perceber o mundo e de assistir à contemporaneidade.<br />
<br />
* '''Não Fosse Isso Era Menos Não Fosse Tanto era Quase (2003)'''<br />
<br />
* '''Cenas Corpos Nômades (2003)'''<br />
<br />
Envolve bailarinos, DJ, música eletrônica, grafiteiro, rapper, vídeo arte e o público, integrando ao roteiro cenas do repertorio da Cia e o sampleamento de imagens, movimentos e sons.<br />
<br />
* '''Pôs-ter (2002)'''<br />
<br />
* '''Treme-Terra (work-in-progress) (2001)'''<br />
<br />
* '''OOZE/EZOO (2000)'''<br />
<br />
Trabalha com as referências surgidas no trânsito entre realidade e virtualidade, entre o estável e não estável. O texto “Pioravante Marche”, de [[http://pt.wikipedia.org/wiki/Samuel_Beckett Samuel Beckett]], é uma das inspirações para a coreografia e do rap (ritmo e poesia). Elementos da cultura Hip-Hop (dj, b.boy, rapper e o grafiteiro) são incorporados de forma a contextualizar as situações.<br />
<br />
* '''Aos Olhos de Alguém (solo) (1999)'''<br />
<br />
[[Arquivo:CORPOS_NOMADES_olhos.jpg]]<br />
<br />
Aos Olhos de Alguém, refere-se ao transitório, ao instável e à sensação de perda, de busca e de apego/desapego. As sensações de perda, de busca e de apego/desapego foram as fontes de inspiração desse trabalho. Com um slide antigo remetendo à infância (foto de família de 1968) reelabora-se a noção de presente, passado e futuro. Esses conceitos se condensam ainda por outras projeções de vídeos, slides e figuras num retroprojetor. O espetáculo ganhou o Prêmio APCA(Associação Paulista de Críticos de Arte) 1999<br />
<br />
==Crítica==<br />
<br />
“Um após outro, os espetáculos da Cia. Corpos Nômades vão deixando cada vez mais clara a construção da sua coreodramaturgrafia. O conceito, proposto por seu diretor, João Andreazzi, pode assustar quando lido pela primeira vez, mas diz exatamente do que trata: reúne coreografia e dramaturgia em uma escrita única”. (Helena Katz. Veja crítica completa em [http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,o-corpo-que-fala-em-tonalidades-dramaticas,374900,0.htm O Estado de São Paulo])<br />
<br />
“O diretor e o grupo (formado por oito dançarinos) buscam uma investigação cênica, culminando no que João chama de coreodramaturgrafia. Dança, dramaturgia, vídeo mesclados na criação de um espetáculo que nega a mera contemplação, buscando a interação com os elementos circundantes como a rua, a casa e o público, que pode participar do desenvolvimento do work in progress, através de um blog. Baseado nas lembranças dos elementos participantes, o espetáculo é uma mistura de vídeo, teatro e dança, estimulando pensamentos indiscretos do público, que acompanha o desenrolar do enredo em de todos os espaços do casarão e sai do local com a sensação de ter visto algo realmente novo”. (Nina Liesenberg, no site da [http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI8848-15223,00-ESPETACULO+EM+SAO+PAULO+MISTURA+VIDEO+TEATRO+E+DANCA.html Época])<br />
<br />
==Prêmios==<br />
<br />
* Prêmio Estímulo da Secretaria do Estado da Cultura (1994)<br />
<br />
* Prêmio APCA 2010 (Associação Paulista de Críticos de Arte) por Modelo de Espaço de Difusão em Dança <br />
<br />
* Bolsa da CAPES – APARTES para estudar na SNDD – Holanda (1996)<br />
<br />
==Eventos==<br />
<br />
* Programa Municipal de Fomento à Dança de São Paulo (2006, 2008, 2009 e 2011)<br />
<br />
* Funarte Klauss Vianna (2007)<br />
<br />
* Dança em Pauta – CCBB/SP (2007)<br />
<br />
* Caixa Cultural (2007)<br />
<br />
* Panorama SESI de Dança (2005)<br />
<br />
* Mostra Internacional SESC de Artes – Mediterrâneo (2005)<br />
<br />
* Prêmio Estímulo à Dança SMCSP (2004)<br />
<br />
* Rumos Itaú cultural Dança (2003)<br />
<br />
* Funarte – EnCena Brasil (2002)<br />
<br />
* Mostra Oficial do festival de teatro de Curitiba (2001)<br />
<br />
* Bienal de Dança do SESC/SP (2000)<br />
<br />
* Nederland Dans Dag (1998)<br />
<br />
* Porto Alegre em Cena (1995)<br />
<br />
* Movimentos de Dança – SESC/SP (1989, 1991 e 1993)<br />
<br />
==Referências==<br />
<br />
[http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,o-corpo-que-fala-em-tonalidades-dramaticas,374900,0.htm O Estado de São Paulo]<br />
<br />
[http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI8848-15223,00-ESPETACULO+EM+SAO+PAULO+MISTURA+VIDEO+TEATRO+E+DANCA.html Site época]<br />
<br />
==Ligações externas==<br />
<br />
Veja [http://www.ciacorposnomades.art.br/wordpress/?page_id=240 vídeos] de espetáculos da Cia. Corpos Nômades<br />
<br />
[http://www.ciacorposnomades.art.br/ Site oficial]</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Cia._Corpos_N%C3%B4madesCia. Corpos Nômades2013-10-14T22:11:45Z<p>Ana Claudia Peres: </p>
<hr />
<div>Companhia de dança contemporânea da cidade de São Paulo que se propõe a atuar na formação, criação e difusão das artes cênicas contemporâneas. Com 17 espetáculos no repertório, estreou em 2013 a produção “Uma Sinfonia entre a Medula Óssea e o Piscar dos Olhos”, inspirada em Heiner Müller, Gustav Mahler e Luchino Viscontti.<br />
<br />
[[Arquivo:CORPOS_NOMADES_solidao.jpg]]<br />
<br />
<small>Espetáculo "Na infinita solidão dessa hora e desse lugar" (2012)</small><br />
<br />
==Histórico==<br />
<br />
A Cia. Corpos Nômades existe desde 1995, quando era conhecida como Cia. de João Andreazzi, o bailarino, coreógrafo, diretor e criador do grupo. Somente no ano 2000, a companhia foi rebatizada passando a se chamar Corpos Nômades.<br />
<br />
Todos os trabalhos da companhia buscam experimentar as amplas possibilidades de atuação cênica corporal, envolvendo múltiplas linguagens. Além da própria dança contemporânea, os espetáculos lançam mão de referências do teatro, literatura, vídeo-arte, música e instalações performáticas.<br />
<br />
Sobre os trabalhos da Cia. Corpos Nômades e seu diretor, João Andreazzi, assim falou a professora e crítica de dança [Helena Katz]:<br />
<br />
<big>“Nas artes cênicas, os últimos anos têm sido marcados por um trânsito entre os saberes. Um fluxo de apropriações <br />
que gera novos domínios. João Andreazzi cria com este recorte. Seu percurso indica um desejo de amalgamar dança, <br />
teatro, música e artes plásticas. O cenário básico das suas experimentações é o corpo. Um corpo que aspira a completude<br />
do gesto com o movimento, com a fala, com o espaço, com a sonoridade plástica e/ou plasticidade sonora”</big><br />
<br />
[[Arquivo:CORPOS_NOMADES_sinfonia.jpeg]]<br />
<br />
<small> Uma Sinfonia entre a Medula Óssea e o Piscar dos Olhos (2013)</small><br />
<br />
Em 2007, a Companhia inaugurou a sua sede que funciona também como centro cultural, na rua Augusta, 325, em São Paulo. Intitulado de O Lugar – Cia. Corpos Nômades, o espaço funciona como campo de reflexão, formação e criação em dança contemporânea.<br />
<br />
Pensado para abrigar aulas e apresentações das artes cênicas contemporâneas, com amplas salas e muito espaço para experimentos, O Lugar passou a funcionar a um só tempo como espaço alternativo, voltado à prática e ao aprendizado da dança e de outras vertentes das artes visuais e cênicas, como ainda local de ensaio e apresentação das criações da Companhia, possibilitando sua interação com outros grupos e artistas da dança, por meio da realização de mostras.<br />
<br />
Na estreia, O Lugar acolheu o espetáculo da Cia. Corpos Nômades intitulado “Gramática Expositiva do Chão”, inspirado na obra do poeta mato-grossense Manoel de Barros, apresentado às 24h00 desse dia, como parte do evento Virada Cultural da Cidade de São Paulo. Constantemente, são oferecidos workshops, oficinas e cursos regulares de dança contemporânea.<br />
<br />
<br />
==Espetáculos==<br />
<br />
* '''Uma Sinfonia entre a Medula Óssea e o Piscar dos Olhos''' '''(2013)'''<br />
<br />
Montagem é inspirada nos textos do dramaturgo [http://pt.wikipedia.org/wiki/Heiner_M%C3%BCller Heiner Müller] (“Descrição de Imagem”, alguns pensamentos e o poema “Odor de Sabão”), nas sinfonias de [http://pt.wikipedia.org/wiki/Gustav_Mahler Gustav Mahler] (essencialmente os adagietos, “A Canção da Terra” e o “Quarteto de Cordas e Piano”) e na obra do cineasta [http://pt.wikipedia.org/wiki/Luchino_Visconti Luchino Visconti] (o clássico “Morte em Veneza”). O espetáculo estreou em São Paulo em setembro de 2013.<br />
<br />
* '''Na infinita solidão dessa hora e desse lugar''' '''(2012)'''<br />
<br />
o espetáculo se inspira no ambiente da Rua Augusta, em São Paulo, e em seus personagens típicos, para criar movimentos que compõem as coreografias. Para a expressão vocal, a inspiração vem dos textos de Bernard-Marie Koltès e Madalena Bernardes.<br />
<br />
* '''Espectros de Shakespeare – Do Outro Lado do Vento''' '''(2010)'''<br />
<br />
[[ARQUIVO:CORPOS_NOMADES.jpg]]<br />
<br />
“Ofélia”, “Macbeth”, “Lady Macbeth”, “As Três Bruxas”, “Hamlet”, o “Espectro de Hamlet” e muitos outros personagens do bardo inglês [http://pt.wikipedia.org/wiki/William_Shakespeare William Shakespeare] são dissecados e fundidos à coreodramaturgrafia buscando, mais do que o sofrimento trágico apresentado de forma literal, uma substância trágica capaz de unir as cenas transformando-as em referências da existência humana.<br />
<br />
* '''Édipus Rex – A máquina desejante (2009)'''<br />
<br />
[[ARQUIVO:CORPOS_NOMADES_edipos.JPG]]<br />
<br />
Inspirado na famosa trilogia de Sófocles sobre a lenda/mito de Édipo, considerada a tragédia das tragédias ao colocar em foco questões como o parricídio e o incesto; mas também é motor do pensamento e da pesquisa de questões como as das oposições e interações entre o público e o privado, a norma e a transgressão, o destino e a invenção. No espetáculo, entram como elemento ainda as provocações de “O anit-édipo”, de Gilles Deleuze e Fêlix Guattari, em sua análise desconcertante e complexa sobre o mundo capitalista e esquizofrênico em que vivemos.<br />
<br />
* '''Hotel Lautréamont – Os Bruscos Buracos do Silêncio (2009)''' <br />
<br />
[[ARQUIVO:CORPOS_NOMADES_hotel.jpg]]<br />
<br />
Montagem de fragmentos, detalhes sugestivos, impressões provocadas por passagens do texto de Isidore Ducasse, que adotou o pseudônimo de [http://pt.wikipedia.org/wiki/Conde_de_Lautr%C3%A9amont Conde de Lautréamont], e por sua gama de sugestões visuais e sonoras e, especialmente, corporais.<br />
<br />
* '''O Barulho Indiscreto da Chuva (2008)'''<br />
<br />
O espetáculo se baseia nas lembranças indiscretas dos intérpretes, as que brotaram da história do casarão construído na década de 30 – e hoje sede da Companhia – e de seus arredores, e os relatos das pessoas que acessaram a sala de ensaio virtual criada com esse propósito. Autores como [http://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_Pessoa Fernando Pessoa], Beckett, Berard-Marie Koltès e [http://pt.wikipedia.org/wiki/Oswald_de_Andrade Oswald de Andrade], são tomados como referência para a construção coreográfica e dramatúrgica de “O Barulho Indiscreto da Chuva”.<br />
<br />
* '''Fuga Fora do Tempo (2007)'''<br />
<br />
“Fuga Fora do Tempo” remete à idéia de eternidade, de continuidade das coisas, do vão que se cria entre o passado e o futuro. O espetáculo inspira-se nas idéias críticas do artista plástico francês [[http://pt.wikipedia.org/wiki/Marcel_Duchamp Marcel Duchamp]]<br />
<br />
* '''Gramática Expositiva do Chão (2007)'''<br />
<br />
Toma como fonte de inspiração o livro homônimo de [[http://pt.wikipedia.org/wiki/Manoel_de_Barros Manoel de Barros]] e as obras “Livro Sobre Nada” e o “ O Guardador de Águas”<br />
<br />
* '''Algum Lugar Fora do Mundo (2005)'''<br />
<br />
O espetáculo marca os cinco anos de existência da Companhia e faz uma viagem na companhia de referências a personagens como Rimbaud, Artaud, [[http://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_Baudelaire Baudelaire]], Cocteau, Mallarmé, Domenico de Masi, [[http://pt.wikipedia.org/wiki/Umberto_Eco Umberto Eco]], Buñuel e Fernando Pessoa, entre outros. O público participa ativamente do desenvolvimento do enredo, instalando-se em barracas que funcionam como relicários. “Algum Lugar Fora do Mundo” propõe uma discussão sobre dois pilares da cultura: a tradição e a comunicação.<br />
<br />
* '''Nocaute (2004)'''<br />
<br />
* '''Hyperbolikós (2004)'''<br />
<br />
Em Hyperbolikós, a obra do poeta curitibano [[http://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_Leminski Paulo Leminski]] é a referência essencial para a criação cênica, em que os elementos da dança, do teatro, da música (pré-gravada e ao vivo) e de projeções servem para retratar a temática existencial que ele aborda.<br />
<br />
* '''Remix Pôs-Ter (2003)'''<br />
<br />
Um espetáculo que integra dança contemporânea, vídeo arte, grafite, rap e música eletrônica, onde a velocidade dos fatos desencadeia uma mudança na forma de perceber o mundo e de assistir à contemporaneidade.<br />
<br />
* '''Não Fosse Isso Era Menos Não Fosse Tanto era Quase (2003)'''<br />
<br />
* '''Cenas Corpos Nômades (2003)'''<br />
<br />
Envolve bailarinos, DJ, música eletrônica, grafiteiro, rapper, vídeo arte e o público, integrando ao roteiro cenas do repertorio da Cia e o sampleamento de imagens, movimentos e sons.<br />
<br />
* '''Pôs-ter (2002)'''<br />
<br />
* '''Treme-Terra (work-in-progress) (2001)'''<br />
<br />
* '''OOZE/EZOO (2000)'''<br />
<br />
Trabalha com as referências surgidas no trânsito entre realidade e virtualidade, entre o estável e não estável. O texto “Pioravante Marche”, de [[http://pt.wikipedia.org/wiki/Samuel_Beckett Samuel Beckett]], é uma das inspirações para a coreografia e do rap (ritmo e poesia). Elementos da cultura Hip-Hop (dj, b.boy, rapper e o grafiteiro) são incorporados de forma a contextualizar as situações.<br />
<br />
* '''Aos Olhos de Alguém (solo) (1999)'''<br />
<br />
[[Arquivo:CORPOS_NOMADES_olhos.jpg]]<br />
<br />
Aos Olhos de Alguém, refere-se ao transitório, ao instável e à sensação de perda, de busca e de apego/desapego. As sensações de perda, de busca e de apego/desapego foram as fontes de inspiração desse trabalho. Com um slide antigo remetendo à infância (foto de família de 1968) reelabora-se a noção de presente, passado e futuro. Esses conceitos se condensam ainda por outras projeções de vídeos, slides e figuras num retroprojetor. O espetáculo ganhou o Prêmio APCA(Associação Paulista de Críticos de Arte) 1999<br />
<br />
==Crítica==<br />
<br />
“Um após outro, os espetáculos da Cia. Corpos Nômades vão deixando cada vez mais clara a construção da sua coreodramaturgrafia. O conceito, proposto por seu diretor, João Andreazzi, pode assustar quando lido pela primeira vez, mas diz exatamente do que trata: reúne coreografia e dramaturgia em uma escrita única”. (Helena Katz. Veja crítica completa em [http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,o-corpo-que-fala-em-tonalidades-dramaticas,374900,0.htm O Estado de São Paulo])<br />
<br />
“O diretor e o grupo (formado por oito dançarinos) buscam uma investigação cênica, culminando no que João chama de coreodramaturgrafia. Dança, dramaturgia, vídeo mesclados na criação de um espetáculo que nega a mera contemplação, buscando a interação com os elementos circundantes como a rua, a casa e o público, que pode participar do desenvolvimento do work in progress, através de um blog. Baseado nas lembranças dos elementos participantes, o espetáculo é uma mistura de vídeo, teatro e dança, estimulando pensamentos indiscretos do público, que acompanha o desenrolar do enredo em de todos os espaços do casarão e sai do local com a sensação de ter visto algo realmente novo”. (Nina Liesenberg, no site da [http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI8848-15223,00-ESPETACULO+EM+SAO+PAULO+MISTURA+VIDEO+TEATRO+E+DANCA.html Época])<br />
<br />
==Prêmios==<br />
<br />
* Prêmio Estímulo da Secretaria do Estado da Cultura (1994)<br />
<br />
* Prêmio APCA 2010 (Associação Paulista de Críticos de Arte) por Modelo de Espaço de Difusão em Dança <br />
<br />
* Bolsa da CAPES – APARTES para estudar na SNDD – Holanda (1996)<br />
<br />
==Eventos==<br />
<br />
* Programa Municipal de Fomento à Dança de São Paulo (2006, 2008, 2009 e 2011)<br />
<br />
* Funarte Klauss Vianna (2007)<br />
<br />
* Dança em Pauta – CCBB/SP (2007)<br />
<br />
* Caixa Cultural (2007)<br />
<br />
* Panorama SESI de Dança (2005)<br />
<br />
* Mostra Internacional SESC de Artes – Mediterrâneo (2005)<br />
<br />
* Prêmio Estímulo à Dança SMCSP (2004)<br />
<br />
* Rumos Itaú cultural Dança (2003)<br />
<br />
* Funarte – EnCena Brasil (2002)<br />
<br />
* Mostra Oficial do festival de teatro de Curitiba (2001)<br />
<br />
* Bienal de Dança do SESC/SP (2000)<br />
<br />
* Nederland Dans Dag (1998)<br />
<br />
* Porto Alegre em Cena (1995)<br />
<br />
* Movimentos de Dança – SESC/SP (1989, 1991 e 1993)<br />
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==Referências==<br />
<br />
[http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,o-corpo-que-fala-em-tonalidades-dramaticas,374900,0.htm O Estado de São Paulo]<br />
<br />
[http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI8848-15223,00-ESPETACULO+EM+SAO+PAULO+MISTURA+VIDEO+TEATRO+E+DANCA.html Site época]<br />
<br />
==Ligações externas==<br />
<br />
Veja [http://www.ciacorposnomades.art.br/wordpress/?page_id=240 vídeos] de espetáculos da Cia. Corpos Nômades<br />
<br />
[http://www.ciacorposnomades.art.br/ Site oficial]</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Cia._Corpos_N%C3%B4madesCia. Corpos Nômades2013-10-14T22:00:05Z<p>Ana Claudia Peres: </p>
<hr />
<div>Companhia de dança contemporânea da cidade de São Paulo que se propõe a atuar na formação, criação e difusão das artes cênicas contemporâneas. Com 17 espetáculos no repertório, estreou em 2013 a produção “Uma Sinfonia entre a Medula Óssea e o Piscar dos Olhos”, inspirada em Heiner Müller, Gustav Mahler e Luchino Viscontti.<br />
<br />
[[Arquivo:CORPOS_NOMADES_solidao.jpg]]<br />
<br />
<small>Espetáculo "Na infinita solidão dessa hora e desse lugar" (2012)</small><br />
<br />
==Histórico==<br />
<br />
A Cia. Corpos Nômades existe desde 1995, quando era conhecida como Cia. de João Andreazzi, o bailarino, coreógrafo, diretor e criador do grupo. Somente no ano 2000, a companhia foi rebatizada passando a se chamar Corpos Nômades.<br />
<br />
Todos os trabalhos da companhia buscam experimentar as amplas possibilidades de atuação cênica corporal, envolvendo múltiplas linguagens. Além da própria dança contemporânea, os espetáculos lançam mão de referências do teatro, literatura, vídeo-arte, música e instalações performáticas.<br />
<br />
Sobre os trabalhos da Cia. Corpos Nômades e seu diretor, João Andreazzi, assim falou a professora e crítica de dança [Helena Katz]:<br />
<br />
<big>“Nas artes cênicas, os últimos anos têm sido marcados por um trânsito entre os saberes. Um fluxo de apropriações <br />
que gera novos domínios. João Andreazzi cria com este recorte. Seu percurso indica um desejo de amalgamar dança, <br />
teatro, música e artes plásticas. O cenário básico das suas experimentações é o corpo. Um corpo que aspira a completude<br />
do gesto com o movimento, com a fala, com o espaço, com a sonoridade plástica e/ou plasticidade sonora”</big><br />
<br />
[[Arquivo:CORPOS_NOMADES_sinfonia.jpeg]]<br />
<br />
<small> Uma Sinfonia entre a Medula Óssea e o Piscar dos Olhos (2013)</small><br />
<br />
Em 2007, a Companhia inaugurou a sua sede que funciona também como centro cultural, na rua Augusta, 325, em São Paulo. Intitulado de O Lugar – Cia. Corpos Nômades, o espaço funciona como campo de reflexão, formação e criação em dança contemporânea.<br />
<br />
Pensado para abrigar aulas e apresentações das artes cênicas contemporâneas, com amplas salas e muito espaço para experimentos, O Lugar passou a funcionar a um só tempo como espaço alternativo, voltado à prática e ao aprendizado da dança e de outras vertentes das artes visuais e cênicas, como ainda local de ensaio e apresentação das criações da Companhia, possibilitando sua interação com outros grupos e artistas da dança, por meio da realização de mostras.<br />
<br />
Na estreia, O Lugar acolheu o espetáculo da Cia. Corpos Nômades intitulado “Gramática Expositiva do Chão”, inspirado na obra do poeta mato-grossense Manoel de Barros, apresentado às 24h00 desse dia, como parte do evento Virada Cultural da Cidade de São Paulo. Constantemente, são oferecidos workshops, oficinas e cursos regulares de dança contemporânea.<br />
<br />
<br />
==Espetáculos==<br />
<br />
* '''Uma Sinfonia entre a Medula Óssea e o Piscar dos Olhos''' '''(2013)'''<br />
<br />
Montagem é inspirada nos textos do dramaturgo [[http://pt.wikipedia.org/wiki/Heiner_M%C3%BCller Heiner Müller]] (“Descrição de Imagem”, alguns pensamentos e o poema “Odor de Sabão”), nas sinfonias de [[http://pt.wikipedia.org/wiki/Gustav_Mahler Gustav Mahler]] (essencialmente os adagietos, “A Canção da Terra” e o “Quarteto de Cordas e Piano”) e na obra do cineasta [[ http://pt.wikipedia.org/wiki/Luchino_Visconti Luchino Visconti]] (o clássico “Morte em Veneza”). O espetáculo estreou em São Paulo em setemebro de 2013.<br />
<br />
* '''Na infinita solidão dessa hora e desse lugar''' '''(2012)'''<br />
<br />
o espetáculo se inspira no ambiente da Rua Augusta, em São Paulo, e em seus personagens típicos, para criar movimentos que compõem as coreografias. Para a expressão vocal, a inspiração vem dos textos de Bernard-Marie Koltès e Madalena Bernardes.<br />
<br />
* '''Espectros de Shakespeare – Do Outro Lado do Vento''' '''(2010)'''<br />
<br />
[[ARQUIVO:CORPOS_NOMADES.jpg]]<br />
<br />
“Ofélia”, “Macbeth”, “Lady Macbeth”, “As Três Bruxas”, “Hamlet”, o “Espectro de Hamlet” e muitos outros personagens do bardo inglês [[http://pt.wikipedia.org/wiki/William_Shakespeare William Shakespeare]] são dissecados e fundidos à coreodramaturgrafia buscando, mais do que o sofrimento trágico apresentado de forma literal, uma substância trágica capaz de unir as cenas transformando-as em referências da existência humana.<br />
<br />
* '''Édipus Rex – A máquina desejante (2009)'''<br />
<br />
[[ARQUIVO:CORPOS_NOMADES_edipos.JPG]]<br />
<br />
Inspirado na famosa trilogia de Sófocles sobre a lenda/mito de Édipo, considerada a tragédia das tragédias ao colocar em foco questões como o parricídio e o incesto; mas também é motor do pensamento e da pesquisa de questões como as das oposições e interações entre o público e o privado, a norma e a transgressão, o destino e a invenção. No espetáculo, entram como elemento ainda as provocações de “O anit-édipo”, de Gilles Deleuze e Fêlix Guattari, em sua análise desconcertante e complexa sobre o mundo capitalista e esquizofrênico em que vivemos.<br />
<br />
* '''Hotel Lautréamont – Os Bruscos Buracos do Silêncio (2009)''' <br />
<br />
[[ARQUIVO:CORPOS_NOMADES.hotel.jpg]]<br />
<br />
Montagem de fragmentos, detalhes sugestivos, impressões provocadas por passagens do texto de Isidore Ducasse, que adotou o pseudônimo de [[http://pt.wikipedia.org/wiki/Conde_de_Lautr%C3%A9amont Conde de Lautréamont]], e por sua gama de sugestões visuais e sonoras e, especialmente, corporais.<br />
<br />
* '''O Barulho Indiscreto da Chuva (2008)'''<br />
<br />
O espetáculo se baseia nas lembranças indiscretas dos intérpretes, as que brotaram da história do casarão construído na década de 30 – e hoje sede da Companhia – e de seus arredores, e os relatos das pessoas que acessaram a sala de ensaio virtual criada com esse propósito. Autores como [[http://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_Pessoa Fernando Pessoa]], Beckett, Berard-Marie Koltès e [[http://pt.wikipedia.org/wiki/Oswald_de_Andrade Oswald de Andrade]], são tomados como referência para a construção coreográfica e dramatúrgica de “O Barulho Indiscreto da Chuva”.<br />
<br />
* '''Fuga Fora do Tempo (2007)'''<br />
<br />
“Fuga Fora do Tempo” remete à idéia de eternidade, de continuidade das coisas, do vão que se cria entre o passado e o futuro. O espetáculo inspira-se nas idéias críticas do artista plástico francês [[http://pt.wikipedia.org/wiki/Marcel_Duchamp Marcel Duchamp]]<br />
<br />
* '''Gramática Expositiva do Chão (2007)'''<br />
<br />
Toma como fonte de inspiração o livro homônimo de [[http://pt.wikipedia.org/wiki/Manoel_de_Barros Manoel de Barros]] e as obras “Livro Sobre Nada” e o “ O Guardador de Águas”<br />
<br />
* '''Algum Lugar Fora do Mundo (2005)'''<br />
<br />
O espetáculo marca os cinco anos de existência da Companhia e faz uma viagem na companhia de referências a personagens como Rimbaud, Artaud, [[http://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_Baudelaire Baudelaire]], Cocteau, Mallarmé, Domenico de Masi, [[http://pt.wikipedia.org/wiki/Umberto_Eco Umberto Eco]], Buñuel e Fernando Pessoa, entre outros. O público participa ativamente do desenvolvimento do enredo, instalando-se em barracas que funcionam como relicários. “Algum Lugar Fora do Mundo” propõe uma discussão sobre dois pilares da cultura: a tradição e a comunicação.<br />
<br />
* '''Nocaute (2004)'''<br />
<br />
* '''Hyperbolikós (2004)'''<br />
<br />
Em Hyperbolikós, a obra do poeta curitibano [[http://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_Leminski Paulo Leminski]] é a referência essencial para a criação cênica, em que os elementos da dança, do teatro, da música (pré-gravada e ao vivo) e de projeções servem para retratar a temática existencial que ele aborda.<br />
<br />
* '''Remix Pôs-Ter (2003)'''<br />
<br />
Um espetáculo que integra dança contemporânea, vídeo arte, grafite, rap e música eletrônica, onde a velocidade dos fatos desencadeia uma mudança na forma de perceber o mundo e de assistir à contemporaneidade.<br />
<br />
* '''Não Fosse Isso Era Menos Não Fosse Tanto era Quase (2003)'''<br />
<br />
* '''Cenas Corpos Nômades (2003)'''<br />
<br />
Envolve bailarinos, DJ, música eletrônica, grafiteiro, rapper, vídeo arte e o público, integrando ao roteiro cenas do repertorio da Cia e o sampleamento de imagens, movimentos e sons.<br />
<br />
* '''Pôs-ter (2002)'''<br />
<br />
* '''Treme-Terra (work-in-progress) (2001)'''<br />
<br />
* '''OOZE/EZOO (2000)'''<br />
<br />
Trabalha com as referências surgidas no trânsito entre realidade e virtualidade, entre o estável e não estável. O texto “Pioravante Marche”, de [[http://pt.wikipedia.org/wiki/Samuel_Beckett Samuel Beckett]], é uma das inspirações para a coreografia e do rap (ritmo e poesia). Elementos da cultura Hip-Hop (dj, b.boy, rapper e o grafiteiro) são incorporados de forma a contextualizar as situações.<br />
<br />
* '''Aos Olhos de Alguém (solo) (1999)'''<br />
<br />
[[Arquivo:CORPOS_NOMADES_olhos.jpg]]<br />
<br />
Aos Olhos de Alguém, refere-se ao transitório, ao instável e à sensação de perda, de busca e de apego/desapego. As sensações de perda, de busca e de apego/desapego foram as fontes de inspiração desse trabalho. Com um slide antigo remetendo à infância (foto de família de 1968) reelabora-se a noção de presente, passado e futuro. Esses conceitos se condensam ainda por outras projeções de vídeos, slides e figuras num retroprojetor. O espetáculo ganhou o Prêmio APCA(Associação Paulista de Críticos de Arte) 1999<br />
<br />
==Crítica==<br />
<br />
“Um após outro, os espetáculos da Cia. Corpos Nômades vão deixando cada vez mais clara a construção da sua coreodramaturgrafia. O conceito, proposto por seu diretor, João Andreazzi, pode assustar quando lido pela primeira vez, mas diz exatamente do que trata: reúne coreografia e dramaturgia em uma escrita única”. (Helena Katz. Veja crítica completa em [http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,o-corpo-que-fala-em-tonalidades-dramaticas,374900,0.htm O Estado de São Paulo])<br />
<br />
“O diretor e o grupo (formado por oito dançarinos) buscam uma investigação cênica, culminando no que João chama de coreodramaturgrafia. Dança, dramaturgia, vídeo mesclados na criação de um espetáculo que nega a mera contemplação, buscando a interação com os elementos circundantes como a rua, a casa e o público, que pode participar do desenvolvimento do work in progress, através de um blog. Baseado nas lembranças dos elementos participantes, o espetáculo é uma mistura de vídeo, teatro e dança, estimulando pensamentos indiscretos do público, que acompanha o desenrolar do enredo em de todos os espaços do casarão e sai do local com a sensação de ter visto algo realmente novo”. (Nina Liesenberg, no site da [http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI8848-15223,00-ESPETACULO+EM+SAO+PAULO+MISTURA+VIDEO+TEATRO+E+DANCA.html Época])<br />
<br />
==Prêmios==<br />
<br />
* Prêmio Estímulo da Secretaria do Estado da Cultura (1994)<br />
<br />
* Prêmio APCA 2010 (Associação Paulista de Críticos de Arte) por Modelo de Espaço de Difusão em Dança <br />
<br />
* Bolsa da CAPES – APARTES para estudar na SNDD – Holanda (1996)<br />
<br />
==Eventos==<br />
<br />
* Programa Municipal de Fomento à Dança de São Paulo (2006, 2008, 2009 e 2011)<br />
<br />
* Funarte Klauss Vianna (2007)<br />
<br />
* Dança em Pauta – CCBB/SP (2007)<br />
<br />
* Caixa Cultural (2007)<br />
<br />
* Panorama SESI de Dança (2005)<br />
<br />
* Mostra Internacional SESC de Artes – Mediterrâneo (2005)<br />
<br />
* Prêmio Estímulo à Dança SMCSP (2004)<br />
<br />
* Rumos Itaú cultural Dança (2003)<br />
<br />
* Funarte – EnCena Brasil (2002)<br />
<br />
* Mostra Oficial do festival de teatro de Curitiba (2001)<br />
<br />
* Bienal de Dança do SESC/SP (2000)<br />
<br />
* Nederland Dans Dag (1998)<br />
<br />
* Porto Alegre em Cena (1995)<br />
<br />
* Movimentos de Dança – SESC/SP (1989, 1991 e 1993)<br />
<br />
==Referências==<br />
<br />
[http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,o-corpo-que-fala-em-tonalidades-dramaticas,374900,0.htm O Estado de São Paulo]<br />
<br />
[http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI8848-15223,00-ESPETACULO+EM+SAO+PAULO+MISTURA+VIDEO+TEATRO+E+DANCA.html Site época]<br />
<br />
==Ligações externas==<br />
<br />
Veja [http://www.ciacorposnomades.art.br/wordpress/?page_id=240 vídeos] de espetáculos da Cia. Corpos Nômades<br />
<br />
[http://www.ciacorposnomades.art.br/ Site oficial]</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Arquivo:CORPOS_NOMADES_hotel.jpgArquivo:CORPOS NOMADES hotel.jpg2013-10-14T21:41:25Z<p>Ana Claudia Peres: Hotel Lautréamont, da Cia. Corpos Nômades</p>
<hr />
<div>Hotel Lautréamont, da Cia. Corpos Nômades</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Cia._Corpos_N%C3%B4madesCia. Corpos Nômades2013-10-14T21:36:24Z<p>Ana Claudia Peres: </p>
<hr />
<div>Companhia de dança contemporânea da cidade de São Paulo que se propõe a atuar na formação, criação e difusão das artes cênicas contemporâneas. Com 17 espetáculos no repertório, estreou em 2013 a produção “Uma Sinfonia entre a Medula Óssea e o Piscar dos Olhos”, inspirada em Heiner Müller, Gustav Mahler e Luchino Viscontti.<br />
<br />
[[Arquivo:CORPOS_NOMADES_solidao.jpg]]<br />
<br />
<small>Espetáculo "Na infinita solidão dessa hora e desse lugar" (2012)</small><br />
<br />
==Histórico==<br />
<br />
A Cia. Corpos Nômades existe desde 1995, quando era conhecida como Cia. de João Andreazzi, o bailarino, coreógrafo, diretor e criador do grupo. Somente no ano 2000, a companhia foi rebatizada passando a se chamar Corpos Nômades.<br />
<br />
Todos os trabalhos da companhia buscam experimentar as amplas possibilidades de atuação cênica corporal, envolvendo múltiplas linguagens. Além da própria dança contemporânea, os espetáculos lançam mão de referências do teatro, literatura, vídeo-arte, música e instalações performáticas.<br />
<br />
Sobre os trabalhos da Cia. Corpos Nômades e seu diretor, João Andreazzi, assim falou a professora e crítica de dança Helena Katz:<br />
<br />
<big>“Nas artes cênicas, os últimos anos têm sido marcados por um trânsito entre os saberes. Um fluxo de apropriações <br />
que gera novos domínios. João Andreazzi cria com este recorte. Seu percurso indica um desejo de amalgamar dança, <br />
teatro, música e artes plásticas. O cenário básico das suas experimentações é o corpo. Um corpo que aspira a completude<br />
do gesto com o movimento, com a fala, com o espaço, com a sonoridade plástica e/ou plasticidade sonora”</big><br />
<br />
[[Arquivo:CORPOS_NOMADES_olhos.jpg]]<br />
<br />
<small> "Aos olhos de alguém" (1999)</small><br />
<br />
Em 2007, a Companhia inaugurou a sua sede que funciona também como centro cultural, na rua Augusta, 325, em São Paulo. Intitulado de O Lugar – Cia. Corpos Nômades, o espaço funciona como campo de reflexão, formação e criação em dança contemporânea.<br />
<br />
Pensado para abrigar aulas e apresentações das artes cênicas contemporâneas, com amplas salas e muito espaço para experimentos, O Lugar passou a funcionar a um só tempo como espaço alternativo, voltado à prática e ao aprendizado da dança e de outras vertentes das artes visuais e cênicas, como ainda local de ensaio e apresentação das criações da Companhia, possibilitando sua interação com outros grupos e artistas da dança, por meio da realização de mostras.<br />
<br />
Na estreia, O Lugar acolheu o espetáculo da Cia. Corpos Nômades intitulado “Gramática Expositiva do Chão”, inspirado na obra do poeta mato-grossense Manoel de Barros, apresentado às 24h00 desse dia, como parte do evento Virada Cultural da Cidade de São Paulo. Constantemente, são oferecidos workshops, oficinas e cursos regulares de dança contemporânea.<br />
<br />
<br />
==Espetáculos==<br />
<br />
* '''Uma Sinfonia entre a Medula Óssea e o Piscar dos Olhos''' '''(2013)'''<br />
<br />
[[Arquivo:CORPOS_NOMADES_sinfonia.jpeg]]<br />
<br />
Montagem é inspirada nos textos do dramaturgo Heiner Müller (“Descrição de Imagem”, alguns pensamentos e o poema “Odor de Sabão”), nas sinfonias de Gustav Mahler (essencialmente os adagietos, “A Canção da Terra” e o “Quarteto de Cordas e Piano”) e na obra do cineasta Luchino Visconti (o clássico “Morte em Veneza”). O espetáculo estreou em São Paulo em setemebro de 2013.<br />
<br />
* '''Na infinita solidão dessa hora e desse lugar''' '''(2012)'''<br />
o espetáculo se inspira no ambiente da Rua Augusta, em São Paulo, e em seus personagens típicos, para criar movimentos que compõem as coreografias. Para a expressão vocal, a inspiração vem dos textos de Bernard-Marie Koltès e Madalena Bernardes.<br />
<br />
* '''Espectros de Shakespeare – Do Outro Lado do Vento''' '''(2010)'''<br />
<br />
[[ARQUIVO:CORPOS_NOMADES.jpg]]<br />
<br />
“Ofélia”, “Macbeth”, “Lady Macbeth”, “As Três Bruxas”, “Hamlet”, o “Espectro de Hamlet” e muitos outros personagens do bardo inglês William Shakespeare são dissecados e fundidos à coreodramaturgrafia buscando, mais do que o sofrimento trágico apresentado de forma literal, uma substância trágica capaz de unir as cenas transformando-as em referências da existência humana.<br />
<br />
* '''Édipus Rex – A máquina desejante (2009)'''<br />
<br />
[[ARQUIVO:CORPOS_NOMADES_edipos.JPG]]<br />
<br />
Inspirado na famosa trilogia de Sófocles sobre a lenda/mito de Édipo, considerada a tragédia das tragédias ao colocar em foco questões como o parricídio e o incesto; mas também é motor do pensamento e da pesquisa de questões como as das oposições e interações entre o público e o privado, a norma e a transgressão, o destino e a invenção. No espetáculo, entram como elemento ainda as provocações de “O anit-édipo”, de Gilles Deleuze e Fêlix Guattari, em sua análise desconcertante e complexa sobre o mundo capitalista e esquizofrênico em que vivemos.<br />
<br />
* '''Hotel Lautréamont – Os Bruscos Buracos do Silêncio (2009)''' <br />
Montagem de fragmentos, detalhes sugestivos, impressões provocadas por passagens do texto de Isidore Ducasse, que adotou o pseudônimo de Conde de Lautréamont, e por sua gama de sugestões visuais e sonoras e, especialmente, corporais.<br />
<br />
* '''O Barulho Indiscreto da Chuva (2008)'''<br />
O espetáculo se baseia nas lembranças indiscretas dos intérpretes, as que brotaram da história do casarão construído na década de 30 – e hoje sede da Companhia – e de seus arredores, e os relatos das pessoas que acessaram a sala de ensaio virtual criada com esse propósito. Autores como Fernando Pessoa, Beckett, Berard-Marie Koltès e Oswald de Andrade, são tomados como referência para a construção coreográfica e dramatúrgica de “O Barulho Indiscreto da Chuva”.<br />
<br />
* '''Fuga Fora do Tempo (2007)'''<br />
“Fuga Fora do Tempo” remete à idéia de eternidade, de continuidade das coisas, do vão que se cria entre o passado e o futuro. O espetáculo inspira-se nas idéias críticas do artista plástico francês Marcel Duchamp<br />
<br />
* '''Gramática Expositiva do Chão (2007)'''<br />
Toma como fonte de inspiração o livro homônimo de Manoel de Barros e as obras “Livro Sobre Nada” e o “ O Guardador de Águas”<br />
<br />
* '''Algum Lugar Fora do Mundo (2005)'''<br />
O espetáculo marca os cinco anos de existência da Companhia e faz uma viagem na companhia de referências a personagens como Rimbaud, Artaud, Baudelaire, Cocteau, Mallarmé, Domenico de Masi, Umberto Eco, Buñuel e Fernando Pessoa, entre outros. O público participa ativamente do desenvolvimento do enredo, instalando-se em barracas que funcionam como relicários. “Algum Lugar Fora do Mundo” propõe uma discussão sobre dois pilares da cultura: a tradição e a comunicação.<br />
<br />
* '''Nocaute (2004)'''<br />
<br />
* '''Hyperbolikós (2004)'''<br />
Em Hyperbolikós, a obra do poeta curitibano Paulo Leminski é a referência essencial para a criação cênica, em que os elementos da dança, do teatro, da música (pré-gravada e ao vivo) e de projeções servem para retratar a temática existencial que ele aborda.<br />
<br />
* '''Remix Pôs-Ter (2003)'''<br />
Um espetáculo que integra dança contemporânea, vídeo arte, grafite, rap e música eletrônica, onde a velocidade dos fatos desencadeia uma mudança na forma de perceber o mundo e de assistir à contemporaneidade.<br />
<br />
* '''Não Fosse Isso Era Menos Não Fosse Tanto era Quase (2003)'''<br />
<br />
* '''Cenas Corpos Nômades (2003)'''<br />
Envolve bailarinos, DJ, música eletrônica, grafiteiro, rapper, vídeo arte e o público, integrando ao roteiro cenas do repertorio da Cia e o sampleamento de imagens, movimentos e sons.<br />
<br />
* '''Pôs-ter (2002)'''<br />
<br />
* '''Treme-Terra (work-in-progress) (2001)'''<br />
<br />
* '''OOZE/EZOO (2000)'''<br />
Trabalha com as referências surgidas no trânsito entre realidade e virtualidade, entre o estável e não estável. O texto “Pioravante Marche”, de Samuel Beckett, é uma das inspirações para a coreografia e do rap (ritmo e poesia). Elementos da cultura Hip-Hop (dj, b.boy, rapper e o grafiteiro) são incorporados de forma a contextualizar as situações.<br />
<br />
* '''Aos Olhos de Alguém (solo) (1999)'''<br />
Aos Olhos de Alguém, refere-se ao transitório, ao instável e à sensação de perda, de busca e de apego/desapego. As sensações de perda, de busca e de apego/desapego foram as fontes de inspiração desse trabalho. Com um slide antigo remetendo à infância (foto de família de 1968) reelabora-se a noção de presente, passado e futuro. Esses conceitos se condensam ainda por outras projeções de vídeos, slides e figuras num retroprojetor. O espetáculo ganhou o Prêmio APCA(Associação Paulista de Críticos de Arte) 1999<br />
<br />
<br />
<br />
==Crítica==<br />
<br />
<br />
==Prêmios==<br />
==Eventos==<br />
==Referências==<br />
==Ligações externas==</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Arquivo:CORPOS_NOMADES_sinfonia.jpgArquivo:CORPOS NOMADES sinfonia.jpg2013-10-14T21:35:42Z<p>Ana Claudia Peres: </p>
<hr />
<div></div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Arquivo:CORPOS_NOMADES_edipos.JPGArquivo:CORPOS NOMADES edipos.JPG2013-10-14T21:30:26Z<p>Ana Claudia Peres: Edipus Rex, da Cia. Corpos Nômades</p>
<hr />
<div>Edipus Rex, da Cia. Corpos Nômades</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Arquivo:CORPOS_NOMADES.jpgArquivo:CORPOS NOMADES.jpg2013-10-14T21:26:54Z<p>Ana Claudia Peres: "Espectros de Shakespeare", cia. Corpos Nômades</p>
<hr />
<div>"Espectros de Shakespeare", cia. Corpos Nômades</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Arquivo:CORPOS_NOMADES_sinfonia.jpegArquivo:CORPOS NOMADES sinfonia.jpeg2013-10-14T21:24:47Z<p>Ana Claudia Peres: foi enviada uma nova versão de &quot;Arquivo:CORPOS NOMADES sinfonia.jpeg&quot;</p>
<hr />
<div>Uma Sinfonia entre a Medula Óssea e o Piscar dos Olhos, da Cia. Corpos Nômades</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Arquivo:CORPOS_NOMADES_sinfonia.jpegArquivo:CORPOS NOMADES sinfonia.jpeg2013-10-14T21:21:23Z<p>Ana Claudia Peres: Uma Sinfonia entre a Medula Óssea e o Piscar dos Olhos, da Cia. Corpos Nômades</p>
<hr />
<div>Uma Sinfonia entre a Medula Óssea e o Piscar dos Olhos, da Cia. Corpos Nômades</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Arquivo:CORPOS_NOMADES_olhos.jpgArquivo:CORPOS NOMADES olhos.jpg2013-10-14T21:15:18Z<p>Ana Claudia Peres: foi enviada uma nova versão de &quot;Arquivo:CORPOS NOMADES olhos.jpg&quot;: "Aos olhos de Alguém", Cia. Corpos Nômades</p>
<hr />
<div>Espetáculo "Aos Olhos de Alguém", da Cia. Corpos Nômades</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Arquivo:CORPOS_NOMADES_olhos.jpgArquivo:CORPOS NOMADES olhos.jpg2013-10-14T21:12:39Z<p>Ana Claudia Peres: Espetáculo "Aos Olhos de Alguém", da Cia. Corpos Nômades</p>
<hr />
<div>Espetáculo "Aos Olhos de Alguém", da Cia. Corpos Nômades</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Arquivo:CORPOS_NOMADES_o_lugar.jpgArquivo:CORPOS NOMADES o lugar.jpg2013-10-14T21:07:02Z<p>Ana Claudia Peres: </p>
<hr />
<div></div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Cia._Corpos_N%C3%B4madesCia. Corpos Nômades2013-10-14T21:03:16Z<p>Ana Claudia Peres: Criou página com 'Companhia de dança contemporânea da cidade de São Paulo que se propõe a atuar na formação, criação e difusão das artes cênicas contemporâneas. Com 17 espetáculos no r...'</p>
<hr />
<div>Companhia de dança contemporânea da cidade de São Paulo que se propõe a atuar na formação, criação e difusão das artes cênicas contemporâneas. Com 17 espetáculos no repertório, estreou em 2013 a produção “Uma Sinfonia entre a Medula Óssea e o Piscar dos Olhos”, inspirada em Heiner Müller, Gustav Mahler e Luchino Viscontti.<br />
<br />
[[Arquivo:CORPOS_NOMADES_solidao.jpg]]<br />
<br />
==Histórico==<br />
<br />
A Cia. Corpos Nômades existe desde 1995, quando era conhecida como Cia. de João Andreazzi, o bailarino, coreógrafo, diretor e criador do grupo. Somente no ano 2000, a companhia foi rebatizada passando a se chamar Corpos Nômades.<br />
<br />
Todos os trabalhos da companhia buscam experimentar as amplas possibilidades de atuação cênica corporal, envolvendo múltiplas linguagens. Além da própria dança contemporânea, os espetáculos lançam mão de referências do teatro, literatura, vídeo-arte, música e instalações performáticas.<br />
<br />
Sobre os trabalhos da Cia. Corpos Nômades e seu diretor, João Andreazzi, assim falou a professora e crítica de dança Helena Katz:<br />
<br />
<big>“Nas artes cênicas, os últimos anos têm sido marcados por um trânsito entre os saberes. Um fluxo de apropriações <br />
que gera novos domínios. João Andreazzi cria com este recorte. Seu percurso indica um desejo de amalgamar dança, <br />
teatro, música e artes plásticas. O cenário básico das suas experimentações é o corpo. Um corpo que aspira a completude<br />
do gesto com o movimento, com a fala, com o espaço, com a sonoridade plástica e/ou plasticidade sonora”</big><br />
<br />
Em 2007, a Companhia inaugurou a sua sede que funciona também como centro cultural, na rua Augusta, 325, em São Paulo. Intitulado de O Lugar – Cia. Corpos Nômades, o espaço funciona como campo de reflexão, formação e criação em dança contemporânea.<br />
<br />
Pensado para abrigar aulas e apresentações das artes cênicas contemporâneas, com amplas salas e muito espaço para experimentos, O Lugar passou a funcionar a um só tempo como espaço alternativo, voltado à prática e ao aprendizado da dança e de outras vertentes das artes visuais e cênicas, como ainda local de ensaio e apresentação das criações da Companhia, possibilitando sua interação com outros grupos e artistas da dança, por meio da realização de mostras.<br />
<br />
Na estreia, O Lugar acolheu o espetáculo da Cia. Corpos Nômades intitulado “Gramática Expositiva do Chão”, inspirado na obra do poeta mato-grossense Manoel de Barros, apresentado às 24h00 desse dia, como parte do evento Virada Cultural da Cidade de São Paulo. Constantemente, são oferecidos workshops, oficinas e cursos regulares de dança contemporânea.<br />
<br />
<br />
<br />
==Espetáculos==<br />
==Crítica==<br />
==Prêmios==<br />
==Eventos==<br />
==Referências==<br />
==Ligações externas==</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Arquivo:CORPOS_NOMADES_solidao.jpgArquivo:CORPOS NOMADES solidao.jpg2013-10-14T21:01:47Z<p>Ana Claudia Peres: Espetáculo "Na infinita solidão dessa hora e desse lugar" (2012)</p>
<hr />
<div>Espetáculo "Na infinita solidão dessa hora e desse lugar" (2012)</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Cia._dos_P%C3%A9s_GrandesCia. dos Pés Grandes2013-10-14T03:18:06Z<p>Ana Claudia Peres: </p>
<hr />
<div>Companhia de dança cearense, formada exclusivamente por homens, que alia o sapateado às técnicas alternativas de dança contemporânea.<br />
<br />
[[Arquivo:PES_GRANDES_coisas_juntos.jpg]]<br />
<br />
<small>Espetáculo "Das coisas que fazemos juntos"</small><br />
<br />
==Histórico==<br />
<br />
[[Arquivo:PES_GRANDES_ensaio_2.jpg]]<br />
<br />
Idealizada pelo coreógrafo Heber Stalin, oriundo da Cia. Vatá/Valéria Pinheiro, a Cia. Dos Pés Grande existe desde 2007. <br />
Formado só por rapazes, o coletivo tem como ferramenta de composição coreográfica o sapateado de pesquisa autoral e as vertentes do esporte – boxe, luta livre, corrida e elementos do atletismo –, em diálogo com técnicas circenses, a partir de trabalhos acrobáticos de solo.<br />
<br />
<big>"A criação da Cia. tinha o objetivo de quebrar paradigmas. Queria fazer algo mais explosivo e queria que fosse<br />
com homens para provar que a dança também pertence ao universo masculino" (Heber Stalin, ao [http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=464025 Diário do Nordeste)]</big> <br />
<br />
Em 2009, a companhia levou para os palcos o espetáculo “Um americano em Paris”, baseado no poema sinfônico de George Gershwin que já recebeu adaptação cinematográfica com atuação de Gene Kelly. Em 1953, um outro cearense, o bailarino [[Hugo Bianchi]], adaptou o musical para os palcos.<br />
<br />
A montagem da Cia. dos Pés Grandes para o espetáculo propôs uma releitura contemporânea, partindo da experimentação sonora e propondo uma nova decodificação percussiva aliando ao sapateado os sons provocados pelos corpos em cena.<br />
<br />
[[Arquivo:PES_GRANDEAS_disritimia.jpg]]<br />
<br />
<small> Espetáculo "Disritmia"</small><br />
<br />
Na trajetória do grupo, destacam-se ainda a criação do projeto "Pisando com o Mundo", a montagem dos espetáculos “Dois Devaneios” e “Disritmia”, além de apresentações no Festival de Pacoti, no Theatro José de Alencar e na [[Bienal Internacional de Dança do Ceará]], e performances em ruas e praças.<br />
<br />
Na IX Bienal Internacional de Dança do Ceará, que acontece em 2013, a Cia. Dos Pés Grandes vai apresentar o espetáculo “Das coisas que fazemos juntos”.<br />
<br />
==Espetáculos==<br />
<br />
* '''Das coisas que fazemos juntos (2013)'''<br />
Investigação de possibilidades de se construir coisas juntos, de permanecer, de resistir. Presentificar estados corpóreos que constituem cena. Encontro, tensão e partilha como elementos de composição coreográfica. Luta, paragem, “ficância”.<br />
<br />
* '''Disritmia (2010)'''<br />
O espetáculo aborda algumas questões que circundam o universo masculino a partir do corpo, seus sons e nuances. A sensualidade e a molecagem são palavras-chaves do espetáculo.<br />
<br />
* '''Um americano em Paris (2009)'''<br />
Adaptação do musical homônimo<br />
<br />
* '''Dois Devaneios (2007)'''<br />
<br />
[[Arquivo:PES_GRANDES_dois_devaneios.jpg]]<br />
<br />
Tendo a rua como tema, os dançarinos mesclam hip hop, funk, chorinho e cantigas de roda à percussão de seus sapatos. No espetáculo, os bailarinos também cantam músicas que vão de “Carinhoso”, de Pixinguinha, a “Coração de papelão”, do Balão Mágico. <br />
<br />
<br />
==Referências==<br />
<br />
[http://www.oktiva.net/oktiva.net/1209/nota/153566 Site Tembiu]<br />
<br />
[http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=464025 Diário do Nordeste]<br />
<br />
[http://www.bienaldedanca.com/programacao-2013/cia-dos-pes-grandes-ce#.Ulr9llCG2_M XI Bienal de Dança do Ceará site oficial]</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Cia._dos_P%C3%A9s_GrandesCia. dos Pés Grandes2013-10-14T03:13:53Z<p>Ana Claudia Peres: </p>
<hr />
<div>Companhia de dança cearense, formada exclusivamente por homens, que alia o sapateado às técnicas alternativas de dança contemporânea.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:PES_GRANDES_coisas_juntos.jpg]]</center><br />
<br />
<center><small>Espetáculo "Das coisas que fazemos juntos"</small></center><br />
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==Histórico==<br />
<br />
[[Arquivo:PES_GRANDES_ensaio_2.jpg]]<br />
<br />
Idealizada pelo coreógrafo Heber Stalin, oriundo da Cia. Vatá/Valéria Pinheiro, a Cia. Dos Pés Grande existe desde 2007. <br />
Formado só por rapazes, o coletivo tem como ferramenta de composição coreográfica o sapateado de pesquisa autoral e as vertentes do esporte – boxe, luta livre, corrida e elementos do atletismo –, em diálogo com técnicas circenses, a partir de trabalhos acrobáticos de solo.<br />
<br />
<big>"A criação da Cia. tinha o objetivo de quebrar paradigmas. Queria fazer algo mais explosivo e queria que fosse<br />
com homens para provar que a dança também pertence ao universo masculino" (Heber Stalin, ao [http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=464025 Diário do Nordeste)]</big> <br />
<br />
Em 2009, a companhia levou para os palcos o espetáculo “Um americano em Paris”, baseado no poema sinfônico de George Gershwin que já recebeu adaptação cinematográfica com atuação de Gene Kelly. Em 1953, um outro cearense, o bailarino [[Hugo Bianchi]], adaptou o musical para os palcos.<br />
<br />
A montagem da Cia. dos Pés Grandes para o espetáculo propôs uma releitura contemporânea, partindo da experimentação sonora e propondo uma nova decodificação percussiva aliando ao sapateado os sons provocados pelos corpos em cena.<br />
<br />
[[Arquivo:PES_GRANDEAS_disritimia.jpg]]<br />
<br />
<small> Espetáculo "Disritmia"</small><br />
<br />
Na trajetória do grupo, destacam-se ainda a criação do projeto "Pisando com o Mundo", a montagem dos espetáculos “Dois Devaneios” e “Disritmia”, além de apresentações no Festival de Pacoti, no Theatro José de Alencar e na [[Bienal Internacional de Dança do Ceará]], e performances em ruas e praças.<br />
<br />
Na IX Bienal Internacional de Dança do Ceará, que acontece em 2013, a Cia. Dos Pés Grandes vai apresentar o espetáculo “Das coisas que fazemos juntos”.<br />
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==Espetáculos==<br />
<br />
* '''Das coisas que fazemos juntos (2013)'''<br />
Investigação de possibilidades de se construir coisas juntos, de permanecer, de resistir. Presentificar estados corpóreos que constituem cena. Encontro, tensão e partilha como elementos de composição coreográfica. Luta, paragem, “ficância”.<br />
<br />
* '''Disritmia (2010)'''<br />
O espetáculo aborda algumas questões que circundam o universo masculino a partir do corpo, seus sons e nuances. A sensualidade e a molecagem são palavras-chaves do espetáculo.<br />
<br />
* '''Um americano em Paris (2009)'''<br />
Adaptação do musical homônimo<br />
<br />
* '''Dois Devaneios (2007)'''<br />
<br />
[[Arquivo:PES_GRANDES_dois_devaneios.jpg]]<br />
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Tendo a rua como tema, os dançarinos mesclam hip hop, funk, chorinho e cantigas de roda à percussão de seus sapatos. No espetáculo, os bailarinos também cantam músicas que vão de “Carinhoso”, de Pixinguinha, a “Coração de papelão”, do Balão Mágico. <br />
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==Referências==<br />
<br />
[http://www.oktiva.net/oktiva.net/1209/nota/153566 Site Tembiu]<br />
<br />
[http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=464025 Diário do Nordeste]<br />
<br />
[http://www.bienaldedanca.com/programacao-2013/cia-dos-pes-grandes-ce#.Ulr9llCG2_M XI Bienal de Dança do Ceará site oficial]</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Cia._dos_P%C3%A9s_GrandesCia. dos Pés Grandes2013-10-14T03:09:04Z<p>Ana Claudia Peres: Criou página com 'Companhia de dança cearense, formada exclusivamente por homens, que alia o sapateado às técnicas alternativas de dança contemporânea. [[Arquivo:PES_GRANDES_coisas_juntos.jp...'</p>
<hr />
<div>Companhia de dança cearense, formada exclusivamente por homens, que alia o sapateado às técnicas alternativas de dança contemporânea.<br />
<br />
[[Arquivo:PES_GRANDES_coisas_juntos.jpg]]<br />
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<small>Espetáculo "Das coisas que fazemos juntos"</small><br />
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==Histórico==<br />
<br />
[[Arquivo:PES_GRANDES_ensaio_2.jpg]]<br />
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Idealizada pelo coreógrafo Heber Stalin, oriundo da Cia. Vatá/Valéria Pinheiro, a Cia. Dos Pés Grande existe desde 2007. <br />
Formado só por rapazes, o coletivo tem como ferramenta de composição coreográfica o sapateado de pesquisa autoral e as vertentes do esporte – boxe, luta livre, corrida e elementos do atletismo –, em diálogo com técnicas circenses, a partir de trabalhos acrobáticos de solo.<br />
<br />
<big>"A criação da Cia. tinha o objetivo de quebrar paradigmas. Queria fazer algo mais explosivo e queria que fosse<br />
com homens para provar que a dança também pertence ao universo masculino" (Heber Stalin, ao [http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=464025 Diário do Nordeste)]</big> <br />
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Em 2009, a companhia levou para os palcos o espetáculo “Um americano em Paris”, baseado no poema sinfônico de George Gershwin que já recebeu adaptação cinematográfica com atuação de Gene Kelly. Em 1953, um outro cearense, o bailarino [[Hugo Bianchi]], adaptou o musical para os palcos.<br />
<br />
A montagem da Cia. dos Pés Grandes para o espetáculo propôs uma releitura contemporânea, partindo da experimentação sonora e propondo uma nova decodificação percussiva aliando ao sapateado os sons provocados pelos corpos em cena.<br />
<br />
[[Arquivo:PES_GRANDEAS_disritimia.jpg]]<br />
<br />
<small> Espetáculo "Disritmia"</small><br />
<br />
Na trajetória do grupo, destacam-se ainda a criação do projeto "Pisando com o Mundo", a montagem dos espetáculos “Dois Devaneios” e “Disritmia”, além de apresentações no Festival de Pacoti, no Theatro José de Alencar e na [[Bienal Internacional de Dança do Ceará]], e performances em ruas e praças.<br />
<br />
Na IX Bienal Internacional de Dança do Ceará, que acontece em 2013, a Cia. Dos Pés Grandes vai apresentar o espetáculo “Das coisas que fazemos juntos”.<br />
<br />
==Espetáculos==<br />
<br />
* '''Das coisas que fazemos juntos (2013)'''<br />
Investigação de possibilidades de se construir coisas juntos, de permanecer, de resistir. Presentificar estados corpóreos que constituem cena. Encontro, tensão e partilha como elementos de composição coreográfica. Luta, paragem, “ficância”.<br />
<br />
* '''Disritmia (2010)'''<br />
O espetáculo aborda algumas questões que circundam o universo masculino a partir do corpo, seus sons e nuances. A sensualidade e a molecagem são palavras-chaves do espetáculo.<br />
<br />
* '''Um americano em Paris (2009)'''<br />
Adaptação do musical homônimo<br />
<br />
* '''Dois Devaneios (2007)'''<br />
<br />
[[Arquivo:PES_GRANDES_dois_devaneios.jpg]]<br />
<br />
Tendo a rua como tema, os dançarinos mesclam hip hop, funk, chorinho e cantigas de roda à percussão de seus sapatos. No espetáculo, os bailarinos também cantam músicas que vão de “Carinhoso”, de Pixinguinha, a “Coração de papelão”, do Balão Mágico. <br />
<br />
<br />
==Referências==<br />
<br />
[http://www.oktiva.net/oktiva.net/1209/nota/153566 Site Tembiu]<br />
<br />
[http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=464025 Diário do Nordeste]<br />
<br />
[http://www.bienaldedanca.com/programacao-2013/cia-dos-pes-grandes-ce#.Ulr9llCG2_M XI Bienal de Dança do Ceará site oficial]</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Arquivo:PES_GRANDES_ensaio_2.jpgArquivo:PES GRANDES ensaio 2.jpg2013-10-14T03:04:18Z<p>Ana Claudia Peres: Cia. dos Pés Grandes</p>
<hr />
<div>Cia. dos Pés Grandes</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Arquivo:PES_GRANDES_dois_devaneios.jpgArquivo:PES GRANDES dois devaneios.jpg2013-10-14T03:02:46Z<p>Ana Claudia Peres: foi enviada uma nova versão de &quot;Arquivo:PES GRANDES dois devaneios.jpg&quot;</p>
<hr />
<div>Espetáculo "Dois Devaneios", da Cia. dos Pés Grandes</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Arquivo:PES_GRANDES_dois_devaneios.jpgArquivo:PES GRANDES dois devaneios.jpg2013-10-14T02:51:30Z<p>Ana Claudia Peres: Espetáculo "Dois Devaneios", da Cia. dos Pés Grandes</p>
<hr />
<div>Espetáculo "Dois Devaneios", da Cia. dos Pés Grandes</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Arquivo:PES_GRANDEAS_disritimia.jpgArquivo:PES GRANDEAS disritimia.jpg2013-10-14T02:49:27Z<p>Ana Claudia Peres: Espetáculo "Disritmia", Cia. dos Pés Grandes</p>
<hr />
<div>Espetáculo "Disritmia", Cia. dos Pés Grandes</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Dan%C3%A7ando_Para_N%C3%A3o_Dan%C3%A7arDançando Para Não Dançar2013-10-14T02:46:13Z<p>Ana Claudia Peres: /* A Companhia */</p>
<hr />
<div>Projeto que funciona no Rio de Janeiro desde 1995. Através do ensino do balé clássico, proporciona a crianças moradoras de áreas populares da capital fluminense o acesso à educação, à saúde e à cultura. Como desdobramento do projeto, em 2007, surge a Companhia de mesmo nome que desde então vem realizando espetáculos abertos à população.<br />
<br />
[[Arquivo:DNPD_favela_3.jpg]]<br />
<br />
<small>Espetáculo "Favela", encenado pela Companhia, em 2010</small><br />
<br />
==O Projeto==<br />
<br />
O Dançando Para Não Dançar (DPND) foi idealizado pela bailarina e professora Thereza Aguilar, em 1995. Inspirado no Balé Nacional de Cuba, que transformou dezenas de órfãos e crianças vítimas de extrema pobreza em bailarinos famosos, vem revelando artistas de dança clássica em diversas comunidades carentes do Rio.<br />
<br />
O início do projeto foi inspirador: no dia do teste para formação da primeira turma de balé clássico nos morros de Cantagalo e Pavão Pavãozinho, compareceram 250 crianças para as 40 vagas ofertadas. Em fevereiro de 1995, o “Dançando Para Não Dançar” conseguiu aprovar seis crianças do Cantagalo e Pavão-Pavãozinho, para a Escola de dança Maria Olenewa, da Fundação do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, antes freqüentada exclusivamente por crianças da classe média e de pessoas com alto poder aquisitivo. <br />
<br />
Depois disso, o Projeto expandiu-se e hoje está presente em 16 domunidades, além da sua sede, no Centro: Mangueira, Chapéu e Babilônia, Jacarezinho, Rocinha, Santa Marta, Borel, Cruzada, Vila Isabel, Santa Teresa, Salgueiro, Japeri, Morro do Telégrafo e Cerro Corá-Cosme Velho. <br />
<br />
No final de 1997, o DPND levou o balé e a música clássica para um palco armado sob um viaduto na Mangueira, berço do samba. Na ocasião, Ana Botafogo dançou com os bailarinos do projeto.<br />
<br />
Em 1998, foi fundada a Associação Dançando Para Não Dançar, com o objetivo de ampliar o raio de atuação do projeto e dedicar-se mais à integração social de menores que vivem em situação de risco nas favelas da cidade.<br />
<br />
[[Arquivo:DNPD_portinari_1.jpg]]<br />
<br />
<small>Espetáculo "Pintando o 7 com Portinari", da Companhia DPND</small><br />
<br />
Como consequência natural, em 2007, foi criada a Cia. Dançando Para Não Dançar, que já alcançou status de profissional. Em 17 de novembro de 2010, o Dançando para não dançar inaugurou a sua sede, localizada na Rua Frei Caneca, 139, centro do Rio, um prédio com data de 1914, onde funcionou originalmente o Gabinete de Análise do Leite, órgão público da Administração Federal. próxima etapa do projeto é criar uma escola de dança.<br />
<br />
Os jovens do projeto apresentam-se em palcos em Ipanema, Arpoador, Flamengo, Botafogo, Cinelândia e Central do Brasil. Algumas apresentações aconteceram em grandes teatros do Rio como o Theatro Municipal do Rio de Janeiro, o Teatro João Caetano e o Teatro Carlos Gomes. No exterior, a Cia. se apresentou na Escola de Balé de Berlim, Alemanha.<br />
<br />
O DPND foi reconhecido como parceiro na luta pela inclusão social, pelos 188 países que assinaram, em 2000, um pacto para priorizar a eliminação da fome e da extrema pobreza, até 2015. <br />
<br />
O projeto tem como padrinhos, a bailarina Ana Botafogo e o cineasta Walter Sales.<br />
<br />
==Atividades==<br />
<br />
[[Arquivo:DNPD_carmina_1.jpg]]<br />
<br />
<small>Espetáculo "Carmina Burana", de 2010</small><br />
<br />
Além das aulas de balé clássico, são também ministradas aulas de dança contemporânea e de prática e teoria musicais. O projeto oferece ainda suporte social-educativo com aulas de reforço escolar e de informática; atendimento médico, dentário, psicológico; apoios de assistente social e de fonoaudióloga. <br />
<br />
O projeto realiza espetáculos de balé em locais públicos, teatros e, à convite, em instituições públicas e privadas, ao longo de todo o ano. Ao final de cada ano é realizado um grande espetáculo envolvendo todas comunidades atendidas. A Associação promove, também, eventos beneficentes, como o espetáculo montado para “mães adolescentes”, do Hospital Maternidade Oswaldo Nazareth, e sua participação na Campanha Nacional de Vacinação contra a Póliomelite, da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz).<br />
<br />
Além da dança, o projeto vem investindo na formação dos jovens bailarinos, por meio de inscrições e despesas totais em audições no Brasil e no Exterior. Escolas de dança de outros estados e do exterior têm oferecido bolsas de estudos para alunas do projeto.<br />
<br />
<br />
==A Companhia==<br />
<br />
Mesmo antes de sua formação oficial, em 2007, os bailarinos da Cia. Dançando Para Não Dançar apresentavam-se em palcos montados em praças, praias, parques, feiras populares, comunidades, estações de trem (Central do Brasil) e metrô, além de realizar apresentações em instituições públicas e privadas, escolas, universidades, presídios etc.<br />
<br />
[[Arquivo:DNPD_favela_2.jpg]]<br />
<br />
Mas a Companhia surgiu para reforçar a proposta do projeto de acompanhar o desenvolvimento dos alunos mais adiantados, que permanecem obtendo o apoio do DPND, mesmo que já estejam estudando em outras escolas de dança ou fazendo especialização em companhias do Brasil ou do exterior. Quando a Companhia foi criada, havia cerca de 30 alunos na faixa etária de 16 a 21 anos que cresceram dentro do projeto e buscavam profissionalização na área.<br />
<br />
A Cia já tem um repertório com coreografias próprias, com trechos de balé clássicos – Coppélia, Paquita, A Bela Adormecida, Lago dos Cisnes e O quebra Nozes – e contemporâneos - Gabriela: Ritmos Amados, Urubu Malandro, Kizomba.<br />
<br />
==Espetáculos==<br />
<br />
* '''Gabriela Ritmos Amados''' '''(2013)'''– com estreia prevista para novembro.<br />
<br />
* '''João e Joana''' '''(2012)'''<br />
Nesse espetáculo, 50 bailarinas do DNPD dançam ao som do Cordel Sinfônico de Carlos Drummond de Andrade e Sérgio Ricardo. O cordel, intitulado “Estória de João e Joana”, foi o único escrito pelo poeta de Itabira, musicado por Sérgio Ricardo a pedido do próprio Drummond.<br />
<br />
* '''Pintando o 7 com Portinari''' '''(2011)'''<br />
<br />
[[Arquivo:DNPD_portinari_3.jpg]]<br />
<br />
Cândido Portinari foi homenageado por sete bailarinas do grupo que usaram da união entre a música e a coreografia para desvendar alguns dos quadros mais famosos do pintor. O responsável pela coreografia do balé foi o alemão Lars Scheibner, que trabalhou em conjunto com Bárbara Melo Freire, sua assistente, ex-aluna da Cia e atual solista do Teatro de Dortmund/Alemanha. A trilha musical ficou a cargo de Leandro Braga, compositor e arranjador do grupo. Thereza Aguilar, idealizadora do projeto e coordenadora da Cia., dirigiu o espetáculo.<br />
<br />
* '''Favela''' '''(2010)'''<br />
Um hip hop diferente, uma mistura dessa linguagem musical com concepções clássicas e contemporâneas da dança. Expressa a realidade, os sons e os movimentos das comunidades onde o projeto atua. O espetáculo “Favela” teve músicas do rapper MV Bill e do maestro Leandro Braga, além de trechos de balé clássico. A direção geral e a artística foram assinadas pela coordenadora do projeto, bailarina Thereza Aguilar e por Paulo Rodrigues, primeiro bailarino do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. <br />
<br />
* '''Carmina Burana (2010)'''<br />
Com música de Carl Orff, o balé foi adaptado pelo coreógrafo alemão Lars Scheibner para o espetáculo de fim do ano do Projeto Dançando Para Não Dançar. Essa versão de Carmina Burana inverteu a lógica do balé clássico. Foram as crianças de graus menores na grade curricular da dança e não as solistas e primeiras bailarinas que seguraram todo o espetáculo. Cerca de 500 pequenos e jovens bailarinos, atendidos pelo projeto, se revezaram no palco. Na direção geral, Thereza Aguilar e Paulo Rodrigues <br />
<br />
* '''Amazônia, floresta do Brasil (2010)'''<br />
<br />
[[Arquivo:DNPD_amazonia_2.jpg]]<br />
<br />
Nesse espetáculo, a Companhia prestou um tributo ao maestro Heitor Villa-Lobos, com músicas dele e de Leandro Braga. Coreografia de Paulo Rodrigues e direção geral de Thereza Aguilar. Com os solistas Carlos Cabral, do Corpo de Baile do Theatro Municipal, e Fernanda Duarte, aluna do projeto Dançando Para Não Dançar, e outras seis bailarinas. <br />
<br />
<br />
==Parcerias==<br />
<br />
O projeto “Dançando Para Não Dançar” é patrocinado pela Lei de Incentivo à Cultura – Governo Federal – País Rico é País sem Pobreza; e pela Petrobras, desde 1997. Tem o apoio do Ministério da Cultura e conta com as parcerias da Faperj, VideoFilmes, Governo do Estado do Rio de Janeiro – Secretaria de Estado de Cultura, e Programas Ponto de Cultura , Mais Cultura e Cultura Viva. Também é parceiro das Associações de Moradores das comunidades beneficiadas, da Vila Olímpica da Mangueira, dos Cieps Ayrton Senna, Salvador Allende e Presidente João Goulart, da UniverCidade e do curso Brasas, além de manter convênios com a Staatliche Ballettschule Berlin (Escola de Balé de Berlim), o Balé Nacional de Cuba, a Cia. de Dança Deborah Colker (RJ), o Grupo Corpo (MG) e o Ballet Stagium (SP).<br />
<br />
==Referências==<br />
<br />
[http://odia.ig.com.br/portal/rio/na-ponta-dos-p%C3%A9s-jovens-alcan%C3%A7am-seus-sonhos-1.415057 Jornal O Dia]<br />
<br />
[http://www.gazetadasemana.com.br/noticia/702/cia-dancando-para-nao-dancar---celebra-obras-de-portinari-em-agosto Gazeta da Semana] <br />
<br />
[http://www.cultura.rj.gov.br/evento/bailarinos-de-comunidades-dancam-cordel Secretaria de Cultura]<br />
<br />
<br />
==Ligações externas==<br />
<br />
Site oficial: http://dpnd.org/</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Arquivo:PES_GRANDES_coisas_juntos.jpgArquivo:PES GRANDES coisas juntos.jpg2013-10-14T02:44:46Z<p>Ana Claudia Peres: Espetáculo "Das coisas que fazemos juntos", da Cia. dos Pés Grandes</p>
<hr />
<div>Espetáculo "Das coisas que fazemos juntos", da Cia. dos Pés Grandes</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Dan%C3%A7ando_Para_N%C3%A3o_Dan%C3%A7arDançando Para Não Dançar2013-10-14T02:43:08Z<p>Ana Claudia Peres: /* O Projeto */</p>
<hr />
<div>Projeto que funciona no Rio de Janeiro desde 1995. Através do ensino do balé clássico, proporciona a crianças moradoras de áreas populares da capital fluminense o acesso à educação, à saúde e à cultura. Como desdobramento do projeto, em 2007, surge a Companhia de mesmo nome que desde então vem realizando espetáculos abertos à população.<br />
<br />
[[Arquivo:DNPD_favela_3.jpg]]<br />
<br />
<small>Espetáculo "Favela", encenado pela Companhia, em 2010</small><br />
<br />
==O Projeto==<br />
<br />
O Dançando Para Não Dançar (DPND) foi idealizado pela bailarina e professora Thereza Aguilar, em 1995. Inspirado no Balé Nacional de Cuba, que transformou dezenas de órfãos e crianças vítimas de extrema pobreza em bailarinos famosos, vem revelando artistas de dança clássica em diversas comunidades carentes do Rio.<br />
<br />
O início do projeto foi inspirador: no dia do teste para formação da primeira turma de balé clássico nos morros de Cantagalo e Pavão Pavãozinho, compareceram 250 crianças para as 40 vagas ofertadas. Em fevereiro de 1995, o “Dançando Para Não Dançar” conseguiu aprovar seis crianças do Cantagalo e Pavão-Pavãozinho, para a Escola de dança Maria Olenewa, da Fundação do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, antes freqüentada exclusivamente por crianças da classe média e de pessoas com alto poder aquisitivo. <br />
<br />
Depois disso, o Projeto expandiu-se e hoje está presente em 16 domunidades, além da sua sede, no Centro: Mangueira, Chapéu e Babilônia, Jacarezinho, Rocinha, Santa Marta, Borel, Cruzada, Vila Isabel, Santa Teresa, Salgueiro, Japeri, Morro do Telégrafo e Cerro Corá-Cosme Velho. <br />
<br />
No final de 1997, o DPND levou o balé e a música clássica para um palco armado sob um viaduto na Mangueira, berço do samba. Na ocasião, Ana Botafogo dançou com os bailarinos do projeto.<br />
<br />
Em 1998, foi fundada a Associação Dançando Para Não Dançar, com o objetivo de ampliar o raio de atuação do projeto e dedicar-se mais à integração social de menores que vivem em situação de risco nas favelas da cidade.<br />
<br />
[[Arquivo:DNPD_portinari_1.jpg]]<br />
<br />
<small>Espetáculo "Pintando o 7 com Portinari", da Companhia DPND</small><br />
<br />
Como consequência natural, em 2007, foi criada a Cia. Dançando Para Não Dançar, que já alcançou status de profissional. Em 17 de novembro de 2010, o Dançando para não dançar inaugurou a sua sede, localizada na Rua Frei Caneca, 139, centro do Rio, um prédio com data de 1914, onde funcionou originalmente o Gabinete de Análise do Leite, órgão público da Administração Federal. próxima etapa do projeto é criar uma escola de dança.<br />
<br />
Os jovens do projeto apresentam-se em palcos em Ipanema, Arpoador, Flamengo, Botafogo, Cinelândia e Central do Brasil. Algumas apresentações aconteceram em grandes teatros do Rio como o Theatro Municipal do Rio de Janeiro, o Teatro João Caetano e o Teatro Carlos Gomes. No exterior, a Cia. se apresentou na Escola de Balé de Berlim, Alemanha.<br />
<br />
O DPND foi reconhecido como parceiro na luta pela inclusão social, pelos 188 países que assinaram, em 2000, um pacto para priorizar a eliminação da fome e da extrema pobreza, até 2015. <br />
<br />
O projeto tem como padrinhos, a bailarina Ana Botafogo e o cineasta Walter Sales.<br />
<br />
==Atividades==<br />
<br />
[[Arquivo:DNPD_carmina_1.jpg]]<br />
<br />
<small>Espetáculo "Carmina Burana", de 2010</small><br />
<br />
Além das aulas de balé clássico, são também ministradas aulas de dança contemporânea e de prática e teoria musicais. O projeto oferece ainda suporte social-educativo com aulas de reforço escolar e de informática; atendimento médico, dentário, psicológico; apoios de assistente social e de fonoaudióloga. <br />
<br />
O projeto realiza espetáculos de balé em locais públicos, teatros e, à convite, em instituições públicas e privadas, ao longo de todo o ano. Ao final de cada ano é realizado um grande espetáculo envolvendo todas comunidades atendidas. A Associação promove, também, eventos beneficentes, como o espetáculo montado para “mães adolescentes”, do Hospital Maternidade Oswaldo Nazareth, e sua participação na Campanha Nacional de Vacinação contra a Póliomelite, da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz).<br />
<br />
Além da dança, o projeto vem investindo na formação dos jovens bailarinos, por meio de inscrições e despesas totais em audições no Brasil e no Exterior. Escolas de dança de outros estados e do exterior têm oferecido bolsas de estudos para alunas do projeto.<br />
<br />
<br />
==A Companhia==<br />
<br />
Mesmo antes de sua formação oficial, em 2007, os bailarinos da Cia. Dançando Para Não Dançar apresentavam-se em palcos montados em praças, praias, parques, feiras populares, comunidades, estações de trem (Central do Brasil) e metrô, além de realizar apresentações em instituições públicas e privadas, escolas, universidades, presídios etc.<br />
<br />
[[Arquivo:DNPD_favela_2.jpg]]<br />
<br />
Mas a Companhia surgiu para reforçar a proposta do projeto de acompanhar o desenvolvimento dos alunos mais adiantados, que permanecem obtendo o apoio do DNPD, mesmo que já estejam estudando em outras escolas de dança ou fazendo especialização em companhias do Brasil ou do exterior. Quando a Companhia foi criada, havia cerca de 30 alunos na faixa etária de 16 a 21 anos que cresceram dentro do projeto e buscavam profissionalização na área.<br />
<br />
A Cia já tem um repertório com coreografias próprias, com trechos de balé clássicos – Coppélia, Paquita, A Bela Adormecida, Lago dos Cisnes e O quebra Nozes – e contemporâneos - Gabriela: Ritmos Amados, Urubu Malandro, Kizomba.<br />
<br />
<br />
==Espetáculos==<br />
<br />
* '''Gabriela Ritmos Amados''' '''(2013)'''– com estreia prevista para novembro.<br />
<br />
* '''João e Joana''' '''(2012)'''<br />
Nesse espetáculo, 50 bailarinas do DNPD dançam ao som do Cordel Sinfônico de Carlos Drummond de Andrade e Sérgio Ricardo. O cordel, intitulado “Estória de João e Joana”, foi o único escrito pelo poeta de Itabira, musicado por Sérgio Ricardo a pedido do próprio Drummond.<br />
<br />
* '''Pintando o 7 com Portinari''' '''(2011)'''<br />
<br />
[[Arquivo:DNPD_portinari_3.jpg]]<br />
<br />
Cândido Portinari foi homenageado por sete bailarinas do grupo que usaram da união entre a música e a coreografia para desvendar alguns dos quadros mais famosos do pintor. O responsável pela coreografia do balé foi o alemão Lars Scheibner, que trabalhou em conjunto com Bárbara Melo Freire, sua assistente, ex-aluna da Cia e atual solista do Teatro de Dortmund/Alemanha. A trilha musical ficou a cargo de Leandro Braga, compositor e arranjador do grupo. Thereza Aguilar, idealizadora do projeto e coordenadora da Cia., dirigiu o espetáculo.<br />
<br />
* '''Favela''' '''(2010)'''<br />
Um hip hop diferente, uma mistura dessa linguagem musical com concepções clássicas e contemporâneas da dança. Expressa a realidade, os sons e os movimentos das comunidades onde o projeto atua. O espetáculo “Favela” teve músicas do rapper MV Bill e do maestro Leandro Braga, além de trechos de balé clássico. A direção geral e a artística foram assinadas pela coordenadora do projeto, bailarina Thereza Aguilar e por Paulo Rodrigues, primeiro bailarino do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. <br />
<br />
* '''Carmina Burana (2010)'''<br />
Com música de Carl Orff, o balé foi adaptado pelo coreógrafo alemão Lars Scheibner para o espetáculo de fim do ano do Projeto Dançando Para Não Dançar. Essa versão de Carmina Burana inverteu a lógica do balé clássico. Foram as crianças de graus menores na grade curricular da dança e não as solistas e primeiras bailarinas que seguraram todo o espetáculo. Cerca de 500 pequenos e jovens bailarinos, atendidos pelo projeto, se revezaram no palco. Na direção geral, Thereza Aguilar e Paulo Rodrigues <br />
<br />
* '''Amazônia, floresta do Brasil (2010)'''<br />
<br />
[[Arquivo:DNPD_amazonia_2.jpg]]<br />
<br />
Nesse espetáculo, a Companhia prestou um tributo ao maestro Heitor Villa-Lobos, com músicas dele e de Leandro Braga. Coreografia de Paulo Rodrigues e direção geral de Thereza Aguilar. Com os solistas Carlos Cabral, do Corpo de Baile do Theatro Municipal, e Fernanda Duarte, aluna do projeto Dançando Para Não Dançar, e outras seis bailarinas. <br />
<br />
<br />
==Parcerias==<br />
<br />
O projeto “Dançando Para Não Dançar” é patrocinado pela Lei de Incentivo à Cultura – Governo Federal – País Rico é País sem Pobreza; e pela Petrobras, desde 1997. Tem o apoio do Ministério da Cultura e conta com as parcerias da Faperj, VideoFilmes, Governo do Estado do Rio de Janeiro – Secretaria de Estado de Cultura, e Programas Ponto de Cultura , Mais Cultura e Cultura Viva. Também é parceiro das Associações de Moradores das comunidades beneficiadas, da Vila Olímpica da Mangueira, dos Cieps Ayrton Senna, Salvador Allende e Presidente João Goulart, da UniverCidade e do curso Brasas, além de manter convênios com a Staatliche Ballettschule Berlin (Escola de Balé de Berlim), o Balé Nacional de Cuba, a Cia. de Dança Deborah Colker (RJ), o Grupo Corpo (MG) e o Ballet Stagium (SP).<br />
<br />
==Referências==<br />
<br />
[http://odia.ig.com.br/portal/rio/na-ponta-dos-p%C3%A9s-jovens-alcan%C3%A7am-seus-sonhos-1.415057 Jornal O Dia]<br />
<br />
[http://www.gazetadasemana.com.br/noticia/702/cia-dancando-para-nao-dancar---celebra-obras-de-portinari-em-agosto Gazeta da Semana] <br />
<br />
[http://www.cultura.rj.gov.br/evento/bailarinos-de-comunidades-dancam-cordel Secretaria de Cultura]<br />
<br />
<br />
==Ligações externas==<br />
<br />
Site oficial: http://dpnd.org/</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Dan%C3%A7ando_Para_N%C3%A3o_Dan%C3%A7arDançando Para Não Dançar2013-10-14T02:36:16Z<p>Ana Claudia Peres: </p>
<hr />
<div>Projeto que funciona no Rio de Janeiro desde 1995. Através do ensino do balé clássico, proporciona a crianças moradoras de áreas populares da capital fluminense o acesso à educação, à saúde e à cultura. Como desdobramento do projeto, em 2007, surge a Companhia de mesmo nome que desde então vem realizando espetáculos abertos à população.<br />
<br />
[[Arquivo:DNPD_favela_3.jpg]]<br />
<br />
<small>Espetáculo "Favela", encenado pela Companhia, em 2010</small><br />
<br />
==O Projeto==<br />
<br />
O Dançando Para Não Dançar (DNPD) foi idealizado pela bailarina e professora Thereza Aguilar, em 1995. Inspirado no Balé Nacional de Cuba, que transformou dezenas de órfãos e crianças vítimas de extrema pobreza em bailarinos famosos, vem revelando artistas de dança clássica em diversas comunidades carentes do Rio.<br />
<br />
O início do projeto foi inspirador: no dia do teste para formação da primeira turma de balé clássico nos morros de Cantagalo e Pavão Pavãozinho, compareceram 250 crianças para as 40 vagas ofertadas. Em fevereiro de 1995, o “Dançando Para Não Dançar” conseguiu aprovar seis crianças do Cantagalo e Pavão-Pavãozinho, para a Escola de dança Maria Olenewa, da Fundação do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, antes freqüentada exclusivamente por crianças da classe média e de pessoas com alto poder aquisitivo. <br />
<br />
Depois disso, o Projeto expandiu-se e hoje está presente em 16 domunidades, além da sua sede, no Centro: Mangueira, Chapéu e Babilônia, Jacarezinho, Rocinha, Santa Marta, Borel, Cruzada, Vila Isabel, Santa Teresa, Salgueiro, Japeri, Morro do Telégrafo e Cerro Corá-Cosme Velho. <br />
<br />
No final de 1997, o DPND levou o balé e a música clássica para um palco armado sob um viaduto na Mangueira, berço do samba. Na ocasião, Ana Botafogo dançou com os bailarinos do projeto.<br />
<br />
Em 1998, foi fundada a Associação Dançando Para Não Dançar, com o objetivo de ampliar o raio de atuação do projeto e dedicar-se mais à integração social de menores que vivem em situação de risco nas favelas da cidade.<br />
<br />
[[Arquivo:DNPD_portinari_1.jpg]]<br />
<br />
<small>Espetáculo "Pintando o 7 com Portinari", da Companhia DPND</small><br />
<br />
Como consequência natural, em 2007, foi criada a Cia. Dançando Para Não Dançar, que já alcançou status de profissional. Em 17 de novembro de 2010, o Dançando para não dançar inaugurou a sua sede, localizada na Rua Frei Caneca, 139, centro do Rio, um prédio com data de 1914, onde funcionou originalmente o Gabinete de Análise do Leite, órgão público da Administração Federal. próxima etapa do projeto é criar uma escola de dança.<br />
<br />
Os jovens do projeto apresentam-se em palcos em Ipanema, Arpoador, Flamengo, Botafogo, Cinelândia e Central do Brasil. Algumas apresentações aconteceram em grandes teatros do Rio como o Theatro Municipal do Rio de Janeiro, o Teatro João Caetano e o Teatro Carlos Gomes. No exterior, a Cia. se apresentou na Escola de Balé de Berlim, Alemanha.<br />
<br />
O DPND foi reconhecido como parceiro na luta pela inclusão social, pelos 188 países que assinaram, em 2000, um pacto para priorizar a eliminação da fome e da extrema pobreza, até 2015. <br />
<br />
O projeto tem como padrinhos, a bailarina Ana Botafogo e o cineasta Walter Sales.<br />
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==Atividades==<br />
<br />
[[Arquivo:DNPD_carmina_1.jpg]]<br />
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<small>Espetáculo "Carmina Burana", de 2010</small><br />
<br />
Além das aulas de balé clássico, são também ministradas aulas de dança contemporânea e de prática e teoria musicais. O projeto oferece ainda suporte social-educativo com aulas de reforço escolar e de informática; atendimento médico, dentário, psicológico; apoios de assistente social e de fonoaudióloga. <br />
<br />
O projeto realiza espetáculos de balé em locais públicos, teatros e, à convite, em instituições públicas e privadas, ao longo de todo o ano. Ao final de cada ano é realizado um grande espetáculo envolvendo todas comunidades atendidas. A Associação promove, também, eventos beneficentes, como o espetáculo montado para “mães adolescentes”, do Hospital Maternidade Oswaldo Nazareth, e sua participação na Campanha Nacional de Vacinação contra a Póliomelite, da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz).<br />
<br />
Além da dança, o projeto vem investindo na formação dos jovens bailarinos, por meio de inscrições e despesas totais em audições no Brasil e no Exterior. Escolas de dança de outros estados e do exterior têm oferecido bolsas de estudos para alunas do projeto.<br />
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<br />
==A Companhia==<br />
<br />
Mesmo antes de sua formação oficial, em 2007, os bailarinos da Cia. Dançando Para Não Dançar apresentavam-se em palcos montados em praças, praias, parques, feiras populares, comunidades, estações de trem (Central do Brasil) e metrô, além de realizar apresentações em instituições públicas e privadas, escolas, universidades, presídios etc.<br />
<br />
[[Arquivo:DNPD_favela_2.jpg]]<br />
<br />
Mas a Companhia surgiu para reforçar a proposta do projeto de acompanhar o desenvolvimento dos alunos mais adiantados, que permanecem obtendo o apoio do DNPD, mesmo que já estejam estudando em outras escolas de dança ou fazendo especialização em companhias do Brasil ou do exterior. Quando a Companhia foi criada, havia cerca de 30 alunos na faixa etária de 16 a 21 anos que cresceram dentro do projeto e buscavam profissionalização na área.<br />
<br />
A Cia já tem um repertório com coreografias próprias, com trechos de balé clássicos – Coppélia, Paquita, A Bela Adormecida, Lago dos Cisnes e O quebra Nozes – e contemporâneos - Gabriela: Ritmos Amados, Urubu Malandro, Kizomba.<br />
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<br />
==Espetáculos==<br />
<br />
* '''Gabriela Ritmos Amados''' '''(2013)'''– com estreia prevista para novembro.<br />
<br />
* '''João e Joana''' '''(2012)'''<br />
Nesse espetáculo, 50 bailarinas do DNPD dançam ao som do Cordel Sinfônico de Carlos Drummond de Andrade e Sérgio Ricardo. O cordel, intitulado “Estória de João e Joana”, foi o único escrito pelo poeta de Itabira, musicado por Sérgio Ricardo a pedido do próprio Drummond.<br />
<br />
* '''Pintando o 7 com Portinari''' '''(2011)'''<br />
<br />
[[Arquivo:DNPD_portinari_3.jpg]]<br />
<br />
Cândido Portinari foi homenageado por sete bailarinas do grupo que usaram da união entre a música e a coreografia para desvendar alguns dos quadros mais famosos do pintor. O responsável pela coreografia do balé foi o alemão Lars Scheibner, que trabalhou em conjunto com Bárbara Melo Freire, sua assistente, ex-aluna da Cia e atual solista do Teatro de Dortmund/Alemanha. A trilha musical ficou a cargo de Leandro Braga, compositor e arranjador do grupo. Thereza Aguilar, idealizadora do projeto e coordenadora da Cia., dirigiu o espetáculo.<br />
<br />
* '''Favela''' '''(2010)'''<br />
Um hip hop diferente, uma mistura dessa linguagem musical com concepções clássicas e contemporâneas da dança. Expressa a realidade, os sons e os movimentos das comunidades onde o projeto atua. O espetáculo “Favela” teve músicas do rapper MV Bill e do maestro Leandro Braga, além de trechos de balé clássico. A direção geral e a artística foram assinadas pela coordenadora do projeto, bailarina Thereza Aguilar e por Paulo Rodrigues, primeiro bailarino do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. <br />
<br />
* '''Carmina Burana (2010)'''<br />
Com música de Carl Orff, o balé foi adaptado pelo coreógrafo alemão Lars Scheibner para o espetáculo de fim do ano do Projeto Dançando Para Não Dançar. Essa versão de Carmina Burana inverteu a lógica do balé clássico. Foram as crianças de graus menores na grade curricular da dança e não as solistas e primeiras bailarinas que seguraram todo o espetáculo. Cerca de 500 pequenos e jovens bailarinos, atendidos pelo projeto, se revezaram no palco. Na direção geral, Thereza Aguilar e Paulo Rodrigues <br />
<br />
* '''Amazônia, floresta do Brasil (2010)'''<br />
<br />
[[Arquivo:DNPD_amazonia_2.jpg]]<br />
<br />
Nesse espetáculo, a Companhia prestou um tributo ao maestro Heitor Villa-Lobos, com músicas dele e de Leandro Braga. Coreografia de Paulo Rodrigues e direção geral de Thereza Aguilar. Com os solistas Carlos Cabral, do Corpo de Baile do Theatro Municipal, e Fernanda Duarte, aluna do projeto Dançando Para Não Dançar, e outras seis bailarinas. <br />
<br />
<br />
==Parcerias==<br />
<br />
O projeto “Dançando Para Não Dançar” é patrocinado pela Lei de Incentivo à Cultura – Governo Federal – País Rico é País sem Pobreza; e pela Petrobras, desde 1997. Tem o apoio do Ministério da Cultura e conta com as parcerias da Faperj, VideoFilmes, Governo do Estado do Rio de Janeiro – Secretaria de Estado de Cultura, e Programas Ponto de Cultura , Mais Cultura e Cultura Viva. Também é parceiro das Associações de Moradores das comunidades beneficiadas, da Vila Olímpica da Mangueira, dos Cieps Ayrton Senna, Salvador Allende e Presidente João Goulart, da UniverCidade e do curso Brasas, além de manter convênios com a Staatliche Ballettschule Berlin (Escola de Balé de Berlim), o Balé Nacional de Cuba, a Cia. de Dança Deborah Colker (RJ), o Grupo Corpo (MG) e o Ballet Stagium (SP).<br />
<br />
==Referências==<br />
<br />
[http://odia.ig.com.br/portal/rio/na-ponta-dos-p%C3%A9s-jovens-alcan%C3%A7am-seus-sonhos-1.415057 Jornal O Dia]<br />
<br />
[http://www.gazetadasemana.com.br/noticia/702/cia-dancando-para-nao-dancar---celebra-obras-de-portinari-em-agosto Gazeta da Semana] <br />
<br />
[http://www.cultura.rj.gov.br/evento/bailarinos-de-comunidades-dancam-cordel Secretaria de Cultura]<br />
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<br />
==Ligações externas==<br />
<br />
Site oficial: http://dpnd.org/</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Arquivo:DNPD_portinari_3.jpgArquivo:DNPD portinari 3.jpg2013-10-14T02:27:38Z<p>Ana Claudia Peres: Companhia Dançando Para Não Dançar</p>
<hr />
<div>Companhia Dançando Para Não Dançar</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Arquivo:DNPD_amazonia_2.jpgArquivo:DNPD amazonia 2.jpg2013-10-14T02:24:22Z<p>Ana Claudia Peres: Espetáculo "Amazônia, Floresta do Brasil", da Cia. DPND</p>
<hr />
<div>Espetáculo "Amazônia, Floresta do Brasil", da Cia. DPND</div>Ana Claudia Pereshttp://www.wikidanca.net/wiki/index.php/Dan%C3%A7ando_Para_N%C3%A3o_Dan%C3%A7arDançando Para Não Dançar2013-10-14T02:19:02Z<p>Ana Claudia Peres: Criou página com 'Projeto que funciona no Rio de Janeiro desde 1995. Através do ensino do balé clássico, proporciona a crianças moradoras de áreas populares da capital fluminense o acesso à ...'</p>
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<div>Projeto que funciona no Rio de Janeiro desde 1995. Através do ensino do balé clássico, proporciona a crianças moradoras de áreas populares da capital fluminense o acesso à educação, à saúde e à cultura. Como desdobramento do projeto, em 2007, surge a Companhia de mesmo nome que desde então vem realizando espetáculos abertos à população.<br />
<br />
[[Arquivo:DNPD_favela_3.jpg]]<br />
<br />
<small>Espetáculo "Favela", encenado pela Companhia, em 2010</small><br />
<br />
==O Projeto==<br />
<br />
O Dançando Para Não Dançar (DNPD) foi idealizado pela bailarina e professora Thereza Aguilar, em 1995. Inspirado no Balé Nacional de Cuba, que transformou dezenas de órfãos e crianças vítimas de extrema pobreza em bailarinos famosos, vem revelando artistas de dança clássica em diversas comunidades carentes do Rio.<br />
<br />
O início do projeto foi inspirador: no dia do teste para formação da primeira turma de balé clássico nos morros de Cantagalo e Pavão Pavãozinho, compareceram 250 crianças para as 40 vagas ofertadas. Em fevereiro de 1995, o “Dançando Para Não Dançar” conseguiu aprovar seis crianças do Cantagalo e Pavão-Pavãozinho, para a Escola de dança Maria Olenewa, da Fundação do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, antes freqüentada exclusivamente por crianças da classe média e de pessoas com alto poder aquisitivo. <br />
<br />
Depois disso, o Projeto expandiu-se e hoje está presente em 16 domunidades, além da sua sede, no Centro: Mangueira, Chapéu e Babilônia, Jacarezinho, Rocinha, Santa Marta, Borel, Cruzada, Vila Isabel, Santa Teresa, Salgueiro, Japeri, Morro do Telégrafo e Cerro Corá-Cosme Velho. <br />
<br />
No final de 1997, o DPND levou o balé e a música clássica para um palco armado sob um viaduto na Mangueira, berço do samba. Na ocasião, Ana Botafogo dançou com os bailarinos do projeto.<br />
<br />
Em 1998, foi fundada a Associação Dançando Para Não Dançar, com o objetivo de ampliar o raio de atuação do projeto e dedicar-se mais à integração social de menores que vivem em situação de risco nas favelas da cidade.<br />
<br />
[[Arquivo:DNPD_Portinari_1.jpg]]<br />
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<small>Espetáculo "Pintando o 7 com Portinari", da Companhia DPND</small><br />
<br />
Como consequência natural, em 2007, foi criada a Cia. Dançando Para Não Dançar, que já alcançou status de profissional. Em 17 de novembro de 2010, o Dançando para não dançar inaugurou a sua sede, localizada na Rua Frei Caneca, 139, centro do Rio, um prédio com data de 1914, onde funcionou originalmente o Gabinete de Análise do Leite, órgão público da Administração Federal. próxima etapa do projeto é criar uma escola de dança.<br />
<br />
Os jovens do projeto apresentam-se em palcos em Ipanema, Arpoador, Flamengo, Botafogo, Cinelândia e Central do Brasil. Algumas apresentações aconteceram em grandes teatros do Rio como o Theatro Municipal do Rio de Janeiro, o Teatro João Caetano e o Teatro Carlos Gomes. No exterior, a Cia. se apresentou na Escola de Balé de Berlim, Alemanha.<br />
<br />
O DPND foi reconhecido como parceiro na luta pela inclusão social, pelos 188 países que assinaram, em 2000, um pacto para priorizar a eliminação da fome e da extrema pobreza, até 2015. <br />
<br />
O projeto tem como padrinhos, a bailarina Ana Botafogo e o cineasta Walter Sales.<br />
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==Atividades==<br />
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[[Arquivo:DNPD_carmina_1.jpg]]<br />
<br />
<small>Espetáculo "Carmina Burana", de 2010<br />
<br />
Além das aulas de balé clássico, são também ministradas aulas de dança contemporânea e de prática e teoria musicais. O projeto oferece ainda suporte social-educativo com aulas de reforço escolar e de informática; atendimento médico, dentário, psicológico; apoios de assistente social e de fonoaudióloga. <br />
<br />
O projeto realiza espetáculos de balé em locais públicos, teatros e, à convite, em instituições públicas e privadas, ao longo de todo o ano. Ao final de cada ano é realizado um grande espetáculo envolvendo todas comunidades atendidas. A Associação promove, também, eventos beneficentes, como o espetáculo montado para “mães adolescentes”, do Hospital Maternidade Oswaldo Nazareth, e sua participação na Campanha Nacional de Vacinação contra a Póliomelite, da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz).<br />
<br />
Além da dança, o projeto vem investindo na formação dos jovens bailarinos, por meio de inscrições e despesas totais em audições no Brasil e no Exterior. Escolas de dança de outros estados e do exterior têm oferecido bolsas de estudos para alunas do projeto.<br />
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==A Companhia==<br />
<br />
Mesmo antes de sua formação oficial, em 2007, os bailarinos da Cia. Dançando Para Não Dançar apresentavam-se em palcos montados em praças, praias, parques, feiras populares, comunidades, estações de trem (Central do Brasil) e metrô, além de realizar apresentações em instituições públicas e privadas, escolas, universidades, presídios etc.<br />
<br />
[[Arquivo:DNPD_favela_2.jpg]]<br />
<br />
Mas a Companhia surgiu para reforçar a proposta do projeto de acompanhar o desenvolvimento dos alunos mais adiantados, que permanecem obtendo o apoio do DNPD, mesmo que já estejam estudando em outras escolas de dança ou fazendo especialização em companhias do Brasil ou do exterior. Quando a Companhia foi criada, havia cerca de 30 alunos na faixa etária de 16 a 21 anos que cresceram dentro do projeto e buscavam profissionalização na área.<br />
<br />
A Cia já tem um repertório com coreografias próprias, com trechos de balé clássicos – Coppélia, Paquita, A Bela Adormecida, Lago dos Cisnes e O quebra Nozes – e contemporâneos - Gabriela: Ritmos Amados, Urubu Malandro, Kizomba.<br />
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==Espetáculos==<br />
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* Gabriela Ritmos Amados (2013) – com estreia prevista para novembro.<br />
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* João e Joana (2012)<br />
Nesse espetáculo, 50 bailarinas do DNPD dançam ao som do Cordel Sinfônico de Carlos Drummond de Andrade e Sérgio Ricardo. O cordel, intitulado “Estória de João e Joana”, foi o único escrito pelo poeta de Itabira, musicado por Sérgio Ricardo a pedido do próprio Drummond.<br />
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*Pintando o 7 com Portinari (2011)<br />
Cândido Portinari foi homenageado por sete bailarinas do grupo que usaram da união entre a música e a coreografia para desvendar alguns dos quadros mais famosos do pintor. O responsável pela coreografia do balé foi o alemão Lars Scheibner, que trabalhou em conjunto com Bárbara Melo Freire, sua assistente, ex-aluna da Cia e atual solista do Teatro de Dortmund/Alemanha. A trilha musical ficou a cargo de Leandro Braga, compositor e arranjador do grupo. Thereza Aguilar, idealizadora do projeto e coordenadora da Cia., dirigiu o espetáculo.<br />
<br />
*Favela (2010)<br />
Um hip hop diferente, uma mistura dessa linguagem musical com concepções clássicas e contemporâneas da dança. Expressa a realidade, os sons e os movimentos das comunidades onde o projeto atua. O espetáculo “Favela” teve músicas do rapper MV Bill e do maestro Leandro Braga, além de trechos de balé clássico. A direção geral e a artística foram assinadas pela coordenadora do projeto, bailarina Thereza Aguilar e por Paulo Rodrigues, primeiro bailarino do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. <br />
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* Carmina Burana (2010)<br />
Com música de Carl Orff, o balé foi adaptado pelo coreógrafo alemão Lars Scheibner para o espetáculo de fim do ano do Projeto Dançando Para Não Dançar. Essa versão de Carmina Burana inverteu a lógica do balé clássico. Foram as crianças de graus menores na grade curricular da dança e não as solistas e primeiras bailarinas que seguraram todo o espetáculo. Cerca de 500 pequenos e jovens bailarinos, atendidos pelo projeto, se revezaram no palco. Na direção geral, Thereza Aguilar e Paulo Rodrigues <br />
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* Amazônia, floresta do Brasil (2010)<br />
Nesse espetáculo, a Companhia prestou um tributo ao maestro Heitor Villa-Lobos, com músicas dele e de Leandro Braga. Coreografia de Paulo Rodrigues e direção geral de Thereza Aguilar. Com os solistas Carlos Cabral, do Corpo de Baile do Theatro Municipal, e Fernanda Duarte, aluna do projeto Dançando Para Não Dançar, e outras seis bailarinas. <br />
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==Parcerias==<br />
==Referências==<br />
==Ligações externas==</div>Ana Claudia Peres