Intrépida Trupe

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Edição feita às 04h27min de 21 de agosto de 2013 por Ana Claudia Peres (disc | contribs)
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Grupo carioca que nasce nos anos 1980 e revoluciona as artes cências no Brasil, criado por artistas da dança, teatro, música e artes plásticas, que tinham em comum a paixão pelo circo.

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Cena do documentário "Será que o tempo realmente passa?", sobre a Intrépida Trupe


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Histórico

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O grupo surge no antigo Circo Voador, no Arpoador, e depois de um período de intercâmbio cultural que inclui o Maranhão entre seus roteiros, a Intrépida Trupe forma-se oficialmente numa viagem para o México, onde se apresenta em Guadalajara durante a abertura da Copa do Mundo de 1986.

Ao retornar ao Brasil, o grupo se apresenta em ruas, praças, festas e teatros.

O primeiro espetáculo vem em 1988, uma apresentação que leva o nome do grupo e é exibida no Teatro Ipanema. “Intrépida trupe”, o espetáculo, é uma criação coletiva onde os atores-acrobatas investigam linguagens de múltiplas técnicas.

A partir daí, a Intrépida Trupe vem criando, produzindo e apresentando diversos espetáculos e números no Brasil e no exterior. Além disso, forma artistas e inspira outras trupes, em oficinas, workshops e mostras que demonstram o processo de criação dos números e espetáculos.

Em 1993, inicia a sua trajetória de colaboração com ONGs e projetos socioculturais, dando aulas de circo e capoeira no projeto “Se essa rua fosse minha”.

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No ano 2000, Aprimora suas atividades de formação e qualificação em artes do movimento com a abertura do Espaço de Criação Intrépida Trupe, na Fundição Progresso.

Tem sede no Rio de Janeiro, na rua dos Arcos da Lapa, mas suas oficinas podem ser conferidas em outros estados.

Em suas temporadas na Europa e na América, a Intrépida Trupe causa impacto por sua estética moderna e genuinamente brasileira, sendo um dos expoentes do Novo Circo no panorama internacional.

Características do grupo

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A marca registrada da Intrépida Trupe é a mistura de circo, dança, teatro e música, e a utilização em cena de técnicas variadas e de uma estética arrojada e pop.

Em seu repertório, são utilizados trapézios, tecidos, elásticos, cordas indianas, acrobacias, alpinismo, efeitos de fogo e perna de pau, entre outras técnicas e efeitos especiais, conjugando tudo com humor, lirismo, vigor, irreverência e sensualidade.

As criações do grupo são coletivas. A cada espetáculo, são convidados profissionais da dança ou do teatro para a função de coreógrafo ou diretor. Dos fundadores, permanecem Beth Martins e Vanda Jacques.

De Beth Martins, em O Globo:

“Lidar com circo é uma paixão revigorante”

Espetáculos

O espetáculo explora a participação do público: a platéia é atacada por macacos brincalhões, que pulam sobre as cadeiras, sequestram objetos dos espectadores e lhes atiram com pistolas d'água.

Segue a mesma estética de ARN

Não tem intenção de construir um fio narrativo, mas interligar 14 quadros por meio da plasticidade. Sem texto, o grupo vai das acrobacias aéreas à dança performática, coreografada por Deborah Colker. Também lança mão do humor nesse espetáculo.

No espetáculo comemorativo dos 10 anos da trupe, oito integrantes elaboram um roteiro sobre a intrepidez, retomando a estrutura narrativa, ausente desde o espetáculo de estreia. A menina Dez, que vive dormindo porque não tem motivos para acordar, conhece o pássaro Intrepi, que não dorme por não ter razões para sonhar.

Conta a história do deus grego que comia os filhos e acaba sendo aprisionado por Zeus. A história, escrita em colaboração com Chacal, é narrada por um bufão que, no decorrer do espetáculo, pega fogo, canta coco e maracatu, cria encrencas e apazigua brigas entre divindades. O espetáculo, dirigido pelos integrantes mais antigos, tem 18 atores-acrobatas convidados.

Construído a partir de um roteiro de cenas por Marcos Losnak e Paulo Morais, a Intrépida Trupe aborda Ícaro, a metáfora do anseio humano de ganhar os céus. Acompanhado de um gargalhante escudeiro, percorre as dificuldades de vencer o mundo aéreo, se deparando com o encontro amoroso, o fracasso e as invenções do homem.

Do crítico do Caderno B, Macksen Luiz, no Jornal do Brasil, de 2/12/2001:

"Os melhores quadros de Flap! são aqueles em que o grupo se solta na investigação das suas possibilidades corporais, 
florescendo na cena da cama elástica em que os saltos de alcance improvável permitem que os atores-acrobatas não só pulem,
desenhando uma coreografia de movimentos aéreos, como ousem 'aderir' à cama elástica que, suavemente, se transforma em uma tela.
O número do encontro de Ícaro com a jovem, em que os atores evoluem presos a panos atinge, literalmente, um sensível vôo poético".

Baseado no livro homônimo, de Alan Lightman, “Sonhos de Einstein” mostra a visão de um grupo de atores-acrobatas sobre os mundos fictícios que o jovem e inquieto Einstein, obcecado pela questão do tempo, criava.

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A Intrépida Trupe escolheu o futebol como tema para comemorar duas décadas de existência.

Reúne no mesmo palco intrépidos de todas as formações e artistas e companhias expoentes do circo tradicional e contemporâneo carioca.

Voltado para o público infanto-juvenil, o espetáculo traça uma bem-humorada gênese da vida humana, da relação homem-mulher e da família através de coreografias inéditas e outras pérolas do repertório da Intrépida – como ‘Praia’ e ‘Acrobacia do quarto’, de Graciela Figueroa – remontadas para este espetáculo.

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Os bailarinos da companhia evocam a liberdade através de movimentos coreográficos precisos. mosaico de memórias, sonhos, mitos e desejos, fazendo também uma homenagem ao universo encantador do circo.

Livre adaptação do livro de Italo Calvino, a aventura é parte inerente à história da Intrépida Trupe. Com “O Barão nas árvores” o grupo lança o desafio de representar a trajetória do herói Cosme, mesclando as linguagens de circo, teatro, canto, música e dança.

De Thierry Tremouroux, no blog da Intrépida trupe.

“Há muitos anos, encantado pelo criatividade de Intrépida, já tinha comentado o quanto uma adaptação desse romance poderia se tornar 
rica e instigante para cada um dos membros da Trupe. Quando Beth (com quem já colaborei na criação de ‘Nossa Odisséia’, junto a Cia
Aplauso) me convidou para desenvolver essa ‘intervenção urbana’ a partir do ‘O Barão das Arvores’, junto a esse elenco jovem, me coloquei
imediatamente a disposição. Colaborar com esses jovens artistas, aos talentos múltiplos, é, para mim, como um sopro de vida, uma injeção,
de alegria, de vigor, nesta minha nova fase como diretor. Adaptar o romance, construir coletivamente uma dramaturgia que pudesse dialogar
com as diversas artes praticadas por eles, desde a música aos aéreos, conjugar verbo e movimento, provocando assim os sentidos de cada um,
foram alguns dos desafios que nos estimularam durante esses dois meses.” 

Projeto Caio Guimarães

Em 2009, a Intrépida Trupe perde tragicamente um de seus integrantes, Caio Guimarães.

Em homenagem ao acrobata, desenvolve e realiza o Projeto Caio Guimarães, composto por oficinas e apresentações de repertório no Parque das Ruínas de Santa Teresa, cuja praça passa a se chamar Caio Guimarães.

Também nesse projeto, idealiza e constrói um palco itinerante para apresentações artísticas, doado posteriormente à Prefeitura do Rio.

Documentário

"Será que o tempo realmente passa?" Frase que se repete no espetáculo "Sonhos de Einstein" e dá nome ao título do documentário dirigido por Beth Martins e Roberto Berliner, em 2010, que narra a trajetória da Intrépida Trupe, às vésperas do grupo completar 25 anos.

O documentário é rico em imagens de arquivos que contam, através da história da Intrépida, um pouco da história do circo no Brasil.

O filme foi incluído da seleção oficial do Festival do Rio 2010.


Ficha Técnica

Direção: Roberto Berliner, Beth Martins

Co-direção e montagem: Julia Barreto

Co-direção e coordenação de pesquisa: Adriana Cursino

Produção executiva: Rodrigo Letier, Lorena Bondarovksy e Júlio Uchoa

Identidade visual: Mesofera - Gringo Cardia, Rico Vilaroca e Renato Vilaroca

Trilha sonora: Felipe Rocha

Direção de fotografia: Felipe Reinheimer, Manuel Águas e André Horta

Som direto: Joca Fragoso, Pedro Moreira e Bruno Espírito Santo.

Supervisão artística: Leonardo Domingues

Pós-produção: Guga Nascimento e Anna Julia Werneck

Entrevistas a: Beth Martins, Vanda, Jacques, Alberto Magalhães, Dani Lima, Deborah Colker, Gringo Cardia, Perfeito Fortuna, Geraldim Miranda, Eduardo Andrade, Caetano Veloso, Alice Viveiros de Castro, Valéria Martins, Cláudio Baltar, Felipe Rocha, Caio Guimarães, Raquel Karro, Luisa Buarque, Paulo de Moraes, Índio, Felipe Wando, Leonardo Senna, Renato Linhares.

Veja o trailler

http://www.tvzero.com/projeto-video/intrepida-trupe-sera-que-o-tempo-realmente-passa/254


Prêmios


Referências

“Duas palavras mágicas em cena: Intrépida Trupe”, por Meran Vargens, disponivel em http://www.portalseer.ufba.br/index.php/revteatro/article/viewFile/5221/3771

http://rioshow.oglobo.globo.com/teatro-e-danca/pecas/intrepida-trupe-5809.aspx

http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_teatro/index.cfm?fuseaction=cias_biografia&cd_verbete=4074

http://www.hotsitespetrobras.com.br/cultura/projetos/14/38

http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_teatro/comum/verbete_imp.cfm?cd_verbete=4074&imp=N&espetaculo_tipo=1

Links externos

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Trailer do documentário

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