Meia Ponta Cia. de Dança

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Indo além das estruturas tradicionais das histórias infantis, a proposta desta montagem desperta a criança para o universo criativo da dança contemporânea. Marisa Monadjemi, diretora da Meia Ponta, explica a opção pelo caminho de não recorrer a uma história auto-explicativa e linear, que por vezes prevalece nos trabalhos infantis. “Ao contrário, optamos por fazer emergir as ‘memórias de criança’, através das referências pessoais que os bailarinos-criadores trazem consigo”, explica.
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“As situações eleitas e o modo como são apresentadas carregam, ainda bem, uma lógica de espetáculo sem contação de história e sem “lição de moral”. É uma poética traduzida em fazeres que vai alinhavando tudo, realizada por um elenco de grande competência” (Helena Katz – crítica jornal o Estado de S. Paulo – 19/04/2008)
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“Quem assistir a De Esconder para Lembrar tem boas chances de sair do teatro com aquela sensação de felicidade provocada apenas pelas obras de arte capazes de provocar catarse intensa, como se tirasse peso do coração e da alma dos espectadores [...] Se a força desses elementos já é forte em si mesma, a catarse surge da maneira como combina tudo isso, lúdica sem ser frívola, consciente, sem perder o sentimento de vista” (Marcelo Castilho Avellar – crítico jornal Estado de Minas – 19/08/2008)
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Processo criativo / Denise Stutz - Ainda em sua fase inicial, o processo de criação incluiu oficinas com profissionais da dança, do circo, arte-educadores, psicólogos, além de visitas a orfanatos. Foi durante este processo que Denise Stutz, uma das oficineiras, foi convidada para dirigir o espetáculo. Mineira, que há 20 anos vive no Rio de Janeiro, Stutz é uma das fundadoras do Grupo Corpo e se consolidou como intérprete em 10 anos de atuação na Cia. de Lia Rodrigues. Hoje, dedica-se a uma ativa produção em dança contemporânea e no teatro. Segundo ela, “De Esconder para Lembrar trata de coisas escondidas no tempo, refletindo um cotidiano lúdico, marcado por um jogo de cena e cantigas que estão guardados na memória de todos nós”. Ela destaca também a participação dos bailarinos-intérpretes, tanto no processo de criação, como nas improvisações recorrentes na estrutura coreográfica desse trabalho.
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Figurino e Cenografia / Marcelo Xavier - O artista plástico, autor e ilustrador de livros infantis Marcelo Xavier valeu-se da “fantástica e original apropriação que os filhos, na hora das brincadeiras, fazem do guarda-roupa dos pais". Segundo ele, o mote de seu trabalho foi a valorização da ‘alma criativa da criança’. Também estão presentes as nuances da ‘ingênua loucura’ que, segundo Xavier, atribui poder mágico às crianças permitindo-as ser, num piscar de olhos, super-herói, passarinho ou adulto.
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Bailarinos - Inês Amaral, Tuca Pinheiro, Violeta Vaz e Liana Sáfadi dão vida a um painel de brincadeiras memoráveis que empolgam e emocionam, ao mesmo tempo que levam pais e filhos a refletir sobre a infância. Afinal, quem nunca brincou de adedanha, trava-língua e esconde-esconde. Porém, como nem só de gracejos e alegrias vive a alma infantil, não poderiam faltar as angústias que se anunciam desde cedo, como os medos do escuro e de assombrações. O resultado é um painel de imagens sensíveis e comoventes, capaz de arrebatar o público de qualquer idade.
===Do contrário assim seria o mesmo (2005)===
===Do contrário assim seria o mesmo (2005)===

Edição de 15h10min de 17 de dezembro de 2011

Coisa de Dentro - Meia Ponta Cia de Dança

Tabela de conteúdo

Histórico

Fundada, em 1989, em Belo Horizonte (MG), pela bailarina e coreógrafa Marisa Monadjemi, a Meia Ponta Cia. de Dança buscou sempre valorizar o trabalho de pesquisa, fomentando o intercâmbio entre os diversos campos das artes, além de desenvolver uma linguagem própria na dança contemporânea.

A Meia Ponta já trabalhou com os coreógrafos de grande importância para a dança brasileira, como Tindaro Silvano, Luis Arrieta, Arnaldo Alvarenga, Dudude Hermann, Denise Stutz, Mário Nascimento e Tuca Pinheiro, além dos artistas plásticos Mônica Sartori e Marcos Paulo Rolla, os músicos Kiko Klaus e Cláudia Cimbleris e o vídeomaker Leandro HBL.


Principais trabalhos desenvolvidos

Um lugar que ainda não fui (2010)

Um lugar que ainda não fui

É possível que você não se lembre, mas tem um tempo na vida em que todos os dias a gente visita lugares onde nunca foi. É quando o mundo, as pessoas, as coisas são feitos de possibilidades, e tudo ainda está por ser descoberto. Pois é só atravessar uma porta no meio do palco do Meia Ponta Cia. de Dança para voltar para esse tempo e lugar.

O novo espetáculo do grupo – batizado “Um lugar que ainda não fui” e inspirado no livro “Um mundo de coisas”, de Marcelo Xavier -, na verdade, quer falar com as crianças. Com direção de Marisa Pitanga Monadjemi, coreografia de Tuca Pinheiro e música especialmente composta por Kiko Klaus, abre mão das palavras, mas recorre a uma linguagem muito íntima desse público tão particular: a fantasia. E aproveita das alegorias e objetos para contar sua história, que pode muito bem ser lida como um diário de navegação e tudo que ele tem de novidade, incerteza e desafio.

O mundo que a companhia leva para a cena se constrói (e desconstrói) a cada brincadeira. Uma caixa enorme e quadriculada pode tanto virar um barco pronto para explorar o desconhecido quanto um grande e agitado boi-bumbá. Cartolas, barbantes, papel de jornal ganham funções surpreendentes e com toques de improviso. O elenco também se comporta como se participasse de um jogo, em que o importante mesmo é o processo, pois é quando ainda é possível ter iniciativa, correr riscos, criar situações e poder reagir a elas. Bailarinos promovidos a crianças aprendem que podem dominar o ambiente e têm o poder de decidir as regras.

Em “Um lugar que ainda não fui”, a dança que se apresenta ousa ser alegre, ter o espírito leve, a coragem matinal, os instantes satisfeitos. E lembra que, nas brincadeiras, o corpo experimenta e coloca em prática o sentido de movimento físico, mas de uma maneira descomplicada, simples, que não exige treinamento para se comunicar. Para criançada, vai ser mais uma deliciosa visita ao quarto de brinquedos.


De esconder para Lembrar (2007)

De esconder para lembrar

Indo além das estruturas tradicionais das histórias infantis, a proposta desta montagem desperta a criança para o universo criativo da dança contemporânea. Marisa Monadjemi, diretora da Meia Ponta, explica a opção pelo caminho de não recorrer a uma história auto-explicativa e linear, que por vezes prevalece nos trabalhos infantis. “Ao contrário, optamos por fazer emergir as ‘memórias de criança’, através das referências pessoais que os bailarinos-criadores trazem consigo”, explica.

“As situações eleitas e o modo como são apresentadas carregam, ainda bem, uma lógica de espetáculo sem contação de história e sem “lição de moral”. É uma poética traduzida em fazeres que vai alinhavando tudo, realizada por um elenco de grande competência” (Helena Katz – crítica jornal o Estado de S. Paulo – 19/04/2008)

“Quem assistir a De Esconder para Lembrar tem boas chances de sair do teatro com aquela sensação de felicidade provocada apenas pelas obras de arte capazes de provocar catarse intensa, como se tirasse peso do coração e da alma dos espectadores [...] Se a força desses elementos já é forte em si mesma, a catarse surge da maneira como combina tudo isso, lúdica sem ser frívola, consciente, sem perder o sentimento de vista” (Marcelo Castilho Avellar – crítico jornal Estado de Minas – 19/08/2008)

Processo criativo / Denise Stutz - Ainda em sua fase inicial, o processo de criação incluiu oficinas com profissionais da dança, do circo, arte-educadores, psicólogos, além de visitas a orfanatos. Foi durante este processo que Denise Stutz, uma das oficineiras, foi convidada para dirigir o espetáculo. Mineira, que há 20 anos vive no Rio de Janeiro, Stutz é uma das fundadoras do Grupo Corpo e se consolidou como intérprete em 10 anos de atuação na Cia. de Lia Rodrigues. Hoje, dedica-se a uma ativa produção em dança contemporânea e no teatro. Segundo ela, “De Esconder para Lembrar trata de coisas escondidas no tempo, refletindo um cotidiano lúdico, marcado por um jogo de cena e cantigas que estão guardados na memória de todos nós”. Ela destaca também a participação dos bailarinos-intérpretes, tanto no processo de criação, como nas improvisações recorrentes na estrutura coreográfica desse trabalho.

Figurino e Cenografia / Marcelo Xavier - O artista plástico, autor e ilustrador de livros infantis Marcelo Xavier valeu-se da “fantástica e original apropriação que os filhos, na hora das brincadeiras, fazem do guarda-roupa dos pais". Segundo ele, o mote de seu trabalho foi a valorização da ‘alma criativa da criança’. Também estão presentes as nuances da ‘ingênua loucura’ que, segundo Xavier, atribui poder mágico às crianças permitindo-as ser, num piscar de olhos, super-herói, passarinho ou adulto.

Bailarinos - Inês Amaral, Tuca Pinheiro, Violeta Vaz e Liana Sáfadi dão vida a um painel de brincadeiras memoráveis que empolgam e emocionam, ao mesmo tempo que levam pais e filhos a refletir sobre a infância. Afinal, quem nunca brincou de adedanha, trava-língua e esconde-esconde. Porém, como nem só de gracejos e alegrias vive a alma infantil, não poderiam faltar as angústias que se anunciam desde cedo, como os medos do escuro e de assombrações. O resultado é um painel de imagens sensíveis e comoventes, capaz de arrebatar o público de qualquer idade.

Do contrário assim seria o mesmo (2005)

Do contrário assim seria o mesmo

“Do contrário assim seria o mesmo”, oitava montagem da Meia Ponta Cia de Dança, estreou em agosto de 2005 dentro do programa FID – Território Minas do Fórum Internacional de Dança – FID. O espetáculo foi premiado como melhor concepção coreográfica e melhor trilha sonora nos prêmios SINPARC e SESC/SATED de 2006.

Com coreografia de Tuca Pinheiro, direção de Marisa Monadjemi e trilha sonora original de Kiko Klaus e Carlos Jaramillo, o resultado da montagem é uma estreita colaboração entre o coreógrafo e as quatros dançarinas que também são criadoras do espetáculo.

O discurso do amor tomando, como ponto de partida, sua presença e sua ausência. Declarações pessoais tratadas como paradoxo, o avesso do assunto proposto, a falta. Ao mesmo tempo, propõem-se as seguintes questões: é possível a negativa de determinado assunto sustentar a sua afirmativa? Como determinado material coreográfico de um intérprete organiza-se no corpo de outro? Esse é um trabalho em que a construção das idéias e do material coreográfico resulta de uma estreita colaboração entre coreógrafo e intérpretes-criadores. “O novo trabalho parte de uma idéia que eu já vinha pensando há algum tempo, um espetáculo que fosse uma espécie de grafia do amor sob a ótica da dança contemporânea. Junto com o Tuca Pinheiro produzimos o espetáculo em colaboração com as dançarinas”, explica a diretora da companhia Marisa Monadjemi.


Coisa de Dentro (2005)

Coisa de Dentro

O espetáculo Coisa de Dentro, concebido especialmente para a inauguração da sede da Meia Ponta, o Espaço Cultural Ambiente, pode ser traduzido pela reconfortante sensação de chegada à morada, ao acolhimento.

Com direção de Marisa Monadjemi coreografia de Mário Nascimento e trilha sonora original de Kiko Klaus e Carlos Jaramillo, o espetáculo estreou dia 24 de fevereiro de 2005 em Belo Horizonte.

Percorrendo a mesma trilha do trabalho anterior, o bem sucedido “Entre o Silêncio e a Palavra”, o atual espetáculo traz uma nova leitura das nuances do universo feminino. Coisa de Dentro se utiliza do ambiente físico e das características que são inerentes à mulher. São quatro personagens femininas que se encontram para juntas, buscarem a verbalização de seu mundo. “Aproveito o fato de o grupo ser formado exclusivamente por bailarinas para trabalhar essas características. Eu ironizo as mulheres por terem TPM, por falarem muito, por sempre quererem algo mais do que possuem. Mas falo também da força masculina que toda mulher tem” esclarece Mário Nascimento que não abre mão da sua dança com atitude punk e desajustada.

Entre o silêncio e a Palavra (2003)

Entre o silêncio e a Palavra

Não se nasce… torna-se mulher. Mulher desde sempre… envolta em bordados… Meninas de costumes e prendas… Mulheres de trajetória inquieta… Num mundo de silêncio, no lugar da quase palavra.

Seguindo sua vocação de representar artisticamente as questões centrais de nosso tempo, a Meia Ponta Cia de Dança juntou-se ao coreógrafo Tuca Pinheiro para lançar-se numa envolvente investida sobre o universo feminino. Trata-se do espetáculo Entre o Silêncio e a Palavra, que estreou em março de 2003, em Belo Horizonte, no Teatro Sesiminas, contando com grande reconhecimento de público e crítica, além de ampla cobertura da imprensa.

Mais do que recuperar a presença feminina na história, Entre o Silêncio e a Palavra utiliza a energia revitalizante da dança contemporânea para refletir a desconstrução de um conjunto de crenças com as quais as mulheres se debateram ao longo dos tempos. Um horizonte de fascínios e controvérsias, conquistas e percalços. Imagens de mulheres que, ao seu modo, marcaram seu tempo.

Na busca da interação entre diferentes instrumentos da expressão artística, a coreografia do espetáculo flerta com inserções de vídeo, trazendo à tona uma ousada proposta que incorpora elementos multimídia à linguagem da dança contemporânea. A direção de imagens fica por conta do vídeo design Leandro HBL. Entre o Silêncio e a Palavra conta ainda com trilha sonora original assinada pelo músico e produtor pernambucano Kiko Klaus.

Brevidade (1999)

Majunm (1994)

Poética das Nuvens (1992)

Wa’Ya Festa Xavante (1991)

Entre Amigos (1989)

Vídeos

Um lugar que ainda não fui

Panorama 2009 - "De esconder para lembrar"

Panorama 2009 - "De esconder para lembrar" - Apresentação

Ligações Externas

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