A Batalha do Passinho

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Surgido nas favelas cariocas, o passinho explodiu em 2008 e desde então vem mudando a cara da periferia do Rio de Janeiro. Trata-se de uma nova maneira de dançar o funk, com movimentos acelerados que exigem dos participantes muito preparo físico para a realização dos movimentos.
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A batalha é uma espécie de desafio público de dançarinos, onde as disputas são feitas pelo  prazer e pela liberdade de inventar e improvisar novos passos de dança. Durante a batalha, o desafio é desbancar o outro dançarino.
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Embora, o passinho já fizesse sucesso em alguns bailes da periferia carioca desde 2001, o estilo só começou a ficar mais conhecido anos depois, principalmente por conta da internet e dos vídeos postados no Youtube. O mais acessado deles, o vídeo ‘Passinho Foda’ rompeu a marca das quatro milhões de visualizações.
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Em setembro de 2011, quando já havia tomado os bailes, o passinho foi tema da primeira competição que formalizou os duelos antes restritos à internet e aos bailes. A primeira Batalha do Passinho foi organizada pelo escritor Julio Ludemir e pelo músico Rafael Nike.
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Há mais meninos do que meninas praticando o passinho. Nos bailes, o foco se volta mais para os Djs do que para os MCs, mas os verdadeiros protagonistas do estilo são os dançarinos.
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Emílio Domingos resume assim o estilo:
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<big>"O passinho, assim como o funk, é uma colagem de gêneros. Ele incorpora diversos movimentos, como o break, frevo,
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samba, mas muito mais do que isso. Tem elementos de mimica, kuduro, contorcionismo. Não há um limite: contanto que
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seja dentro do ritmo, pode-se dançar o que quiser. E é tudo muito livre. Acho que essa liberdade corporal faz
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com que as pessoas se identifiquem".</big> [http://oglobo.globo.com/cultura/megazine/a-batalha-do-passinho-longa-sobre-estilo-de-danca-entra-em-cartaz-10330868 Jornal O Globo]
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==Crítica==
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==Prêmios==
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==Ficha Técnica==
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Edição de 01h11min de 14 de outubro de 2013

Documentário do cineasta Emílio Domingos que acompanha os bailes e dançarinos do “passinho”, um estilo que se popularizou no Rio de Janeiro. Ao som do funk, o “passinho” vem se consolidando como uma manifestação cultural que vai além dos modismos e da diversão para a juventude da periferia carioca.

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Cartaz de divulgação do filme

Tabela de conteúdo

Histórico

O documentário “A Batalha do Passinho”, dirigido por Emilio Domingos, acompanha de perto esse fenômeno e mostra de dentro do movimento a evolução dessa cultura. Assumindo que o funk é a maior manifestação cultural carioca do século XXI, o filme explora o lado positivo e massivo que os passinhos vão ganhando nas comunidades periféricas e em várias camadas sociais da cidade.

O cineasta e cientista social Emilio Domingos conheceu a dança e, ao ser convidado para ser jurado de uma batalha de passinho, em 2011, descobriu que gostaria de registrar a ocasião em um curta-metragem.

Em reportagem no Jornal O Globo, Domingos declarou:

"A primeira impressão que eu tive era de que a relação dos garotos com o passinho era muito maior do que só uma dança.
O passinho é uma arte sofisticada, faz parte de uma cultura jovem que prestigia a favela, traz a valorização da estética
das comunidades e melhora a autoestima dos moradores. Eu vi que o tema me permitia falar de assuntos que dialogavam
com a cidade, isso me empolgou e o projeto do curta acabou virando longa". 


Batalha 1.jpg


O filme recebeu o prêmio de Melhor Filme na Mostra Novos Rumos da Premiére Brasil – Festival do Rio 2012. Exibido no Festival do Rio do ano seguinte, entrou oficialmente em cartaz em outubro de 2013.

O documentário tem o título completo: “A Batalha do Passinho — Os Muleque São Sinistro” e, em 72 minutos, costura depoimentos de dançarinos como Cebolinha, Yuri Mister Passista, Beiçola, Brayan Dancy, João Pedro, Pablinho, TK e Gambá, morto no dia 1º de janeiro de 2012, antes do filme ser finalizado. Conhecido como “O Rei do Passinho”, Gambá, como era chamado o garoto Gualter Rocha, foi o campeão da primeira batalha do passinho. Ele foi espancado e asfixiado por dois homens quando voltava de um baile de Reveillón.

Ao mostrar como as batalhas do passinho começaram, quais os principais fundadores do estilo, em que favela vivem, como se vestem, amam e sonham, o filme traça um retrato de uma geração que, ao inventar passos, inventa também outras formas de sociabilidade e circulação de suas criações e idéias. Assim como o funk, o passinho torna-se essencial para discutir alguns pontos da cultura carioca.

“A Batalha do Passinho – Os Muleque são Sinistro” é o segundo longa de Emílio Domingos. No primeiro filme do diretor, L.A.P.A., de 2008, ele busca a origem da cena hip hop no Rio.

O estilo

Surgido nas favelas cariocas, o passinho explodiu em 2008 e desde então vem mudando a cara da periferia do Rio de Janeiro. Trata-se de uma nova maneira de dançar o funk, com movimentos acelerados que exigem dos participantes muito preparo físico para a realização dos movimentos.

A batalha é uma espécie de desafio público de dançarinos, onde as disputas são feitas pelo prazer e pela liberdade de inventar e improvisar novos passos de dança. Durante a batalha, o desafio é desbancar o outro dançarino.

Batalha 44.jpg

Embora, o passinho já fizesse sucesso em alguns bailes da periferia carioca desde 2001, o estilo só começou a ficar mais conhecido anos depois, principalmente por conta da internet e dos vídeos postados no Youtube. O mais acessado deles, o vídeo ‘Passinho Foda’ rompeu a marca das quatro milhões de visualizações.

Em setembro de 2011, quando já havia tomado os bailes, o passinho foi tema da primeira competição que formalizou os duelos antes restritos à internet e aos bailes. A primeira Batalha do Passinho foi organizada pelo escritor Julio Ludemir e pelo músico Rafael Nike. Há mais meninos do que meninas praticando o passinho. Nos bailes, o foco se volta mais para os Djs do que para os MCs, mas os verdadeiros protagonistas do estilo são os dançarinos.

Emílio Domingos resume assim o estilo:

"O passinho, assim como o funk, é uma colagem de gêneros. Ele incorpora diversos movimentos, como o break, frevo,
samba, mas muito mais do que isso. Tem elementos de mimica, kuduro, contorcionismo. Não há um limite: contanto que
seja dentro do ritmo, pode-se dançar o que quiser. E é tudo muito livre. Acho que essa liberdade corporal faz
com que as pessoas se identifiquem". Jornal O Globo

Crítica

Prêmios

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